Gestores em Foco! Apresenta ✨”Série Mulheres nas Telecomunicações” : Sandra Sales – Gerente de Operações.
É com grande satisfação que anunciamos a nossa última entrevista do ano de 2024 no quadro “Gestores em Foco”! Neste episódio exclusivo, tivemos a honra de conversar com Sandra Sales, uma líder exemplar e gerente de operações, que compartilhou conosco ideias valiosas e insights preciosos sobre gestão e desenvolvimento de equipes.
Sandra trouxe uma perspectiva única sobre como enfrentar desafios e aproveitar oportunidades no ambiente corporativo, deixando lições essenciais para todos nós. Não perca a chance de se inspirar com essa conversa rica em aprendizado!
💼 Marcamos uma Pausa!
Após essa entrevista incrível, daremos uma pausa no nosso quadro “Gestores em Foco” e retornaremos em 2025 com força total, trazendo novos convidados e muito mais conteúdo relevante!
Fique ligado nas nossas redes sociais para atualizações e prepare-se para um novo ano repleto de conhecimento e inspiração. Agradecemos a todos pela sua companhia nesta jornada e desejamos um final de ano maravilhoso!
Gestores: Desafios na Gestão: Quais são os principais desafios que você enfrenta atualmente na gestão de equipes em um setor tão dinâmico como o das telecomunicações, e como tem trabalhado para superá-los?
Sandra: Quando se fala em gestão de equipes, os holofotes costumam girar em torno do outro (colaborador). Inconscientemente focamos em questões voltadas para os processos de recrutamento e seleção, onboarding, planos de desenvolvimento individual, carreira etc. Tudo isso é importante e inerente ao negócio. Ainda assim, em meio à tantas opções e necessidades de atuação para cada processo citado, ao meu ver, o maior desafio na gestão de equipes, está em primeira instância, em fazer a gestão de si mesmo, a gestão do eu. A partir do momento em que começamos a refletir sobre nossos próprios condicionamentos e do quanto eles modulam nossa forma de gerir, temos condições de progressivamente, fazer ajustes diários em nossos próprios comportamentos e naturalmente, isso vai sendo reverberado em todo o time. Assim como não se forma um time autogerenciável do dia para noite, a gestão do eu, também é gradativa e os caminhos que iremos escolher para essas reflexões e mudanças são diversos. Gosto muito de ler sobre temas voltados para autoconhecimento, autobiografas, terapia, ouvir pessoas mais experientes tanto os que tenho fácil acesso pessoalmente, assim como aqueles a quem ouço através do online como Cristina Junqueira, Ricardo Basaglia, Rony Meisler e outros.
Como posso me relacionar com o outro, fazer a gestão dele(a), se não conheço meus pontos cegos? Como posso entender quais são as motivações do meu colaborador, se não conheço as minhas? Como posso avaliar padrões de comportamento, se não sei quais são os meus, ou talvez nem tenha consciência da existência deles?
Gestores: Mulheres na Telecomunicações: Na sua experiência, quais obstáculos você acredita que as mulheres ainda enfrentam na indústria de telecomunicações?
E que iniciativas você considera importantes para promover a igualdade de gênero nesse campo?
Sandra: Do ponto de vista operacional, o estereótipo pode ser um dos obstáculos que as mulheres enfrentam no segmento, cuja base é fundamentada em atividades que demandam de fato esforço físico/força. Outro ponto, é a demanda crescente por produção, que provoca uma necessidade latente de pessoas com experiência no segmento, objetivando um curto espaço de tempo entre a capacitação e o start na produção. Isso pode inviabilizar por exemplo, a entrada de mulheres inexperientes (considerando a necessidade de formação, de uma base inicial para este gênero que via de regra, são poucas no setor). Pensando em criar condições de igualdade, o primeiro passo envolve a escolha por parte das cias quanto à divulgação de vagas afirmativas para mulheres, como condição inicial para promoção e divulgação dessa busca do setor, trazendo conhecimento para o público feminino quanto à possiblidade de ingressarem no setor.
Gestores: Crescimento e Inovação: Como você vê a evolução dos serviços de telecomunicações nos próximos anos? Quais inovações ou tendências você acredita que terão um impacto significativo no setor?
Sandra: Provavelmente um período de transformação e crescimento acelerado, impulsionados não só pelos avanços tecnológicos mas principalmente pela incorporação de soluções inovadoras como como IA (Inteligência Articial, IOT (Internet das Coisas), Conexões via Satélite, Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR) e etc. Em meio à todas essas possibilidades e tendências, creio que IA e IOT são as que tendem a gerar maiores impacto não só no setor mas para o mundo como um todo. Outro impacto significativo para quem trabalhar no setor, considerando por exemplo, redes Mesh e Wi6, é a necessidade de qualificação adequada dos profissionais responsáveis pela entrega destes produtos, diante de um cenário cada vez mais acirrado entre as operadores, visando altas velocidades e maior alcance/qualidade no sinal.
