Equipe: é frescobol ou tênis? Uma reflexão necessária.
“Aviso importante” aos praticantes de tênis (me incluo como um ex-jogador): peço licença para fazer paralelos do esporte com a vida de uma forma diferente, reconhecendo desde já os benefícios que essa prática pode nos dar (assim como outros esportes) em termos de disciplina e perseverança, por exemplo.
Vamos lá…
Os recursos principais são os mesmos: raquetes e bolinhas. Geralmente são praticados por dois jogadores, um de cada lado. Os terrenos podem ser “arenosos” (tomando como exemplo o saibro e a areia da praia). A base é a mesma, existem semelhanças, mas a essência é…Bem DiFeReNtE.
- Objetivo do jogador de tênis: ganhar do oponente.
- Objetivo do jogador de frescobol: colaborar com o outro para que a vitória seja compartilhada.
Antes de confabular sobre possíveis analogias na comparação acima, é importante refletir sobre a origem da palavra Jogar.
Jogar vem do Latim jocus (passatempo). Palavra base para outra, jocularis (cujo significado é engraçado, cômico e que deu origem a jocoso).
Misturando esses conceitos, jogar pode ser considerado um passatempo cômico, gostoso de fazer. E então pergunto: o que torna um jogo, um esporte, uma brincadeira, um trabalho em equipe em algo agradável?
A possibilidade de vencer alguém? A possibilidade de usufruir o momento?
Arrisco-me a concluir que a graça está em usufruir o momento. Vencer vem depois do usufruir. E de preferência deve ser um vencer coletivo (assim é no Frescobol). Portanto, se o que torna o jogo gracioso é “usufruir o momento” por que muitas vezes insistimos em ter um ganhador e um perdedor?
É da natureza do homem? Instinto? Ego? Faz parte? O que é?
Sempre que colocamos como meta “ganhar de alguém” despendemos MUITA energia. O que poderia ser divertido, passa a ser estressante. Principalmente quando esse “adversário” está na mesma equipe.
Legenda: A melhor parte do esforço é ver que a bolinha chegou certa para o outro…
Para seguir, vejam só: divertir vem de divertere (virar em diferentes direções). Opa!
Na ânsia de nos sobressairmos sobre o outro, muitas vezes não tomamos o cuidado de visitar o ponto de vista de quem está ao nosso lado. Essa “não visita” tem grandes chances de criar conflitos de relações, seja no pequeno ou no grande grupo.
Aqui o conselho que fica é: DIVIRTA-SE, visite outros pontos de vista, aprenda, ensine, compartilhe e verá que as sinergias existem e podem ser benéficas a todos!
No fim, a verdadeira competição é uma só:
Não devemos nos orgulhar de ser melhores do que os outros, e sim melhores do que já fomos.
(James C. Hunter).
Tomo a liberdade de complementar a frase: …contribuindo com o processo de evolução dos que estão a nossa volta.
E, ao retornar para o início do texto, numa analogia simples e direta, deixo a reflexão:
Ao dar uma aula…Ao assistir uma aula…No trabalho em equipe…Nas relações com os amigos…Nas relações familiares…em todos os âmbitos de sua vida, o que você tem jogado?
Frescobol ou tênis?
Na essência do jogo da vida, a graça está em aproveitar o momento e não deixar perdedores no caminho. Com sua equipe, agora você já sabe qual jogo deve jogar.
Para conhecer outros temas em Desenvolvimento de Equipes que a Maní trabalha, visite nosso site.
Abraços,
Gustavo Bonafé – ansioso por uma próxima partida de Frescobol.