Nesta quarta-feira, 29 de janeiro, lembramos os 45 anos da morte de Ângelo Kretã, uma das maiores lideranças indígenas do Brasil. Nascido e formado na Terra Indígena de Mangueirinha, no Sudoeste do Paraná, Kretã dedicou sua vida à luta por direitos e pela demarcação de terras para seu povo. Sua liderança incontestável o levou a ser, em 1976, o primeiro vereador indígena do país, eleito em plena ditadura militar, e seu trabalho abriu caminhos para a maior participação política dos povos originários no Brasil. Sua morte prematura, em 1980, em um acidente de automóvel, ainda é envolta em mistério e contestação, sendo considerada por boa parte das lideranças indígenas uma emboscada. No entanto, sua memória e legado continuam vivos, e o 29 de janeiro é lembrado como o Dia de Luta e Resistência dos Povos Indígenas da Região Sul. Kretã não foi apenas um político, mas um defensor incansável da dignidade e dos direitos dos povos indígenas, especialmente pela demarcação das terras que pertencem aos seus ancestrais. Sua trajetória simboliza a resistência de um povo que luta por justiça, visibilidade e respeito. A sua trajetória nos lembra da importância da continuidade da luta por terras e direitos para os povos indígenas, que, como Kretã, enfrentam um sistema que historicamente os marginaliza. Que a sua luta continue a inspirar a resistência e a busca por um Brasil mais justo e igualitário para os povos indígenas. Não podemos esquecer o exemplo de coragem e determinação deixado por Ângelo Kretã, que, até hoje, é referência na luta pela terra e pelos direitos dos povos originários. No vídeo, Ângelo Kretã no filme Terra dos Índios, de 1978. #cadagotaconta #AngeloKretan #LutaIndígena #DiaDeResistência #PovosIndígenas #LutaPelaTerra #MemóriaeResistência #Kaingang #IndígenasNoBrasil #JustiçaEIgualdade
Publicação de Uma Gota no Oceano
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Recomendável a leitura, a favor da diversidade cultural e da pluralidade das Infâncias.
O dia 19 de abril é conhecido como o Dia dos Povos Indígenas. Apesar de haver Embora haja muito pouco o que se comemorar em relação à temática, se considerarmos a destruição crescente dos territórios habitados pelos povos indígenas, a data pode ser uma boa oportunidade para conhecer um pouco mais da cultura e dos valores dos primeiros habitantes do nosso país, e nos aproximarmos delas. Que inspirações e ensinamentos podemos obter tirar de seu modo de viver, de encarar o mundo e de se relacionar com a natureza? E, principalmente, como aproximar as crianças dessas culturas tão ricas para o entendimento da História e da cultura do Brasil? A pedido do Portal Lunetas, os ativistas indígenas Ailton Krenak e Daniel Munduruku compartilharam alguns conhecimentos e experiências em torno das infâncias, que ensinam e inspiram.
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✊🏽✊🏾✊🏿Esta data é uma oportunidade para homenagear as diversas culturas e tradições indígenas que fazem parte da história e da identidade do país. Hoje, são mais de 305 povos indígenas espalhados pelo Brasil e, ao longo dos séculos, essas comunidades têm enfrentado muitos desafios, incluindo a perda de terras, discriminação e ameaças à sobrevivência e ao modo de vida. Reforçamos nosso compromisso com a proteção dos direitos indígenas e a preservação de suas culturas e tradições. Isso inclui garantir acesso à terra, saúde, educação e outras condições básicas para que possam prosperar. Que esta data seja um chamado à ação para apoiar e proteger os direitos e o bem-estar dos povos indígenas. #ParaCegoVer - Esta publicação possui recurso de texto alternativo #DiaDosPovosIndígenas #PovosIndígenas #BrasilTerraIndígena #AbrilIndigena
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Hoje, 19 de abril, celebramos o “Dia dos Povos Indígenas”. Os povos indígenas são parte essencial da cultura do Brasil, deixando sua marca na culinária, na literatura, na arte, no esporte, na política e na preservação da natureza. Descendentes dos povos originários, estavam presentes muito antes da chegada dos colonizadores no século XV. Nesta data, o LivMundi destaca as palavras de Davi Kopenawa, xamã yanomami e autor do livro “A Queda do Céu”, co-escrito por Bruce Albert. Ele ressalta: “Hoje, os brancos acham que deveríamos imitá-los em tudo. Mas não é o que queremos. Eu aprendi a conhecer seus costumes desde a minha infância e falo um pouco a sua língua. Mas não quero de modo algum ser um deles.” Kopenawa é um dos grandes líderes na luta pela preservação das terras dos yanomami. Vivendo na maior reserva indígena do Brasil, na Amazônia, enfrentam uma ameaça constante do garimpo ilegal, muitas vezes protegido por políticos. As recentes informações (2023) reveladas por Dário Kopenawa, filho mais velho de Davi