Por vezes participei de dinâmicas e entrevistas de emprego, sendo mulher uma pergunta sempre aparecia e desencadeava uma série de outras invasivas e constrangedoras perguntas.
No meio da entrevista sempre surgia o clássico :
" você tem filhos?"
minha resposta na época era não, mas sempre achei desnecessária essa pergunta, uma vez que não avaliava nem competências tão pouco experiências de trabalhos anteriores.
Ao longo da minha carreira passei a também precisar fazer entrevistas e sempre me inquietava a cultura enraizada nas empresas de que o fato de perguntar sobre o planejamento familiar da mulher, dependendo da resposta, seria uma exclusão imediata da vaga.
Mas o pior viria depois, porque em alguns casos que presenciei ou soube por amigas que eram mães, tratava o " sim, sou mãe " como um " problema" e que precisava ser explorado antes de dar o "Go ou No Go", a seguir começavam perguntas como :
" Com quem seus filhos ficarão enquanto você trabalha?"
" Se eles ficarem doentes, você tem ajuda para não faltar?"
" Ate qual horário ele fica na escola?"
Observem a quantidade de perguntas íntimas, invasivas, preconceituosas, misogenas e que jamais medirão a expertise da candidata.
Poderíamos explanar sobre diversos problemas que englobam essa temática, mas deixarei somente 2.
Você homem já recebeu essas perguntas em processos seletivos?
Você Recrutador (a) já perguntou isso para homens ou restringiu esse " dever" somente ao público feminino?
Resumo da prosa: Recrutadores, Líderes , RHs foquem a entrevista nas competências dos candidatos, se a tenham as experiências, habilidades e conhecimentos.
Não julguem, himilhem, segreguem e principalmente não baseie sua seleção em pré conceitos, vá atrás de conhecimento, se atualize.
* Essa foto foi tirada justamente quando eu fazia um curso de atualização para fazer seleções mais assertivas nas quais os candidatos podem ser valorizados por competências e habilidades.
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1 mRecomendo muito