Publicação de Hospital Infantil Sabará

A importância da equipe multidisciplinar.

A cardiopatia congênita é diagnosticada precocemente por meio do ecocardiograma fetal, que consegue identificar alterações a partir de 18 semanas de gestação, com tempo ideal entre 24 e 30 semanas de gestação.

A cada ano, cerca de 30 mil crianças nascem com algum tipo de cardiopatia congênita no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Nesses casos, há uma malformação na estrutura ou função do coração, que pode variar no tipo de gravidade e intervenção necessária. Por isso, neste Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita, o Hospital Pequeno Príncipe – referência nacional para atendimentos a esses pacientes – destaca a importância do diagnóstico precoce ainda na gestação ou nas primeiras horas de vida. Acesse a matéria completa para saber mais sobre o diagnóstico, tratamento e sinais de alerta das cardiopatias congênitas: https://lnkd.in/e62D3VEr #hospitalpequenoprincipe #pediatria #cardiopatia #cardiopatiacongenita #ods #ods3 Pacto Global da ONU - Rede Brasil

Parte 2 : Escoliose pediátrica no SUS. É possível mitigar a fila de tratamento? Comissão de Políticas em Saúde da Sociedades Brasileira de Coluna Carlos Tucci, Cristiano Menezes Magalhães, Carlos Henrique Ribeiro, Alexandre Fogaça, Marcelo Risso e Robert Meves Consequências : Judiciarização, piora da deformidade, necessidade de cirurgias mais complexas e onerosas, piores resultados cirúrgicos, maior tempo de internação e perda do timing para tratamento conservador (colete ou gesso) Ações em termos de políticas públicas para racionalizar os recursos limitados levantados foram: definir em projeto de lei , de forma similar a oncologia no SUS, o período máximo para atendimento após encaminhamento da rede básica , lista única com base de dados nacional para espera de intervenção com base em risco de progressão, diminuir tempo pós operatório necessário em UTI, criar códigos no SUS - para implantes pediátricos de baixo perfil, monitoração neurofisiológica multimodal e gessos seriados- , treinamento para diagnóstico precoce nas unidade básicas de saúde, ampliação da telemedicina, centralização de compra de implantes pelo Ministério da Saúde e definir centros de tratamento para tratamento das deformidades no país para distribuição da demanda de pacientes. A codificação no rol de procedimentos do SUS é chamado Renases (Relação Nacional de Ações e Serviços da Saúde), decreto 7059 de 2011. A falta desta codificação para monitoração neurofisiológica multimodal, gessos seriados e implantes pediátricos de baixo perfil leva ao subfinanciamento e retardo destas intervenções. Falta ainda apresentar critérios de prioridade de tratamento não cronológica - e, sim, com base no prognóstico de risco de progressão da curva, segundo a Medicina Baseada em Evidências (MBE), de forma similar com a lista de espera do transplante de órgãos no Brasil. Esta bem-sucedida política pública no Brasil conhecida como portaria número 2600, de outubro de 2009, estabelece que em todo hospital com Unidade de Terapia Intensiva, referência em urgência e emergência do SUS, precisa coletar dados num sistema web para identificar potenciais doadores para a base de dados da Central Nacional de Transplantes que utiliza critério técnicos da MBE e não cronológica para alocar recursos. Nós, como sociedade líder no Brasil de cirurgiões de Coluna e reconhecida pela Scoliosis Research Society, para o trato de escoliose infantil, estamos atentos ao debate e aperfeiçoamento dos projetos de lei dos deputados Kim e apensado do Nelto em andamento em Brasília. .. Em síntese, há intervenções em termos políticas públicas que podem otimizar a alocação destes recursos limitados para mitigar esta questão no Brasil. Neste sentido, a SBC em agosto de 2024, organizará no Rio de Janeiro do Spine 20, que agrega países com questões similares referentes ao acesso universal no tratamento de deformidades pediátricas e outras doenças na coluna no sistema público para este debate e troca de experiências.

