Publicação de Felipe Mariano

Hoje o assunto é polêmico! Vamos desmistificar a maior falácia que propagam sobre as redes subterrâneas de distribuição de energia? Particularmente, já ouvi dizer que o custo de enterramento dessas redes chega a ser até 20 vezes maior do que o da rede aérea. No entanto, essa generalização não considera as nuances de cada país e região e, pior ainda, perpetua um equívoco que vai contra o avanço necessário da indústria rumo à transição energética. Recentemente, a Power Delivery Intelligence Initiative, um grupo de trabalho norte-americano formado com o objetivo de impulsionar as infraestruturas subterrâneas de energia, divulgou o "Utility Undergrounding Life-Cycle Cost Guide". O guia foi projetado para ajudar as empresas de serviços públicos a avaliar e escolher segmentos de linha estritamente definidos onde o subterrâneo representa o menor custo de ciclo de vida e alcançará metas de resiliência e de confiabilidade. No documento, um dos principais mitos sobre a conversão de redes caiu por terra! Na verdade, segundo o guia, o diferencial real de custo inicial é de 2 a 3 vezes maior para as redes subterrâneas que visam a capturar o menor custo de ciclo de vida e alcançar metas de resiliência e de confiabilidade em segmentos críticos de linha. Vários programas subterrâneos estratégicos bem-sucedidos estão atingindo esse referencial, a exemplo do Programa de Subterrâneo da Fase II da Dominion Energy, que concluiu 249 milhas subterrâneas a um custo médio de U$ 422.496 por milha - significativamente abaixo do máximo exigido por legislação, que é de U$ 750.000 por milha. Iniciativas como essa, da PDi2, elevam a um patamar estratégico e extremamente técnico a conversão das redes de distribuição de energia. Para conferir o estudo completo, basta se cadastrar no link dos comentários. #redessubterraneas #redessubterraneasdeenergia #redesdedistribuicao #setoreletrico #transicaoenergetica #pdi2

Lendo a matéria da MegaWhat, "Custo global em prol da inovação e da resiliência da rede", disponível em https://lnkd.in/db_XCeHN; e a matéria do g1 compartilhada pelo colega Daniel Araujo Carneiro, que trata da situação crítica no rio Xingu, onde foi necessário rebaixar o nível do reservatório intermediário de Belo Monte, decidi tratar de um assunto ora vez esquecido pelos agentes do Setor Elétrico Brasileiro: A Importância da Inércia e Robustez na Transição Energética do Sistema Elétrico A inércia e robustez são fundamentais para manter a segurança e confiabilidade do sistema elétrico, especialmente com o aumento da penetração das fontes solar e eólica no Sistema Interligado Nacional (SIN). Esse fenômeno, conhecido como "deficiência ativa", refere-se à insuficiência de recursos críticos, necessários para a operação segura do sistema. A robustez do sistema está relacionada à sua capacidade de suportar distúrbios e manter a estabilidade de tensão, enquanto a inércia, fornecida por geradores de usinas hidrelétricas e termelétricas, é essencial para resistir a variações abruptas de frequência. Com a crescente escassez hídrica, tecnologias como compensadores síncronos e baterias com controle de inércia virtual estão sendo avaliadas para substituir a inércia tradicional. Para medir a inércia do sistema, tecnologias como sistemas de medição sincrofasorial (SMSF), SCADA e EMS são usadas, permitindo detectar variações e prever respostas a distúrbios.  Com o aumento da participação de energias renováveis, será essencial que o Operador Nacional do Sistema (ONS) publique relatórios anuais e implemente atualizações tecnológicas que garantam um sistema mais resiliente, capaz de atender à demanda e mitigar os impactos das mudanças climáticas, indo além de soluções temporárias como o curtailment.

De acordo com os resultados do relatório técnico da consulta pública, com a parametrização adequada da aversão ao risco o modelo Híbrido tem o potencial de prover uma economia de aproximadamente 10% (R$ 4 bilhões) com geração térmica, em cenários hidrológicos muito críticos; em cenários em que se vislumbram uma necessidade de antecipação de geração térmica, como reservatórios mais baixos ou vazão mais crítica, o modelo em sua versão híbrida apresenta uma maior geração termelétrica de forma antecipada, preservando os armazenamentos do sistema elétrico. Também é notável a melhor alocação da água provida pelo modelo híbrido, com os armazenamentos de importantes bacias como o Grande e Paranaíba mais aderentes ao balanceamento da operação real verificada.

