A ReachUp! planeja ser não uma empresa capitalista que visa o lucro, mas uma cooperativa de trabalhadores que gera impacto social, principalmente para pessoas com deficiência visual! O capitalismo atrapalha o pequeno empreendedorismo social, o socialismo é necessário! Essa é a nossa posição, e não abandonaremos ela por nada! Trabalhar TODOS e trabalhar MENOS, trabalhadores no poder!
Founder Comunista @ ReachUp | Militante e educador | Startups | Engenheiro de Software
É possível ser empreendedor e comunista? E ser, ao mesmo tempo, trabalhador e capitalista? Pequeno empreendedor também é trabalhador. Eu, Founder da ReachUp! - que está em estado atual de fracasso principalmente graças ao Capitalismo - sou um empreendedor comunista. O empreendedorismo social não tem espaço na sociedade capitalista: Tentar empreender, pra maioria da população, é uma necessidade devido ao mercado de trabalho precário, e uma busca por liberdade. Mas sob o capitalismo, que sobrevive graças à "mão visível" do Estado Burguês, o "empreender", o "resolver você mesmo (os problemas urgentes da sociedade)", é quase impossível. No socialismo, empreender seria uma atividade livre e incentivada - não para o lucro, mas sim em benefício de toda a sociedade. A tomada do poder político e dos meios de produção pelos trabalhadores e pequenos empreendedores é um passo necessário. ------------- MINHA EXPERIÊNCIA EMPREENDEDORA Na ReachUp!, se nosso founder tivesse Capital e os meios de produção e não dependesse dos investidores do mercado financeiro - que no geral só visam o lucro, a extração de mais-valia dos pequenos empreendedores -, ele geraria empregos, tornaria 100% transparentes a movimentação financeira e as "burocracias" da empresa (desde a divulgação explicita dos salários nas vagas de emprego até as decisões da empresa - os trabalhadores participariam de tudo). Haveria um fundo comunitário para os trabalhadores manterem seu padrão de vida mesmo em momentos de queda nas vendas - queda na demanda, queda no trabalho, mas mantém-se o padrão de vida. A jornada de trabalho não ultrapassaria 30 horas por semana, 5 dias por semana - isso geraria inclusive mais empregos: trabalhar MENOS e trabalhar TODOS. Mas é importante frisar: quem gera emprego não são os milionários empresários, os donos dos meios de produção, mas sim a demanda por produção. Os pequenos empreendedores são essenciais nesse processo. O "sistema", que é o capitalismo, atrapalha a iniciativa empreendedora. Por isso, ele precisa ser derrubado.