As cardiopatias congênitas se referem a um conjunto de malformações anatômicas ou por alteração da função cardíaca de origem pré-natal. A formação do coração inicia-se precocemente, já nas primeiras 6 semanas de vida do feto. Diferentes fatores e, muitos ainda não bem explicados, podem afetar este desenvolvimento. Parte dos casos tem origem genética, mas a maioria ainda permanece inexplicada. Fatores ambientais, infecções, estilo de vida e medicamentos podem ter um papel neste processo. Segundo as estatísticas do Ministério da Saúde, 10 em cada 1000 bebês são afetados por alguma cardiopatia congênita, sendo esta uma das causas mais comuns de óbito no primeiro ano de vida. Os sintomas podem ser graves desde o início com cianose, necessidade de suporte ventilatório e hemodinâmico ainda no período neonatal, mas em muitos casos as manifestações podem ser mais brandas e menos específicas, como dificuldade para sucção e para o ganho de peso, hipoatividade, cansaço, palidez e hipotonia. Em seu espectro mais chocante, pode ser uma causa de morte súbita na infância.  A oximetria de pulso, mais conhecida como teste do coraçãozinho, faz parte do programa de triagem neonatal do Ministério da Saúde. Neste exame um oxímetro é colocado na mão direita e depois em um dos pés do bebê para investigar a presença de diferenças no padrão de oxigenação entre os membros. A existência de diferenças significativas sugere alterações cardiovasculares que deverão ser investigadas mais detalhadamente para um diagnóstico definitivo.  Algumas cardiopatias congênitas têm como causa doenças que podem ser identificadas pelo teste do pezinho na sua versão mais ampliada, como é o caso de alguns distúrbios da oxidação dos ácidos graxos e no caso de teste também com investigação para doenças lisossomais, a Doença de Pompe. Embora estas sejam doenças raras, a introdução do tratamento específico é essencial. Temos aqui o exemplo de uma situação em que dois exames que compõem a triagem neonatal (o teste do coraçãozinho e o teste do pezinho) contribuem para o diagnóstico precoce. O diagnóstico e intervenção precoces podem evitar desfechos mais graves. Enquanto em alguns casos pode ser necessário apenas o acompanhamento, com uma evolução assintomática e/ou com resolução espontânea, em outros casos, medicações, intervenções cirúrgicas e mesmo transplante podem ser necessários. Assim, é necessário haver um fluxo bem estabelecido para o atendimento do bebê com triagem neonatal positiva para cardiopatias congênitas, permitindo a realização dos exames confirmatórios, definição diagnóstica e encaminhamento para centros de referência com recursos para o atendimento integral da criança. Clarissa Bueno é neurologista infantil e coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Triagem Neonatal - Os Alicerces da Prática Clínico Laboratorial

* Carlos Tucci, Cristiano Menezes Magalhães, Alexandre Fogaça, André Luis F. Andújar, Carlos Henrique Ribeiro, Luis Eduardo Carelli, Marcelo Risso e Robert Meves (Comissão de Políticas em Saúde da Sociedade Brasileira de Coluna) Série de reportagens abordam a questão da lista de espera para tratamento de doenças de alta complexidades no SUS. Para lembrar as mais recentes, citamos a lista de espera de transplantes cardíacos (Folha 20/8/2023: Faustão precisará de transplante de coração), prótese de quadril, (Estadão 27/11/2023: O drama da fila de espera por cirurgias de quadril) e oncologia (Folha 2/12/2023: Fila de tratamento de câncer pelo SUS cresce em São Paulo). O Grupo de estudos de escoliose da Sociedade Brasileira (GEPEDI) contribui nesta problemática das escolioses pediátricas com publicação relevante na área (Spine Publish Ahead of Print DOI:10.1097/BRS.0000000000004885 ). A escoliose significa "curvatura lateral da coluna” e pode acompanhar, ou não, doenças neuromusculares, congênitas ou síndromes. O tratamento adequado para as curvas progressivas inclui, hoje, a confecção de órteses, e gesso para curvaturas moderadas. O tratamento cirúrgico é indicado nas curvas mais graves. Estudos recentes mostram complicações nas curvas rapidamente progressivas não tratadas, entre as quais, problemas de insuficiência do pulmão e cardíaca, como também de autoimagem. Entretanto, a doença tem profundo impacto na qualidade de vida, e a identificação precoce permite reduzir os problemas ligados à doença, que atinge 2% da população. No Sistema Único de Saúde (SUS), observa-se que as dificuldades para tratamento da escoliose pediátrica e no adulto são similares às de outras doenças, em decorrência da alta demanda de assistência, em um país continental. A fim de lançar luz nessa questão, a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) coordenou um projeto de âmbito nacional, com amostra de 651 crianças que aguardavam mais do que seis meses para tratamento da escoliose, em 21 centros participantes credenciados do Grupo de Estudos de Escoliose Pediátrica da SBC (GEPEDI), das regiões nordeste, sudeste, centro-oeste e sul do país. De acordo com consenso internacional, o longo tempo de espera é altamente negativo para a eficácia do tratamento da doença, em função da progressão da curva na faixa etária pediátrica (0-18 anos de idade). Durante as etapas do projeto de pesquisa foram realizados encontros focais com a equipe dos coordenadores de cada Centro para a realização de entrevista e coleta de sugestões de ações para melhorar a alocação dos recursos, com vistas a mitigar esse problema de saúde pública. As causas do retardo no tratamento, em média de 51 meses, incluíram a demora para o paciente ser transferido da rede básica para o centro de tratamento terciário, dificuldade na confecção do gesso ou colete, limitação em conseguir material cirúrgico, dificuldade em marcar a cirurgia em razão de cirurgias urgentes, falta de leito para eletivas e carência de UTIs