Gestores: Equilíbrio Entre Tecnologia e Humanização: Em um setor tão voltado para a tecnologia, como você imagina o equilíbrio entre a inovação tecnológica e a necessidade de uma abordagem mais humanizada no atendimento ao cliente e na gestão de equipes?
Sandra: Por maior que seja a evolução tecnológica, ainda somos seres humanos dotados do instinto gregário ou seja, temos o anseio profundo pelo senso de pertencimento, acolhimento e isso obviamente molda a forma como nos relacionamos com o mundo. É claro que, toda a evolução tecnológica vigente, têm acelerado em nós, o time de resposta à tudo. Queremos tudo muito rápido, estamos cada vez menos propensos à espera e nesse aspecto, soluções como chatbots e assistentes virtuais, por exemplo, tornam o atendimento ao cliente mais rápido e preciso. Até aqui, Okay, queremos de fato, facilidades e agilidade nas soluções de nossos problemas. Mas isso não invalida e não reduz, as nossas necessidades mais intrínsecas seja como cliente interno ou externo. Na prática, nenhum de nós quer ser visto apenas como um lead. Temos nome, sobrenome e carregamos histórias que norteiam por exemplo nossas decisões de compra, assim como nossas escolhas profissionais. E acredito que, parte da consciência disso, é o que têm feito as empresas cada vez mais falarem sobre o customer experience (cx) e o user experience (ux), formando inclusive áreas específicas para isso. No fundo, o que vai ditar desde o desejo de compra, a procura pela prestação de serviços e a escolha de quais empresas queremos trabalhar, é o cliente (interno ou externo). Se ele(a), não for colocado(a) de fato, no centro das tomadas de decisões, em algum momento, haverá desequilíbrio na balança e as pessoas naturalmente se veem no direito de migrar para empresas que melhor consigam atender os seus anseios.
Gestores: Perspectivas Futuras: O que você espera ver em termos de avanços e mudanças na presença feminina em posições de liderança nas telecomunicações nos próximos anos? Quais passos você considera essenciais para alcançar essas metas?
Sandra: Mulheres com perfil pró liderança estão em toda parte e todos os dias eu me deparo com pelo menos uma delas. Olhando para telecomunicações, que é um setor bem amplo na verdade e com uma série de áreas como: RH, ADM, comercial e etc. Nestas áreas, já há uma participação maior de mulheres. No setor técnico, de fato, ainda há um número reduzido de mulheres não só na liderança como também nos demais cargos operacionais e creio que parte disso, deve-se ao tipo de atividade exercida na área, onde além das habilidades cognitivas, há principalmente uma necessidade relacionada ao vigor físico ou à força bruta capaz de suportar a execução das tarefas com trabalhos como instalações e manutenções indoor (clientes residenciais e comerciais) e outdoor (infraestrutura). O que percebo, é que naturalmente pensando em um processo de crescimento na carreira dos que iniciaram sua jornada no operacional, justamente pela condição física, a grande maioria são homens, que em algum momento ascenderam prossionalmente, passando de técnico para supervisor, para coordenador e assim vai, de modo que, quando se olha cargos de gerentes, diretores, CFO, COO, são homens. Do ponto de vista da liderança em específico, considerando que já estão mais associados ao intelecto do que ao físico, não vejo impedimentos. O que falta na verdade, é interesse por parte das cias em colocar o tema como pauta. A partir do momento em que, por exemplo, se criam vagas afirmativas para mulheres, isso pode criar condições de atração do público feminino e abrir espaço para essa inclusão. Em sumo, para que haja aumento da participação feminina em cargos de liderança, é preciso que haja interesse por parte das cias neste primeiro momento, em criar condições favoráveis para atração do público feminino. Na medida em que, isso se tornar uma realidade e cada vez mais mulheres estiverem ocupando cargos de liderança no setor, isso naturalmente vai abrindo caminhos e quebrando barreiras que ainda existem em função do estereótipo vigente até aqui.
Eng.º Coordenador técnico na Claro
3 mShow Sandra Sales Sandrinha, parabéns 👏🏾👏🏾👏🏾!!!!
Marketing | Produtos | Novos Negócios | Vendas | Operações | Gestão de Projetos
3 mAmei
Head de Operações, ajudei um ISP sair do 0 e conquistar a marca de 1 milhão de clientes.
3 mSandra Sales , obrigado por compartilhar sua trajetória conosco. Sem dúvidas ela vai inspirar milhares de profissionais. Desejo muito sucesso sempre. Um abraço.
Carrier Manager - Relacionamento com Operadoras | Allrede Telecom
3 mParabéns, entrevista incrível 🤩
Supervisor Técnico | MBA | CX | Telecomunicações | Tecnologia | Troubleshooting | Gestão | Pessoas | TI |
3 mExcelente artigo, parabéns, Sandra! Sempre com uma visão ímpar e coesa. Um grande exemplo não somente para as mulheres do setor mas para todos. Abraços!