7 de Abril, Dia do Jornalista
Engraçado ter um Dia do Jornalista se todo jornalista sabe que todos os dias são dos jornalistas. Não só os dias, mas as horas que faltam para o fechamento, os minutos de espera para entrar ao vivo, os segundos que podem definir o furo na internet.
A gente é jornalista o tempo todo, as 24 horas, mesmo quando está de folga e de férias. Temos de nos policiar para conseguir conversar com alguém normalmente, despretenciosamente, sem encher a pessoa de perguntas sobre detalhes e fatos da história que ela possa estar contando. Afinal, é só um bate-papo, e não uma entrevista.
Até quando a gente não quer, a gente é jornalista. Chega em casa avisando a manchete do dia: "O Ziraldo morreu!", e põe a família toda para acompanhar o noticiário na TV. E quando encontra um colega com quem estudou no ensino médio, 30 anos depois, e lembra o dia em que esse menino esfregou um picolé de chocolate nas costas de outro aluno e saiu correndo no meio do recreio. "Cara, eu não lembro nada disso!", ele me respondeu. Pois é, jornalista lembra de todos e de tudo o que aconteceu, até quando ele nem era jornalista.
E mesmo quando a gente está em uma segunda graduação a gente interrompe a aula do professor de biomecânica do movimento para contar em detalhes quem foi Adhemar Ferreira da Silva e João do Pulo, nossos grandes campeões do salto triplo.
Jornaista, repórter, redator, editor, produtor de conteúdo, roteirista, repórter fotográfico, repórter cinematográfico, assessor de imprensa, gerente de conteúdo, a gente vai se reinventando a cada dia de acordo com o que a vida nos chama para dançar. No meu primeiro dia de aula na faculdade de jornalismo foram uns caras mostrar o aparelho que iria revolucionar a comunicação mundial: o fax.
Uma live era algo só possível em filmes futuristas como o Jornadas nas Estrelas. Se moldar, atualizar e aprender com as transformações da comunicação nos tornam especialistas em TI. A gente se vira nos 30 com o que de mais novo aparecer em tecnologia da comunicação.
Eu já enviei matérias conectando o laptop de um telefone fixo de um ponto de táxi, com as garrinhas do fio ligadas ao bocal nos tempos de conexão discada. Já ditei toda uma cobertura para a "cabine" que recebia as ligações dos correspondentes. Já cobri toda uma Copa do Mundo dirigindo pelas freeways de Lo Angeles porque o único lugar possível para enviar a matéria era o Centro de Imprensa da Fifa. Já trabalhei em um site à frente do seu tempo nos primórdios da internet 1.0, desenvolvi o maior portal de notícias da internet 2.0, 3.0, 4G, 5G, publiquei milhares de textos em tempo real enquanto a notícia ia acontecendo aos nossos olhos e estou animado e ansioso pelo que mais virá por aí.
Parabéns a todos nós jornalistas que, mesmo quando não estamos com um emprego de carteira assinada seguimos dedicados à fundo do nosso trabalho, cobrindo férias, fazendo frilas, editando, publicando, criando, prospectando jobs e acreditando na nossa missão infinita!
Diretor Marketing/Novos Projetos na Nova TV NET CANAL 3 - FRANCA/SP
6 mOrgulho, e o prazer de acordar todo dia com a responsabilidade de pensar, criar, escrever o bom Jornalismo. Por vocação e critério ético. Comunicar, informar, orientar e discernir os fatos na visão intrínseca. É minha vida desde os 14 anos de idade. ✍