Caso clinico: Mãe procura a Farmacêutica clinica com criança de 7 meses com historia de apnéias com cianose labial (mãe refere que criança para de respirar, fica roxa e sacode a criança para ela voltar), associado a crises de tosse ,dispneia e engasgos ao ingerir líquidos e ao mamar. A mãe também relata que a criança tem refluxo gástrico (gorfo). •Nega febre. Ha 20 dias criança foi internada com quadro de pneumonia recorrente. Mae também relata que a criança tem esse quadro desde o nascimento, já passou por vários Pediatras e até o momento não obteve Diagnóstico. Ao exame físico: BEG, corada, hidratada, afebril, ativa •ACV: BNF, RCR em 2T sem sopros •AR: MV rude, com roncos de transmissão. Guincho inspiratório durante o choro, que mãe refere estar presente mesmo quando criança tranquila em repouso. •Abdome: normotenso, indolor, sem VMG ou massas. RHA+ •Extremidades: bem perfundidas e sem edemas Conduta Farmacêutica: Mãe encaminhada para um posto de saúde com orientação de procurar um otorrinolaringologista com Sugestão Farmacêutica para realizar Videolaringotraqueoscopia para investigação de: a)Apneia do lactente. b)Aspiração de Corpo estranho. c)Causas infecciosas. d)Laringotraqueomalácia. Resposta: Laringotraqueomalácia. Achados ao exame : Supraglótico/glótico: Estridor inspiratório •Abaixo das cordas vocais: Estridor expiratório •Lesões fixas: bifásicos. Epiglote forma mais alongada e sem sustentação, formando a imagem em “Ômega” •cartilagem aritnóide está alongada. •Ambas levam a um colapso da estrutura sobre si durante a inspiração, causando uma obstrução estridor. Patologia congênita mais comum •Responde por cerca de 60% das mal formações de laringe( paralisia das cordas vocais, 2ª mais comum-15%) •Causa mais comum de estridor por patologia congênita. •Anormalidade congênita da cartilagem laríngea •Tem a sua fisiopatologia explicada pelo atraso da maturação das estruturas de suporte da laringe •Resulta no colapso das estruturas supra-gloticas durante a inspiração.( epiglote e/ou cartilagem aritenóide) Normalmente as crianças são levadas às emergências após recuperação do quadro clínico, o que dificulta a definição da etiologia.

