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Ian Mackaye
03:34
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Eu já achei que dava pra ser Ian Mackaye sendo latino americano
Usando Vans no asfalto suburbano
Se algo me liberta, esse algo eu tô comprando
Uma labuta sem sentido que segue financiando
O sonho de nunca mais precisar tá trabalhando
Tem conta que fecha mas só que fecha não fechando
Essa calculadora não pode tá calculando
Toda essa energia que nóis tamo gastando
Pra tal roda viva ficar vivendo e girando
Me concentrando ao máximo pra não dormir de pé
O trem corta a cidade e a janela vira storie
Melancolia em 4k passando ali por Camará
Eu me liguei, vagou lugar depois do velho levantar
Me adiantei pra descansar, obrigado universo
Pela oportunidade de sofrer encostado
Eu venho do Rio mas não venho da praia
No 397 nóis alcançamo o nirvana
Que nos deu a paz pra poder sentar na praça
E comer batata onde mataram um cara
Cada um no seu corre
Cada um na sua jaula
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Onda
03:30
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Às vezes encontro meu amigo Jucelino
E imagino as coisas que seus olhos viram
Todo aquele ensinamento que foi construído
Vem do diploma da pista
Instituição cósmica de ensino
Não posso me esquecer de respirar
O meu erro foi tentar te explicar enquanto vinha a onda
Eu já tava pensando que aprendi
Mas lá vem outra onda
Lá vem outra onda
E aqui nesse cantinho discreto do cérebro
Decreto a morte de tudo
Nada mais precisa de explicação
Porque tudo faz sentido
Com a morte de tudo
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3. |
Máscara de Gás
03:11
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Máscara de gás
Bonézin pra trás
Tamo bonitão, fala
Olhar pra dentro me permite pensar sem relógio
Tac tic toca o ritmo de quem não é sócio
Geral tá místico, eu sinto essa vibe na pista
Meditação enquanto ato anti-capitalista
Praticando protocolos de contato
Minha mente faz contato
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4. |
Alma Braba
02:46
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Abro os olhos e me encontro a um palmo de meu teto
Um pouquinho para frente e paro sobre minha casa
Tomo um susto e um solavanco
Novamente me encontro
Conectado a uma rede onde meu eu permanece anônimo
Escovando os dentes antes de dormir
Me olho no espelho e minha pupila é um funil
Dentro dela eu vejo uma peça chave
Controlando um avatar com trinta anos de idade
Apago a luz e acordo
Eu tô cansado, é o fim do ato
E com os olhos já fechados percebo...
A memória ainda é uma ilha de edição
Meditando pro meu ego tomar só catucadão
Cordão de prata bolado
Sobrevôo o Grumari tipo surfista prateado
Consciente, acordado
Calculando cada passo
Porque existe um caderninho que os vacilo é registrado
Tomo um susto e um solavanco
Novamente me encontro
Dormindo indo pro trampo, com saudade dos meus sonhos
Acendo a luz e durmo
É o fim do ato
É o começo do ato...
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5. |
Mantra Maquita
02:25
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Quem canta o mantra é o vizinho da maquita
O côro come enquanto nóis relaxa
Me disseram, vibezinha esquisita
Ahyuasca no copin de Guaravita
Corinho de fogo bate tanto quanto o santo bate
A minha alma não tem nome, não importa o que eu ache
Meu espírito quietinho apoiado na balança
Esperando que eu pese menos que um black lança
(Omm)
Vem pro meu bonde
Mas fique no seu bonde
Porque no bonde não cabe todo o bonde
O que eles chamam de bolhas são redes muito bem pensadas
O seu espírito não usa filtro
E muito menos ele tem seu nome
Ao mesmo tempo ele não é "ele"
Então só escuta que a viagem é curta
(Omm)
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6. |
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Ah, que calor
Eu vou tomar uma água
Não posso sentir sede enquanto esse mundão me mata
Tem a hora que a única coisa que tem pra ter é calma
Achei melhor deixar pra lá
Eu já tava cansado de debate
Tem coisa que dá mó vontade de chorar
E sempre, ou quase sempre
É bom demais chorar
E eu lembro bem de um medo inocente que eu tinha
Achei melhor deixar pra lá
Eu já tava cansado de debate
Tem coisa que dá mó vontade de chorar
Eu lembro bem de um medo inocente que eu tinha...
Bomba atômica
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