AUDIÊNCIA PÚBLICA - LEILÃO DE RESERVA DE CAPACIDADE E ESTABILIDADE DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL – PARTE 2 Os serviços ancilares são essenciais para garantir a estabilidade e a confiabilidade do sistema elétrico. Eles incluem uma variedade de atividades que ajudam a manter o sistema funcionando de forma adequada, desde a geração até o consumo de energia. Aqui estão alguns dos principais tipos de serviços ancilares: Autorrestabelecimento: capacidade de uma fonte geradora de sair de uma condição de parada total para uma condição de operação; Controle de Frequência: ajuste da velocidade de unidades geradoras para manter ou restabelecer a frequência do sistema quando há desequilíbrio entre carga e geração; Suporte de Reativos: Fornecimento ou absorção de reativos por unidades geradoras, utilizado para controle de tensão do sistema; Sistema Especial de Proteção (SEP): Sistemas que realizam ações automáticas para preservar a integridade do Sistema Interligado Nacional (SIN) em caso de risco para a rede elétrica; Manutenção da Reserva de Potência Operativa: Despacho termelétrico para manter a água no reservatório de hidrelétricas que prestam controle de frequência.  Esses serviços são remunerados de acordo com o tipo e seguindo a regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Alguns recebem pagamentos fixos anuais, enquanto outros são compensados com valores variáveis. Os serviços ancilares são fundamentais, especialmente com a crescente integração de fontes de energia renovável, como eólica e solar, que são mais voláteis e requerem um controle mais rigoroso para garantir a qualidade da energia fornecida.  Existem as seguintes tecnologias de inversores: Seguidores de Rede (GFL) – Geração Eólica, Fotovoltaica e BESS (Armazenamento em Baterias), possuem comportamento transitório como fonte de corrente, requer suporte de fontes de tensão externas e corrente de curto-circuito muito limitada. Formadores de Rede (GFM) – BESS (Armazenamento em Baterias), possuem comportamento transitório como fonte de tensão, correntes de curto-circuito potencialmente mais elevada (depende do dimensionamento), em uso há vários anos em sistemas isolados e micro redes, interação com GFL e GFM IBR próximos entre si e as máquinas síncronas pode ter efeitos indesejados e necessidade de reajustar sistemas de controle, localização e percentual de participação em relação a GFL IBR pode influenciar a estabilidade, dificuldades de simulação detalhada em sistemas de grande porte devido ao custo computacional muito elevado, modelos opacos criam muitas dificuldades de avaliar o efeito conjunto de várias instalações, dificuldades de teste de todas capabilidades.

No Artigo Opinião da Comunidade desta semana, Fernanda Nakano Kazama, especialista de Modelos e Estudos Energéticos; Guilherme Matiussi Ramalho, gerente de Modelos e Estudos Energéticos; Mariana Iizuka, analista de Modelos e Estudos Energéticos Sr.;e Rodrigo Sacchi, gerente-executivo de Preços, Modelos e Estudos Energéticos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE escreveram sobre 'Newave Híbrido: o avanço necessário para o setor elétrico' "Com a abertura da consulta pública nº 162/2024 do MME, a Comissão Permanente para Análise de Metodologias e programas Computacionais do Setor Elétrico (Cpamp) está entrando nas fases finais dos trabalhos relativos à proposição de um importante aprimoramento para a cadeia principal de modelos do setor elétrico brasileiro, a utilização do modelo Newave Híbrido para uso no planejamento da operação e formação de preço a partir do PMO de janeiro de 2025. A proposta é um antigo anseio do setor para se fazer uma representação mais realista do sistema, sobretudo relativos ao detalhamento do sistema hidráulico nos modelos de médio prazo." Confira o conteúdo completo e boa leitura: https://lnkd.in/db77fjvi