Evento Adverso: Minha Vida Uma reflexão sobre Segurança do Paciente... Sou Evelyn, esposa do Walter, mãe do Gael (6 anos) e Lucas (3 anos); Enfermeira há 15 anos, atuo no Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) há pelo menos 10 anos, 9 anos na Gestão de Enfermagem, atualmente Gerente de Enfermagem e Presidente do NSP. Durante nossa jornada profissional, falamos muito sobre Segurança do Paciente e prevenção de Eventos Adversos, e nunca imaginei que passaria por esta situação como Paciente. No parto cesárea do meu filho Lucas, durante o procedimento a equipe que estava me assistindo em sala de parto se deu conta da falta de 1 compressa. Percebi apreensão de todos na procura da compressa sem sucesso. Fui informada pela obstetra que estava faltando uma compressa e logo já falou: "pode ser que contaram errado". Neste momento pensei, era algo que não poderia acontecer, mas, pensando no artigo " Errar é Humano" relevei a informação como possível. Neste momento, estava sendo realizado a sutura, e pedi para o médico abrir novamente para ver se a compressa não estava na cavidade. Meu pedido não foi aceito, e solicitaram RX para visualização. Feita a imagem e não viram nada. Fui para o pós parto, e repetiram outro RX, e novamente não viram nenhuma imagem. Tive alta e passei bem sem nenhum sintoma. No final de 2023, realizei alguns exames e no resultado da TC de abdômen, além de ter um achado de colelitiase, tinha também "Gossipiboma" de procedimento cirúrgico prévio. Imediatamente passou um filme na minha cabeça. Em resumo, fiz a cirurgia recentemente para resolução da vesícula e retirada da compressa sem complicações. Deste procedimento resultou em: Videolaparoscopia para retirada da vesícula, mas o que eu não precisava passar devido Evento Adverso EVITÁVEL: Laparotomia exploradora, enterectomia, lise de aderência, e alta para casa com CVD com programação para retirada. Para nós profissionais e gestores de Saúde, vale repensar... 1) Como estão os protocolos institucionais? 2) Como está sendo seguido os protocolos institucionais pelos profissionais? 3) Como está o monitoramento destes protocolos? 4) Como está a Cultura de Segurança em nossas instituições? 5) Será que ouvimos nossos pacientes de forma efetiva? Um evento adverso, MUDA UMA VIDA! Poderia não estar aqui hoje para trazer esta reflexão. Aos que leram meu relato até o fim, espero poder ter deixado uma semente para que possamos avaliar nossos processos internos com o objetivo de PREVENIR EVENTOS ADVERSOS! #cirurgiasegura #meta4seguranca #segurancadopaciente #fazerouviravozdopaciente #pacienteseguro #qualidade #eventoadverso #comunicacaoefetiva

A sepse neonatal precoce é uma condição de origem bacteriana, viral ou fúngica que pode afetar o recém-nascido e até mesmo deixar sequelas. A sepse neonatal pode ter início precoce (em até 72h de vida) e ter como fonte a aquisição de uma infecção intra útero ou após o nascimento, ou seja, adquirida no hospital. Além disso, no recém-nascido a sepse também pode ser tardia. Os fatores de risco mais importantes associados à sepse neonatal são a prematuridade e o baixo peso ao nascer. O seu diagnóstico nem sempre é fácil, uma vez que os sinais e sintomas são inespecíficos e podem ser confundidos com as condições do nascimento e as adaptações do recém nascido ao meio ambiente. Os efeitos a longo prazo são difíceis de predizer, pois dependem de inúmeros fatores como a idade gestacional, tipo e gravidade da infecção, manejo do tratamento entre outros. Algumas possíveis sequelas a longo prazo da sepse neonatal precoce incluem: atrasos do desenvolvimento neuropsicomotor, complicações neurológicas, respiratórias e renais É importante ressaltar que nem todos os bebês que passam pela sepse neonatal precoce desenvolvem sequelas a longo prazo. O prognóstico varia de acordo com a gravidade da infecção, a rapidez do tratamento e a saúde geral do bebê. Além disso, os avanços na medicina neonatal e o suporte adequado podem minimizar o risco de complicações. É fundamental que os pais recebam suporte médico contínuo e sigam as recomendações de acompanhamento para garantir o melhor cuidado e desenvolvimento do seu filho. Dra. Daniela Carla de Souza (CRM 84793) #diagnosticsispower #ilas #reabilitasepse #sepse #saúde #neonatal

O período considerado o “queridinho dos ecocardiografistas fetais” para a realização do exame é entre 24 e 28 semanas, quando o tamanho do coração já é um pouco maior, a movimentação fetal já não costuma ser tão exuberante a ponto de inviabilizar a avaliação adequada e a ossificação do bebê ainda não interfere tanto na obtenção de imagens adequadas. Apesar disso, as diretrizes americanas vem indicando o exame de maneira cada vez mais precoce, falando-se na indicação de rotina a partir da 18ª semana ou mesmo entre 12 e 16 semanas, para situações de alto risco ou quando há suspeita de anomalias cardíacas. O momento mais apropriado será decidido pelo médico obstetra ou o cardiologista fetal, levando em consideração a situação clínica específica da gestante e do feto. Estamos aqui para garantir que cada passo dessa jornada seja guiado com cuidado e precisão. 💙🤰 #Ecokid #Eco #Ecocardiograma #ecofetal #Cardiopatia