Esta semana, tive a oportunidade de participar da Rio Oil & Gas (ROG) junto com o time do meu estágio, o SIMDUT, um laboratório na PUC voltado à simulação termo-hidráulica de dutos, focado no transporte de petróleo. Foi minha segunda feira do setor; no ano passado, participei da Rio Pipeline logo após começar no estágio, e a diferença de perspectiva entre os dois eventos foi marcante.
A Rio Pipeline é um evento mais focado no transporte de petróleo, o que se alinha diretamente com o trabalho que realizamos no SIMDUT. Participei durante todos os dias da feira, e o ambiente, sendo menor e mais específico, parecia mágico. Para mim, tudo era novidade: as empresas, as discussões e as perspectivas do mercado de óleo e gás. Lembro-me de como o otimismo predominava entre os participantes e de como o cenário parecia cheio de oportunidades.
Já na Rio Oil & Gas, um evento mais voltado para a exploração e produção de petróleo, o cenário foi diferente. A feira é significativamente maior, com mais empresas e um espaço físico amplo (e mais quente, afinal, estamos no Rio de Janeiro). A expectativa quanto ao mercado de energia nacional ainda é grande, mas confesso que me questionei sobre a natureza dessa expectativa. Muitas das empresas nacionais presentes não eram indústrias ou empresas de engenharia, mas sim revendedoras ou representantes de companhias estrangeiras. A presença de gigantes internacionais, como Shell, Baker, Rosen, Technip e Equinor, foi notável, mas, com exceção da Petrobras, senti falta de maior representação de grandes empresas nacionais.
É possível que eu não tenha visitado todos os pavilhões, afinal, o evento é imenso e estive lá apenas por um dia. No entanto, me questiono sobre a oportunidade que temos de, em um evento de grande porte como a ROG, destacar o potencial e a inovação do setor de óleo e gás brasileiro. Ao invés disso, vemos uma participação tímida do Brasil, com muitas ideias vindo de fora.
Fica a reflexão: onde está a iniciativa nacional? Espero que em breve vejamos um movimento mais ativo das empresas brasileiras, aproveitando as oportunidades do mercado de energia. O potencial existe, e torço para que possamos vê-lo mais concretizado em eventos futuros.
(Abaixo, uma foto do incrível time do SIMDUT, onde tenho o privilégio de estagiar!)
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