Dia 15/03/24 acontecerá o lançamento do Laboratório de Energia das Ondas e Marés -LEOM, no Lactec, em Curitiba(PR). Executado através do Programa de P&D da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, o projeto foi desenvolvido pelo Lactec em parceria com a HIDROBOMBAS S.A  e a GPE - Global Participações em Energia . O objetivo do LEOM é analisar a funcionalidade, viabilidade técnica e econômica e a eficiência energética dos sistemas que absorvem e convertem energia das ondas em eletricidade. O projeto se destaca no cenário nacional por diversos motivos.Um deles é a possibilidade de realizar ensaios em modelos on, near ou offshore e pela rapidez de enchimento e esvaziamento (20 minutos), o que permite a rápida intervenção nos modelos sem depender de mergulhadores. Outro diferencial é o processo de geração de ondas único no cenário nacional e internacional e de um sistema que permite a reutilização de toda a água. De acordo com Luiz Fernando Vianna, CEO do Lactec, o lançamento do laboratório está alinhado com o propósito da empresa de estar focado em inovações e desenvolvimento de novas tecnologias. “O LEOM estabelece mais uma frente de pesquisa para a diversificação das fontes de geração energética e também para importantes estudos que envolvem o ambiente marinho, por exemplo”, explica. O coordenador do projeto, o pesquisador do Lactec Rodrigo Paludo, destaca que os tanques de ondas são ferramentas importantes para o estudo e a compreensão dos fenômenos relacionados às ondas em ambientes controlados. “O projeto permite a realização de diferentes experimentos e testes. O litoral brasileiro tem grande potencial na capacidade e na consistência na geração, estimado em 90 gigawatts, se comparado a fontes intermitentes. Esses diferenciais asseguram que a fonte ondomotriz tenha a capacidade de conquistar cada vez mais espaço na matriz elétrica do país”, afirma. O Laboratório de Energia das Ondas e Marés tem possui volume de 330 mil litros e a capacidade de ser utilizado em diversas áreas de pesquisa, como as engenharias portuária e costeira, sendo capaz de realizar estudos de análise de estruturas offshore submetidas a ondas e ao vento, como turbinas eólicas, por exemplo. Além disso, permite investigar os tipos de interferências ondulatórias causadas por alterações na linha costeira e ampara estudos sobre conversores de energia das ondas, turbinas eólicas offshore fixas ou flutuantes, sistemas de conversão híbridos e plataformas offshore.  Outras funcionalidades do equipamento incluem a capacidade de avaliar o dano em estruturas costeiras de taludes, estimar galgamentos costeiros e de estruturas #portuárias, analisar a (morfo) dinâmica nos estudos com fundos móveis e as condições de abrigo criadas por estruturas costeiras e portuárias. O projeto também se destaca no estudo da dinâmica de estruturas flutuantes livres ou amarradas e na engenharia de #saneamento, sendo capaz de realizar estudos da dispersão em emissários costeiros, entre outros.

Movimentação de Transformador de Energia de 145 Toneladas: Solução Inovadora e Segura em Cafanaum - BA A tarefa de movimentar um transformador de energia de 145 toneladas em uma subestação energizada apresentou desafios significativos para a CHESF - Companhia Hidrelétrica do São Francisco. A utilização de guindastes foi prontamente descartada devido às preocupações com segurança e ao peso excepcional do equipamento, o que teria aumentado consideravelmente o custo da operação. Foi então que a Go! Guindastes propôs uma alternativa inovadora: a remoção industrial. Essa abordagem não apenas reduziu significativamente os custos para o cliente, mas também garantiu a segurança da operação em uma subestação ativa. A chave para o sucesso dessa empreitada foi a utilização de equipamentos especializados. Um trilho hidráulico sincronizado foi empregado, eliminando a necessidade de intervenção humana direta na movimentação do transformador. Isso não apenas aumentou a eficiência da operação, mas também elevou os padrões de segurança. Além disso, cilindros hidráulicos e uma central hidráulica sincronizada foram fundamentais para o içamento do transformador por quatro pontos, garantindo que o equipamento permanecesse alinhado durante todo o processo. A operação foi realizada com sucesso em uma subestação da CHESF em Cafanaum - BA, destacando a eficácia da remoção industrial como uma solução viável para desafios complexos de movimentação de transformadores de energia. Em suma, a movimentação do transformador de 145 toneladas por meio da remoção industrial não apenas demonstrou a capacidade da Go! Guindastes em encontrar soluções eficazes para seus clientes, mas também ressaltou a importância de abordagens inovadoras e seguras na indústria de energia.

