Três casos distintos na operação de solo de um aeroporto - e uma conclusão convergente.
1 - Recentemente, em meio à minha correria em algum dos aeroportos em que atendemos, peguei carona em um rebocador de aeronaves (ou ATC) como o do último vídeo. Pela configuração do equipamento, que estava com a manutenção em dia, o operador e eu sentamos à frente do eixo dianteiro.
E eu já havia me esquecido, assim como quem senta nos últimos bancos de um ônibus, de quão amplificado são os movimentos da carroceria quando estamos para além do entre-eixos de um automóvel - seja ele de qual tipo for.
2 - Em outro momento, manobramos uma aeronave seguindo todos os procedimentos de segurança utilizando um ATC que estava dentro das especificações mas sem nenhuma gordura em termos de especificação - o que é raro. Sabendo que utilizamos sempre ATC com capacidade bem superior à demanda, o meu receio não era quanto à capacidade de tração: meu foco de seguridade era justamente a frenagem.
No fim, deu tudo certo. Muitos ficaram surpresos do quão suave foi a movimentação do avião. Isso não era fator de preocupação: lidar com maior massa a ser desacelerada é que são elas.
3 - Em um raro momento de pausa aguardando um voo, me deliciei com um dos vídeos mais conhecidos pelos loucos com carros: o famoso RUF Yellowbird sendo domado na unha em Nurburgring.
Para o público comum, é um vídeo de (em tese) um Porsche 911 dos anos 1980 com extrema preparação sendo conduzido por piloto profissional naquele que, para mim, é o mais desafiador circuito fechado do mundo.
Chama a atenção a dificuldade do piloto, conhecedor do carro e da pista, em manter aquela besta amarela sob suas rédeas. A potência elevada torna-se bem mais difícil de ser controlada pela localização do motor do carro: assim como em um Fusca, após o eixo traseiro.
A conclusão convergente: existem diversos vídeos de Mini Cooper antigos dando trabalho para Fords americanos contemporâneos em circuitos travados. A despeito dos V8 americanos entregarem até 7 vezes a potência do ágil hatch inglês, é nas curvas que o britânico Davi vence o Golias além-mar.
A receita? Baixo peso. Entre os eixos. Quanto menos massa e entre as rodas dianteira e traseira, melhor para tudo e todos em termos dinâmicos. Os motores americanos pesados para além do eixo dianteiro replicam o relatado nos itens 1 e 3. Na hora de frear, o Mini reduzia a velocidade bem depois: menor massa, menor força para uma mesma aceleração!
Na corrida da vida profissional, nem sempre a força bruta vence a agilidade e a leveza dos movimentos: por mais Mini trazendo dor de cabeça aos Mustang e Galaxie - aqui, nas operações e na vida laboral.
Até a próxima!
Consultora de negócios | Comunicação | Negociação.
4 mInovador.