Publicação de Jorge Priori

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Finanças, empresas e macroeconomia.

Como a GPS avalia o seu resultado do 3T24? Como tudo na nossa história, nós vamos ter aspectos que foram muito bons, até surpreendentemente bons, e outros que são um pouco mais desafiadores. No 3T24, nós vimos uma contribuição bastante grande do M&A, em espacial da GRSA, que veio com um incremento de receita. Quando nós anunciamos o closing da GRSA, em mar/2024, ela tinha R$ 3,3 bilhões de receita bruta apurada até set/2023, mas quando fizemos a incorporação de fato em junho deste ano, ela veio com R$ 3,7 bilhões de receita. Esse efeito positivo do crescimento da GRSA , que gerou um incremento de 54% de receita no tri contra tri, foi muito bom, inclusive em termos comparativos ao que havíamos anunciado ao mercado com relação ao tamanho da receita da GRSA, cuja equipe continuou buscando oportunidades de crescimento através da aquisição de novos clientes e de novos contratos. Isso porque uma empresa que está à venda não necessariamente está animada para fazer isso. Outro aspecto positivo foi a Margem Ebtida, que vem em uma sequência em que teríamos uma expectativa de que ela fosse mais baixa, já que a GRSA trouxe um volume de receita muito grande com uma margem menor. Isso porque toda vez que fazemos uma aquisição, nós acabamos tendo um efeito negativo, pois a empresa adquirida, normalmente, possui com uma margem inferior à nossa. Dessa forma, nós conseguimos manter dentro da nossa base de clientes, no recorrente da GPS, uma margem muito boa, acima de 10%, que compensou a margem da GRSA, que veio em torno de 7%, 7,5%. Outra boa notícia é que o capital de giro melhorou no 3T24. Para isso, a GPS reduziu, ou estabilizou, a quantidade de dias do seu contas a receber. Esse é um aspecto que preocupa muito a GPS, pois na medida em que se começa a dar muito mais prazo para o cliente, a empresa acaba financiando ele, sendo que o custo de capital hoje está bem maior, já que a Selic está crescente. Nós tivemos uma geração de caixa operacional que representou 107% do Ebitda dos meses do ano, um patamar que, historicamente, é bom. Nós consideramos isso uma retomada, pois o contas a receber estava um pouco mais difícil no 2T24. A notícia que não foi tão positiva foi o crescimento orgânico de 7%. Nós sempre temos que fazer um tradeoff entre crescer organicamente e crescer com rentabilidade. Dito isso, nós estamos vivendo em um ambiente em que os clientes estão pressionando por custo, redução de preço e prorrogação de prazo. Olhando para 2025 com uma perspectiva de que precisam controlar melhor seus custos. Para isso, eles vão pressionar seus fornecedores, entre eles a GPS. https://lnkd.in/dsdtbW4n

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