Kopenawa, destacam o genocídio de 570 yanomamis, a destruição ambiental e o descuido com as crianças yanomamis, desnutridas e vulneráveis a malária, devido a gestão do governo anterior, mostrando a urgência de agir. Por muito tempo e ainda, a sociedade branca vem prejudicando os povos originários. Mas não é tarde para ser transgressor, você pode fazer a diferença. Acesse acaodacidadania.org.br e doe. Se você for médico ou enfermeiro, você pode ser voluntário se inscrevendo através do Força Nacional do SUS, no site oficial do governo. Mantenha-se sempre informado, principalmente através de órgãos oficiais, como a FUNAI. “A meu ver, só poderemos nos tornar brancos no dia em que eles mesmos se transformarem em Yanomami. Sei também que se formos viver em suas cidades, seremos infelizes. Então, eles acabarão com a floresta e nunca mais deixarão nenhum lugar onde possamos viver longe deles. Não poderemos mais caçar, nem plantar nada. Nossos filhos vão passar fome. Quando penso em tudo isso, fico tomado de tristeza e de raiva.” - Davi Kopenawa 📸 Christian Braga #LivMundi #InstitutoLivMundi #PovosIndígenas #Cultura
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DIREITOS E AUTONOMIA DO POVO INDÍGENA As Terras Indígenas Raposa Serra do Sol e São Marcos tornaram-se palco de uma mobilização que reivindica os mais fundamentais direitos de justiça e dignidade, confrontando a tese do “marco temporal”. Tal critério jurídico restringe a posse indígena às terras que estivessem ocupadas ou em disputa em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição, ignorando o longo histórico de dispersão e despojo violento sofrido por essas comunidades. Aos olhos dos povos originários, essa restrição perpetua injustiças e a negação de direitos ancestrais. Em um ato de protesto que bloqueou a BR-174 em Roraima, líderes indígenas expressaram, em rituais e cantos, a profundidade de sua relação espiritual e cultural com a terra. Este ato coletivo é um clamor por justiça que transcende o aspecto jurídico, evocando o reconhecimento de sua dignidade e autonomia, e lembrando ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional seu dever de assegurar os direitos originários. Essa mobilização representa um apelo ao país, reafirmando o dever histórico e moral de proteger a identidade indígena e a sacralidade de suas terras. É uma convocação ao Brasil para que, ao honrar a diversidade e a integridade dos povos indígenas, promova uma sociedade mais justa e respeitosa de sua própria essência plural. https://lnkd.in/dDMQ3BQE
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LIBERDADE ✊🏿 | Você sabia que existe uma história negra e indígena no bairro da Liberdade antes da imigração japonesa em São Paulo? Na reportagem realizada para a disciplina de Jornalismo Digital, falo sobre a construção do Memorial dos Aflitos - um espaço reservado para a preservação da memória dos ancestrais que foi apagada com o passar dos anos. 📱 Leia na íntegra:
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Sabedoria Ancestral e a Interculturalidade na Amazônia Colombiana Assisti ao documentário Crianças Perdidas, disponível na Netflix. O filme narra a história de quatro irmãos da etnia indígena Uitoto que sobreviveram 40 dias na Amazônia colombiana. É tocante perceber como a sabedoria dos povos originários foi essencial para localizar as crianças e como o nosso saber eurocentrado muitas vezes falha em compreender que a selva, a natureza, pode ser protetora e salvar vidas. A difícil relação entre os povos originários e o exército é um dos temas abordados ao longo das quase duas horas de filme. As forças militares, que deveriam proteger esses povos, têm um histórico de ausência, o que abre espaço para que o narcotráfico, a guerrilha e o garimpo ilegal ameacem e destruam suas vidas e culturas. Os quatro irmãos Uitoto, cada um com sua maturidade, enxergaram a floresta como um organismo vivo e complexo. Para eles, o conhecimento transmitido por seus ancestrais é uma fonte de sobrevivência — e não um milagre. No entanto, parte da imprensa tratou o resgate com uma narrativa de “milagre”. Para Alex Rufino, líder Ticuna, “Os territórios indígenas sempre foram vistos com uma narrativa herdada da conquista e da religião católica. Porém, não falamos de milagres, mas da ligação espiritual com a natureza e dos saberes ancestrais que a Terra-Mãe nos proporciona.” No processo de busca, militares e indígenas voluntários trocaram saberes. O mambe — folhas de coca misturadas com cinzas de folhas de Cecropia — foi consumido no café da manhã. Já o yagé (ayahuasca) foi preparado pelos indígenas e trazido pelos militares, ilustrando um exemplo vivo de interculturalidade, ou seja, uma relação entre culturas baseada em condições de igualdade, simetria, legitimidade mútua e respeito.
