Publicação de Pedro Oliveira

As SAFs e os clubes-empresa são novidades no Brasil, porém, na Europa já existem há décadas. Destaco as principais peculiaridades de 4 ligas europeias: Inglaterra: começando pela maior liga da atualidade, a maestria inglesa foi a transformação ocorrida na temporada 1991/1992. De lá para cá, foram 30 anos de árduo trabalho de profissionalização de uma liga independente e controlada exclusivamente pelos clubes, com a distribuição dos direitos de transmissão considerada a mais equilibrada do mundo. Serve como principal referência para Libra e LFU, caso um dia tenhamos uma liga independente no Brasil. Espanha: apelidada liga das estrelas, La Liga soube misturar sociedades anônimas (lá chamadas de SADs) com as associações civis (clubes tradicionais). Na virada da década de 90/2000, grande parte dos clubes estavam endividados e se tornaram SADs, exceto Real, Barça, Athetic (Bilbao) e Osasuña. Esse cenário te lembra um certo país tupiniquim? Itália: infelizmente, os clubes-empresa italianos são marcados pelas consequências negativas de gestões ditas “profissionais”. Após uma tentativa de revolução empresarial do futebol na década de 1990, a Série A italiana experimentou uma série de falências e rebaixamentos de clubes tradicionais, deixando torcidas órfãs e com um trabalho homérico de recomeçar a partir das divisões inferiores. Napoli, Fiorentina e Parma foram os cases mais emblemáticos. Alemanha: sendo a liga que mais luta contra a elitização dos clubes, a Bundesliga adota a regra do “50+1”, com os clubes impedidos de vender o controle para investidores. Lerverkusen e Wolfsburg como empresas fundadoras dos clubes e RB Leipzig por manobra jurídica são exceção à regra, atualmente arduamente defendida pela liga. Bayern é exemplo na venda de 25% de suas ações para arrecadar dinheiro para construção de seu estádio. Com 30 anos de atraso, o Brasil precisa encontrar soluções e evitar as armadilhas vividas SAFs e clubes-empresa europeus, de forma a potencializar o valuation de seus clubes e formar uma liga única, forte e arrecadadora. Na prática, é isso que estamos vendo? Em conjunto com Sports Market Makers. https://lnkd.in/d7-avxEB

A vantagem de estar próximo de pessoas tão apaixonadas por um assunto quanto você (mas que são muito mais inteligentes que você) é que o aprendizado vem muito mais rápido. Acostumem-se a ver cada vez mais o tema "Esportes + Finanças" aqui nesta timeline.

INVESTINDO EM UMA "SMALL CAP" DO FUTEBOL A história do Maringá Futebol Clube reflete muito bem a transformação que o futebol está passando nos últimos anos, com a evolução da legislação pós "Lei das SAFs" e a entrada da inteligência do mercado financeiro. O entendimento de um clube de futebol como modelo de negócios, O verdadeiro efeito prático da ascensão da série D para série C no valuation/modelo de negócios de um time, A profissionalização em um ambiente até outro dia extremamente arcaico, Tudo isso expõe uma palavra mágica que investidores de longo prazo (como nós, no Market Makers) buscam o tempo todo em empresas: ASSIMETRIA. Pequenas melhorias podem mudar o momento futebolístico de um clube - e de quebra, pode gerar muita riqueza para os investidores. ps: conforme o presidente do Maringá, João Vitor Mazzer, expõe no episódio, ele tem uma vontade do time ser o primeiro listado na bolsa, de forma que os torcedores possam ser acionistas do time. Eu, que nem torcedor do Maringá sou, certamente vou parar pra analisar essa empresa se de fato ele for listado. Parabéns Sports Market Makers e OutField por mais um episódio fora de série! Orgulho demais de ter tirado esse projeto do papel com vocês. https://lnkd.in/dvAzWNXf

A SELEÇÃO BRASILEIRA PERDEU SUA RELEVÂNCIA COM O TORCEDOR BRASILEIRO? No episódio 14 do Sports Market Makers, recebemos Pedro Oliveira, um dos fundadores da OutField, uma gestora especializada em investimentos em esportes, para falar dos assuntos mais quentes do futebol brasileiro. Durante o papo, tivemos uma discussão bem interessante sobre o atual momento da Seleção Brasileira. Pedro trouxe sua visão de especialista, com alguns números bem interessantes: no ano passado, a receita da CBF foi de R$1.2 bilhão, com um lucro de R$240 milhões. Mas a CBF é uma associação sem fins lucrativos, então o que foi feito com todo esse lucro? Será que a CBF está reinvestindo no crescimento do futebol brasileiro como ela deveria? Será que a CBF está gerindo a Seleção Brasileira tão bem quanto ela deveria? E o apresentador Marcelo trouxe uma pergunta polêmica para nossa audiência: QUAL O SEU NÍVEL DE APEGO COM A SELEÇÃO BRASILEIRA? Responda aqui nos comentários. Confira: https://lnkd.in/e4zDQPc9

O QUE É LIGA E COMO ELA VAI TRANSFORMAR O FUTEBOL BRASILEIRO! André Sica deu uma verdadeira aula em sua participação no episódio 04 do Sports Market Makers! De maneira clara e direta, Sica explicou a definição de liga, seus benefícios, a diferença entre liga e confederação, e quais modelos o Brasil pode se espelhar para criar a liga de futebol! Tudo isso você confere no link: https://lnkd.in/eYeZCFb7