EPE divulga Nota Técnica "Roadmap para o fortalecimento da resiliência do setor elétrico em resposta às mudanças climáticas – Revisão Bibliográfica”   Na Nota Técnica é apresentada uma revisão do conceito de resiliência, e são listadas instituições, referências bibliográficas, plataformas e base de dados disponíveis, todos relacionados ao tema resiliência às mudanças climáticas em sistemas elétricos. Além disso, são discutidas as perspectivas futuras das mudanças do clima para o Brasil e os potenciais impactos no Sistema Elétrico. Esse trabalho é a primeira etapa da ação de curto prazo CP17, prevista no Plano de Recuperação dos Reservatórios de Regularização de Usinas Hidrelétricas do País – PRR, cujas diretrizes de elaboração foram estabelecidas no Art. 30 da Lei nº 14.182, de 2021. Acesse https://lnkd.in/dGTPqeCQ

Dia 15/03/24 acontecerá o lançamento do Laboratório de Energia das Ondas e Marés -LEOM, no Lactec, em Curitiba(PR). Executado através do Programa de P&D da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, o projeto foi desenvolvido pelo Lactec em parceria com a HIDROBOMBAS S.A Engenharia e a GPE - Global Participações em Energia . O objetivo do LEOM é analisar a funcionalidade, viabilidade técnica e econômica e a eficiência energética dos sistemas que absorvem e convertem energia das ondas em eletricidade. O projeto se destaca no cenário nacional por diversos motivos.Um deles é a possibilidade de realizar ensaios em modelos on, near ou offshore e pela rapidez de enchimento e esvaziamento (20 minutos), o que permite a rápida intervenção nos modelos sem depender de mergulhadores. Outro diferencial é o processo de geração de ondas único no cenário nacional e internacional e de um sistema que permite a reutilização de toda a água. De acordo com Luiz Fernando Vianna, CEO do Lactec, o lançamento do laboratório está alinhado com o propósito da empresa de estar focado em inovações e desenvolvimento de novas tecnologias. “O LEOM estabelece mais uma frente de pesquisa para a diversificação das fontes de geração energética e também para importantes estudos que envolvem o ambiente marinho, por exemplo”, explica. O coordenador do projeto, o pesquisador do Lactec Rodrigo Paludo, destaca que os tanques de ondas são ferramentas importantes para o estudo e a compreensão dos fenômenos relacionados às ondas em ambientes controlados. “O projeto permite a realização de diferentes experimentos e testes. O litoral brasileiro tem grande potencial na capacidade e na consistência na geração, estimado em 90 gigawatts, se comparado a fontes intermitentes. Esses diferenciais asseguram que a fonte ondomotriz tenha a capacidade de conquistar cada vez mais espaço na matriz elétrica do país”, afirma. O Laboratório de Energia das Ondas e Marés tem possui volume de 330 mil litros e a capacidade de ser utilizado em diversas áreas de pesquisa, como as engenharias portuária e costeira, sendo capaz de realizar estudos de análise de estruturas offshore submetidas a ondas e ao vento, como turbinas eólicas, por exemplo. Além disso, permite investigar os tipos de interferências ondulatórias causadas por alterações na linha costeira e ampara estudos sobre conversores de energia das ondas, turbinas eólicas offshore fixas ou flutuantes, sistemas de conversão híbridos e plataformas offshore.  Outras funcionalidades do equipamento incluem a capacidade de avaliar o dano em estruturas costeiras de taludes, estimar galgamentos costeiros e de estruturas portuárias, analisar a (morfo) dinâmica nos estudos com fundos móveis e as condições de abrigo criadas por estruturas costeiras e portuárias. O projeto também se destaca no estudo da dinâmica de estruturas flutuantes livres ou amarradas e na engenharia de saneamento, sendo capaz de realizar estudos da dispersão em emissários costeiros, entre outros.