Dia do Empreendedorismo Feminino: intencionalidade nas ações e agenda positiva fazem a diferença na construção de um mercado igualitário

Dia do Empreendedorismo Feminino: intencionalidade nas ações e agenda positiva fazem a diferença na construção de um mercado igualitário

Dia do Empreendedorismo Feminino: intencionalidade nas ações e agenda positiva fazem a diferença na construção de um mercado igualitário

 Por Alessandra Karine, Vice-Presidente de Vendas para o Setor Público, Saúde e Educação e Líder de Diversidade & Inclusão da Microsoft Brasil 

O Dia do Empreendedorismo Feminino, comemorado internacionalmente em 19 de novembro, é uma oportunidade para refletirmos sobre as mudanças que estamos vivendo na nossa sociedade. Apesar do tema relacionado a igualdade de gênero estar ganhando espaço em todos os setores da economia, ainda temos um longo caminho a percorrer em relação às mulheres empreendedoras. Para a Microsoft, que é signatária do documento “Princípios de Empoderamento das Mulheres”, iniciativa da ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas que apoia e promove a igualdade entre gêneros, o assunto é essencial e precisa ser abordado diariamente.

As empresas fundadas ou cofundadas por mulheres têm extrema importância para o mercado empreendedor e para a economia do país, mas ainda não recebem a mesma atenção do mercado. De acordo com dados divulgados pelo Boston Consulting Group (BCG) em 2018, empresas fundadas por mulheres (ou cofundadas) recebem, em média, 935 mil dólares de investimento, um valor que representa menos da metade do que as fundadas por homens, que recebem cerca de 2,1 milhões de dólares. E, mesmo recebendo menos investimentos, as startups com mulheres no comando tiveram um desempenho melhor ao longo do tempo e geraram 10% a mais em receita acumulada nos cinco anos: 730 mil dólares, em comparação com 662 mil dólares, segundo o levantamento. Já em termos de eficiência da transformação de investimento para lucro, as empresas fundadas por mulheres também se destacam. Para cada dólar de financiamento, elas geram 78 centavos, enquanto as outras geram 31 centavos.

Esses dados nos fazem refletir sobre o que precisamos fazer para darmos ainda mais destaque e oportunidade para as empreendedoras brasileiras. E a resposta é intencionalidade. Ao atuar diariamente com ações do pilar de Diversidade & Inclusão, percebi a necessidade de trazer uma agenda positiva para a empresa com relação a esse tema e, assim, fomentar um ecossistema igualitário para todas e todos. Precisamos tirar as ideias do papel e investirmos, diariamente, em ações e pautas que enderecem essa questão.

O Women Entrepreneurship (WE) é um exemplo disso. Este programa foi lançado pela Microsoft em novembro de 2019 e tem como proposta estimular o empreendedorismo feminino no país. O projeto, que também oferece mentorias e consultorias para o desenvolvimento das startups, foi idealizado pela Microsoft Participações que, em parceria com Sebrae Nacional e M8 Partners e em associação com a Bertha Capital, estruturou o fundo WE Ventures, que tem como foco o investimento em startups lideradas por mulheres. Até o momento, três startups foram investidas pelo WE Ventures: Pack ID, que possui uma tecnologia para monitoramento de temperatura e umidade em tempo real para qualquer ambiente; WE Impact, um ecossistema digital desenvolvido para acelerar o sucesso de mulheres fundadoras de startups em todo o país; e Mobees, plataforma de mídia exterior digital sobre carros de aplicativos. O WE Ventures já recebeu apoio de mais duas empresas investidoras – Flex e Grupo Sabin – e pretende captar R$ 100 milhões em cinco anos, já tendo levantado R$ 47 milhões.

Penso que, além de fomentar o empreendedorismo feminino a partir de iniciativas que apoiem as próprias empreendedoras, é importante também investir na educação de meninas e mulheres, especialmente no setor de tecnologia, para conseguirmos ampliar o acesso desses talentos no mercado de trabalho. Nos últimos meses, a Microsoft investiu em projetos com esse foco. Abrimos inscrições para a terceira turma do projeto Black Women in Tech, programa de capacitação com foco na formação de mulheres negras para o mercado de tecnologia; e para a terceira turma do #ElasnaIA, que irá capacitar mulheres em fundamentos de Inteligência Artificial e nuvem. Além disso, também lançamos o projeto MaisMulheres.Tech, que, em parceria com a comunidade de tecnologia WoMakersCode, tem como objetivo capacitar 100 mil mulheres em todo Brasil até o final desse ano.

Também desenvolvemos algumas iniciativas focadas em empreendedorismo de uma forma geral, como é o caso do Microsoft for Startups, iniciativa que tem o objetivo de acelerar o crescimento das startups em todo o mundo; o Microsoft Reactor em São Paulo, centro de aprendizado e compartilhamento técnico para profissionais de tecnologia; e a parceria com International Finance Corporation (IFC), que fomentou, ao longo do último ano 12 workshops gratuitos, que tinham como objetivo transmitir conteúdo relevantes para o aperfeiçoamento do modelo de gestão de negócios e a ampliação das oportunidades de captação futura das startups.

Os exemplos acima ilustram o poder da intencionalidade para estimular as mudanças no mercado empreendedor e na sociedade como um todo, dando oportunidade de investimento para as empreendedoras e auxiliando na formação e crescimento profissional das mulheres no mercado de tecnologia. Ainda há muito a se fazer, mas esses já alguns passos que estamos dando juntos rumo a uma sociedade mais diversa e igualitária.  

Monikaben Lala

Chief Marketing Officer | Product MVP Expert | Cyber Security Enthusiast | @ GITEX DUBAI in October

1 a

Alessandra, thanks for sharing!

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