No episódio 02 do Sports Market Makers, convidamos Cesar Grafietti para fazer a análise do balanço financeiro dos times do futebol brasileiro! E o único clube com a CLASSIFICAÇÃO MÁXIMA (AAA) foi o FLAMENGO! Vamos explicar como o Flamengo chegou nesse patamar! Em 2013, na gestão Eduardo Bandeira de Mello, o clube passou por uma REESTRUTURAÇÃO! A ideia era colocar a casa em ordem, mesmo se o time perdesse potencial competitivo. COMO? - reestruturação de passivos; - cortes de custos; - melhor trabalho da marca; - crescimento das receitas. Quando chegou 2019, o Flamengo ainda não ganhava títulos, e esse era o problema! Mas o time tinha dinheiro, receita, um balanço limpo, sendo capaz de fazer os investimentos necessários para voltar a ter um time competitivo, sem se enforcar com dívidas. O resultado? 12 títulos nos últimos 5 anos! 2x Libertadores (2019 e 2022); 2x Brasileirão (2019 e 2020); 1x Copa do Brasil (2022); 2x Supercopa do Brasil (2020 e 2021); 1x Recopa Sul-Americana (2020); 4x Carioca (2019, 2020, 2021 e 2024). Sem esquecer que o Flamengo é o time mais rico do Brasil, sendo o único do Relatório Convocados com o rating AAA (nota máxima). Os números do balanço financeiro do Flamengo você confere no link abaixo: https://lnkd.in/euHv4x82

UM CLUBE DE FUTEBOL PODE FALIR? Durante o episódio 02 do Sports Market Makers, perguntamos para o Cesar Grafietti se um clube pode ir à falência. Cesar respondeu que as associações tem dificuldades em quebrar; se fossem empresas, muitos clubes já teriam falido nos últimos anos. Mas como no Brasil a maioria dos clubes são associações sem fins lucrativos, eles apresentam mais dificuldade de falir. Entretanto, o que acontece é que o clube vai ASFIXIANDO, perdendo capacidade esportiva. A resposta completa você encontra no link: https://lnkd.in/eSpEwnyj Não se esqueça de se inscrever em nosso canal do YouTube, para ficar por dentro de tudo que envolve o universo de Esportes & Finanças, além de ajudar o Sports Market Makers a crescer! Thiago Salomão Bruno Chatack Marins Pedro Oliveira Lucas de Paula Rafael Niro OutField Lucca Walker Bradfield Empiricus

⚽ 💰 Os times brasileiros são viciados em gastar mais do que arrecadam e podemos provar isso. Em análise dos últimos 5 anos, veja em quantos anos seu clube gastou mais do que arrecadou, sem contar com a venda de atletas: 🆘 (5) – Bahia, Cortiba, Cruzeiro, Fluminense e Internacional ⛔ (4) – Atlético-MG, Botafogo, São Paulo e Vasco ⛔ (3) – Grêmio, Goiás e Santos 🆗 (2) – América-MG, Corinthians e Fortaleza ✅ (1) – Athletico, Cuiabá e Flamengo 🏆 (o) – Palmeiras e RB Bragantino 👏 O ranking deixa claro que o modus operandi dos clubes brasileiros é o descontrole financeiro, aumento seus gastos em velocidade habitualmente maior do que o incremento de receitas. A solução é velha e conhecida: vender atletas para fechar a conta no azul ou amenizar o rombo. Ainda assim, os dados dos últimos 5 anos revelam um aumento significativo nas receitas dos clubes, o que mostra um esforço dos clubes em aumentar receitas além dos direitos de transmissão, como bilheteria, sócio-torcedor, licenciamento de produtos e patrocínios. Entretanto, aumentar os gastos na mesma porporção gera pouco resultado efetivo. O Relatório Convocados 2024 analisou a saúde financeira do futebol brasileiro dos clubes da Série A. Em entrevista ao Sports Market Makers, Cesar Grafietti, um dos responsáveis pelo estudo, analisou os principais clubes do país e inspira reflexões. Link do episódio: https://lnkd.in/dMhYBT4B

É inacreditável que os 4 maiores clubes do Brasil (São Paulo, Flamengo, Corinthians e Palmeiras) sejam contra a paralização do campeonato Brasileiro. Claro que temos um calendário que consome os jogadores e encurta suas carreiras e, que apertar o calendário vá tornar isso mais desgastante! Também haverá pressão financeira pela falta de jogos. Mas é preciso de um pouco de humanidade e compreensão do que uma parte do país está vivendo. O FairPlay é muito mais que devolver a bola ao adversário, mas sim compreender que o esporte é para ser justo e a união de todos! #juntospodemosmais https://lnkd.in/dDVy4Ebq

O IMPACTO DA CHEGADA DE MEMPHIS DEPAY NO FUTEBOL BRASILEIRO No episódio 14 do Sports Market Makers, recebemos Pedro Oliveira, um dos fundadores da OutField, uma gestora especializada em investimentos em esportes, para falar dos assuntos mais quentes do futebol brasileiro. Durante o papo, falamos muito da janela de transferências do futebol brasileiro, que fechou no dia 02 de setembro. Nessa janela foram feitas mais de 100 contratações (somando séries A e B), com um gasto de 1 bilhão de reais. Somando esse valor com R$1.1 bilhão gastos na janela do começo do ano, ao todo o futebol brasileiro gastou R$2.1 bilhões de reais em contratações somente esse ano, valor que é 3x maior que 2022 e 2x maior que 2023. Também falamos de outros recordes financeiros alcançados nessa janela, como por exemplo as duas contratações mais caras da história do futebol brasileiro: Almada (Botafogo = R$134 milhões) e Alcaraz (Flamengo = R$110 milhões). Além da segunda contratação mais cara da história do Palmeiras (Maurício = 10.5 milhões de euros), e da compra mais cara da história do nordeste (Luciano Rodríguez, do Bahia, por R$65 milhões de reais), e claro, da bombástica contratação de Memphis Depay pelo Corinthians. Confira: https://lnkd.in/ehp_9knJ