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No Dia dos Povos Indígenas, é crucial refletir sobre as preciosas palavras de Ailton Krenak, cuja sabedoria ecoa na essência da nossa relação com a terra e uns com os outros. Neste dia de celebração e conscientização, somos convidados a reconhecer não apenas a riqueza das culturas indígenas, mas também a profunda conexão que todos compartilhamos com a memória ancestral. Ao honrar e valorizar as raízes culturais dos povos indígenas, abrimos caminho para uma compreensão mais profunda de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. Suas tradições, conhecimentos e respeito pela natureza são tesouros que enriquecem nossa humanidade coletiva. No entanto, é igualmente importante reconhecer os desafios enfrentados pelos povos indígenas em todo o mundo, desde a luta pela preservação de suas terras até a defesa de seus direitos básicos. Este dia serve como um lembrete para estarmos ao lado deles em sua busca por justiça e dignidade. À medida que avançamos, devemos lembrar que a construção de um futuro mais justo e harmonioso requer a inclusão ativa das vozes e perspectivas dos povos indígenas. Aprendamos com sua sabedoria milenar e trabalhemos juntos na construção de um mundo onde todas as culturas sejam valorizadas e respeitadas, e onde a harmonia com a natureza seja uma prioridade compartilhada por todos.
Somos uma ONG sem fins lucrativos que busca combater a violência contra a mulher garantindo moradia, segurança e bem-estar mais de 30 anos
Refletindo sobre as palavras sábias de Ailton Krenak nesta data tão significativa: o Dia dos Povos Indígenas. 🌿💭 Reconhecer e valorizar as raízes culturais e os vínculos profundos com a memória ancestral é essencial para a nossa identidade e conexão com o mundo ao nosso redor. Vamos honrar e aprender com a sabedoria dos povos indígenas, construindo juntos um futuro mais justo e harmonioso. Foto:divulgação #DiaDosPovosIndígenas #IdentidadeCultural #RespeitoEConexão
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Celebramos hoje uma data de extrema importância: o Dia dos Povos Indígenas. É uma ocasião para refletirmos sobre a riqueza cultural e as tradições que moldaram a história e a identidade do nosso país. Com mais de 305 povos indígenas espalhados pelo Brasil, é crucial para nós, Gestores Públicos, reconhecermos os desafios enfrentados por essas comunidades ao longo dos séculos. Desde a perda de terras até a discriminação e ameaças à sua sobrevivência e modo de vida, os povos indígenas têm demonstrado resiliência diante de adversidades. De forma pessoal, tenho dedicado meus estudos para compreender e apoiar essa causa. Reconheço que políticas públicas eficientes desempenham um papel crucial na proteção dos direitos indígenas e na promoção de sua inclusão social e econômica. Ao realizar cursos como Educação Patrimonial e Diversidade, e também Direitos dos Povos Originários e das Populações Tradicionais, busco adquirir conhecimentos e habilidades para contribuir de forma mais eficaz na formulação e implementação de políticas públicas inclusivas e sensíveis às necessidades dos povos indígenas.
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🏹 Na última semana, entre os dias 22 e 26 de abril, aconteceu em Brasília a maior mobilização indígena do Brasil: o Acampamento Terra Livre (ATL). Aproveitei os 20 anos do movimento e o lema “nosso marco é ancestral, sempre estivemos aqui” para analisar a construção de uma comunicação feita por indígenas e destinada para indígenas no país. Usadas como ferramenta de luta e empoderamento, plataformas como a Mídia Indígena e o Portal de Saberes Laklãnõ/Xokleng são uma resposta à invisibilização e ao uso de uma linguagem estereotipada pela imprensa tradicional, que corriqueiramente ignora questões fundamentais e complexas sobre a realidade nas aldeias. Não é possível mudar a violenta história ocorrida desde 1500, mas será que há alternativas para desconstruir o imaginário perpetuado pela mídia hegemônica, seja na televisão, rádio ou veículos impressos? Como reescrever a narrativa sobre os povos indígenas no Brasil? Leia no Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) 👇
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