Mestre em História Social | Gerente de Articulação e Advocacy | Ex- Secretário Municipal de Educação e Esportes de Caruaru-PE
Fugindo da discussão sobre os desafios (ou diria novela) da articulação política, me chamou atenção na reportagem a fala de que o Ministério da Educação trabalha para aprovar as mudanças no Ensino Médio ainda no primeiro semestre para permitir a implantação em 2025. As propostas de mudança, seja do PL que saiu do Executivo, seja do PL do Mendonça, não deveriam ser implementadas em 2025. É preciso dar tempo para que as escolas se preparem, os professores conheçam a nova proposta e construam os desdobramentos necessários. A escola tem uma dinâmica própria. Existem tempos para que as coisas aconteçam lá. Já é ruim o cenário usual no qual não damos tempo para que as políticas públicas educacionais amadureçam e mostrem suas necessidades de melhoria incremental. Não. O legal no Brasil é passar a borracha e começar de novo. No Ensino Médio já foi pra lá de vinte vezes! Por isso, a preparação para as mudanças no Novo Ensino Médio deveria constar no cronograma de implementação como uma etapa preparatória. Até porque nos seis meses seguintes à aprovação do PL será necessário produzir documentos, novas orientações e realizar validações institucionais. O que sair daí vai chegar na escola. Em que momento do segundo semestre? Não dá pra trocar a roda com o carro em movimento. Corremos riscos de queimar a largada em uma política pública fundamental para o país, por conta do intuito de, em míseros seis meses, achar que todos vão virar a chave e rezar uma nova cartilha. https://lnkd.in/dAaYcBrt