Figuras

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Primeiramente, #voltatemer! Paradoxo inevitável...

Sobre as manifestações do dia 07/09/2021, ocorreram, sim, voluptuosas, sim, mas... e daí? Entre observar multidões nas ruas e contestar pesquisas de opinião, elaboradas com técnica, existe um abismo enorme, seria algo mais ou menos como ao observar a multidão que recebeu o Flamengo campeão da Libertadores em 2019, afirmar que as torcidas, ainda que menores, do Fluminense, Vasco e Botafogo (ficando por aí, para não citar a do América, entre as outras) deixaram de existir... Mas, por que essa comparação? Ironia, simples, as matérias e fotos divulgadas, desse fato, relatam “milhares”, não “milhões” de pessoas, comparem as fotos e concluam o óbvio.

A imprensa apelou ao usar o termo “antidemocrático” como sinônimo de inconstitucional, sim, apelou, mas será que a Constituição, que deveria ser, é de conhecimento público? Será que o termo correto seria compreendido? Apelou, mas errou? Não considero erro ou crime, se não, didática, no máximo, uma hipérbole necessária para a devida compreensão...

O mais importante: eventuais erros de um poder não justificam que esses possam se digladiarem numa arena qualquer. Não se trata de R$ 0,20, lembra? Não é o STF, mas a justiça, ou o poder judiciário brasileiro que é ruim, assim como os nossos legislativos e executivos, como muito bem apontava o Caetano, em "Podres poderes", é, aquele que já foi mocinho e tornou-se vilão simplesmente ao mostrar sinais de senilidade... Como assim? Minhas críticas e postura mais efusiva dão-se, exatamente, a partir desse tipo de desconstrução. O STF pode ser a desgraça que for, mas é necessário; Imprensa, uma tragédia, que seja, mas será ainda pior sem ela, de tal forma que não é cabível desconstituí-los ou destruí-los, apesar do empoderamento de uma figura que pode ser emblemática, ao tornar-se meme e ter viralizado, achando que isso seja possível. Bem como os legislativos e executivos, apesar de ruins, necessários, entretanto esses dois, mais apedrejáveis, posto que elegíveis de forma direta, temporários, e, por conta disso, também mais representantes desse poder emanado do povo que o outro, constituído, e que a outra, inevitavelmente livre, presente, de tal forma que até se mistura, não com o poder emanado, mas com a sua própria fonte, o povo. Ah! o povo... que personagem o tal carinha da associação, esse sim, o verdadeiro representante das milhares de pessoas que foram às ruas no dia da (In)dependência... sabe de alguma coisa, o inocente? Aparentemente, não, usá-lo, ou aos seus pares, como soldados de um exército terrorista, ainda que terroristas parentes do Bento Carneiro, é de uma covardia sem tamanho, canalhice, embuste!... Compreensível, querer ser anarquista, empolgante fazer parte de uma manada qualquer, entretanto houvesse senso na multidão, a anarquia deveria ser contida, pois ao gladiador sobrevivente, essa seria indesejada, ou mesmo pela convicção, que apesar de toda ordem ser um abuso, essas tornam-se mais necessárias à medida que existam mais carinhas das associações espalhados por ai, kamikazes sem causa, indefesos e passíveis de serem explorados por pseudos libertadores inescrupulosos... sinceramente, não recomendaria, nesse dia, num futuro qualquer, manifestações contra os poderes, comunismo, socialismo, capitalismo, liberalismo ou qualquer outro ismo, exceto contra o populismo que é potencializado quando encontra a ignorância e ingenuidade, tornando desprezível e igualando qualquer ideologia, fragilizando e tornando as suas vítimas vulneráveis a qualquer um desses, ismos, mesmo que, em algum momento, possam até ter se revestidos das melhores intenções.

E o mercado? Assim como permaneceu implícito o 4.º poder, que urja o 5.º... Não estava nas fotos, na arena, no texto ou nas manifestações, mas assim como a polícia ou a corda, já está agindo, punindo e arrebentando do lado mais fraco...

Ps.: Antes que atirem o primeiro xingamento, leiam novamente: tornando desprezível e igualando qualquer ideologia.

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