Celebro com orgulho a vitória de Fernanda Torres como Melhor Atriz em Drama no Golden Globe pelo filme Ainda Estou Aqui. Sua trajetória brilhante é uma inspiração, e vê-la brilhar internacionalmente é motivo de grande alegria, especialmente como brasileira.
No entanto, essa conquista me leva a refletir sobre uma questão que me afeta diretamente: a falta de acessibilidade para filmes brasileiros nos cinemas.
Ainda Não Consegui assistir esse filme. Não por falta de interesse, mas porque não há legendas disponíveis nos cinemas para filmes brasileiros. Essa barreira me impede de aproveitar a experiência que tantos desfrutam. E sei que não estou sozinha – pessoas surdas em todo o Brasil enfrentam essa mesma exclusão, esperando meses para ver filmes nacionais apenas quando chegam ao streaming.
No dia 13 de março, estreia Vitória, o novo filme estrelado pela incrível Fernanda Montenegro. Estou ansiosa para assistir, mas já sei que precisarei aguardar novamente até que esteja disponível nos streamings. Isso me faz perguntar: por que o cinema nacional não é acessível desde o início? Por que a inclusão ainda não é prioridade?
Existem alternativas, como aplicativos de legendas, mas será que é justo dividir minha atenção entre a tela do cinema e a tela do celular para entender o diálogo? Essa não é uma solução prática nem digna para quem busca uma experiência completa.
A acessibilidade não é um luxo; é um direito básico. O cinema tem o poder de unir, inspirar e emocionar, mas para isso precisa ser verdadeiramente para todos.
E você, já pensou no impacto positivo que mudanças simples, como a inclusão de legendas nas salas de cinema, teriam na vida de tantas pessoas? Espero que essa reflexão inspire transformações no nosso cinema nacional, tornando-o mais acessível e inclusivo.
Enquanto isso, sigo aguardando ansiosamente a chegada dos filmes às plataformas de streaming, para finalmente viver essas histórias como elas merecem ser vividas.
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