CULTURA DE DADOS E INTELIGÊNCIA EM ANALYTICS

Nessa semana comecei a participar de um assesment para entendimento do nível de maturidade em dados e foi abordado muitos assuntos interessantes em relação ao mundo de dados e analytics, vou compartilhar com vocês um pouco do conteúdo abordado e minha visão em relação a importância dos dados para as organizações nos dias de hoje.

Segundo uma pesquisa apontada pela MCKINSEY ANALYTICS, atualmente o investimento em dados pelas organizações está bem alto, mas apenas 8% das empresas sabem/conseguem extrair valor dos dados.

Na era dos dados, os líderes têm uma nova missão

O grande desafio e que vai além da implementação das tecnologias para que uma empresa seja impulsionada por dados é criar uma mudança de mindset (mentalidades, atitudes e hábitos), no qual precisa ser incorporada à identidade da empresa e as pessoas precisam ter o habito para usar os dados e criar um ambiente incentivador a outras pessoas.

Com isso, entendo que a cultura é um fator essencial para o sucesso nesse mundo de dados e nessa cultura as pessoas são muito importantes e são responsáveis por fazer perguntas difíceis e questionar ideias, se unindo para serem impulsionados pelos dados para evolução da organização e como indivíduos. A liderança precisa inspirar as pessoas com ações orientadas a dados e não mais na intuição.

Segundo um artigo da Tableau existem cinco elementos comuns de toda cultura de dados, são eles: confiança, compromisso, talento, compartilhamento e mentalidade.

Confiança

Os líderes criam uma base de confiança nas pessoas e nos dados.

A equipe confiando na qualidade dos dados (dados com a qualidade real dos processos transformados em informação e conhecimento) faz com que os líderes possuam confiança sobre eles e isso tornará a raiz de uma cultura de dados sólida.

Pessoas chave nas equipes que tenham total conhecimento na empresa e nos processos ajudarão na garantia da qualidade dos dados, ou seja, garantirão que os dados reflitam tudo o que realmente está acontecendo nos processos, haverá transparência no modelo de governança dos dados devido a confiança nos mesmos e consequentemente isso também ajudará na quebra de silos, compartilhamento dos dados e informação única para todas as equipes da empresa, aumentando o relacionamento colaborativo e aumento de soluções que causam impactos para a organização.

Compromisso

As pessoas tratam os dados como um ativo estratégico

De forma simples e entendível é fazer com que a análise dos dados reflitam em ações e não apenas em palavras, é extrair o verdadeiro valor dos dados e não apenas fazer o armazenamento e coleta dos dados.

Gosto de mostrar a frase abaixo citada pelo matemático britânico Clive Humby e relacionar com a fase da Tiffani Bova, pois demonstram bastante esse elemento.

Os dados são o novo petróleo. É valioso, mas se não for refinado não pode realmente ser usado. - Clive Humby

Dados são o novo petróleo, Analytics é a refinaria e a inteligência é a gasolina que impulsiona o crescimento. - Tiffani Bova

Esse é o compromisso existente nas equipes que utilizam inteligência em Analytics e tratam os dados como ativos estratégicos.

Indo além, a criação desse compromisso faz com que toda a estrutura e até mesmo os processos diários tenham essa tratativa em relação aos dados, ou seja, reflitam o valor dos dados.

Por isso é importante toda a estrutura (desde o nível executivo a operação) tendo essa abordagem orientada a dados, então de fato se concretizando como cultura de dados. Portanto, o apoio da liderança é fundamental para a transformação dos dados.

Talento

As organizações priorizam conhecimentos de dados ao recrutar, desenvolver e reter talentos.

Esse elemento diz que em uma cultura de dados as pessoas precisam saber trabalhar com dados, precisam entender os dados e a manipular os dados para transformá-los em informação e conhecimento.

Isso envolve também o processo de recrutamento, seleção e treinamentos. Isso fica claro na organização o que deve se esperar desse tipo de perfil em uma empresa com a cultura de dados.

Compartilhamento

As pessoas se apoiam entre si e desenvolvem um senso de comunidade.

Para mim a frase do artigo de assesment que mais destacou nesse elemento foi: "Em uma cultura de dados as pessoas tem um propósito comum: usar os dados para melhorar a organização. Juntas, elas amplificam a diferença que podem fazer com os dados".

A criação desse modelo de compartilhamento agrega no desenvolvimento das pessoas e na entrega de valor, os insights gerados possuem maior valor e há a descoberta de novos padrões que talvez uma única área ou pessoa olhando seria difícil de ser captado.

O compartilhamento ajudará as pessoas a fazerem a aplicar as melhores práticas e também ajudará na confiabilidade dos dados.

Mentalidade

Os dados se tornam um propulsor de melhorias em toda a organização.

Entendo que uma vez criada essa mentalidade as pessoas passam a olhar os processos e atividades com um olhar de melhoria contínua, passam a querer buscar mais os dados para encontrar problemas e conquistar resultados melhores.

Conclusão

Fica bem claro a importância dos dados para a organização, precisamos criar essa cultura nas organizações e nas pessoas. A geração de dados só aumenta a cada dia que passa e já ficou claro o quão importante eles são e o valor que dá para extrair deles.

Precisamos ser influenciadores da cultura data driven e driven decision, precisamos nos movimentar e mostrar o poder disso para outras pessoas para que isso vá aumentando nas organização.

Inteligência em Analytics entra justamente para cooperar com tudo isso que falei acima, é um time que não cria apenas KPIs/Dashboard/Painéis, mas sim um time que está focado em buscar a excelência digital, a excelência em dados e a melhoria contínua. Este é um time focado em olhar os objetivos da empresa, atrelar aos objetivos das áreas de negócio e construir processos robustos, eficientes e eficazes com a utilização dos dados e tecnologia, entregando valor a empresa de acordo com sua estratégia.