A importância e o impacto das ações ESG na área da Saúde

A importância e o impacto das ações ESG na área da Saúde

A Indústria Farmacêutica segue rumo a um estágio mais consciente ambiental e socialmente. A pandemia de Covid-19 impulsionou as ações de ESG no setor ao expor a necessidade de se construir infraestruturas de saúde mais resilientes e sustentáveis. Dessa forma, abriram-se portas para novas oportunidades de inovação e crescimento.

Nascido em 2004 por meio de uma parceria entre a ONU e o Banco Mundial, o termo ESG — sigla para Environmental, Social and Governance — é um dos assuntos em destaque dentro do mundo corporativo e da Indústria Farmacêutica. Seus pilares direcionam estratégias e decisões que podem ser determinantes para o sucesso das empresas. 

Além de apontar as responsabilidades sociais e ambientais das organizações e impactar positivamente o planeta e a sociedade, a implementação dessas práticas tem se provado essencial para instituições que desejam manter a competitividade nos cenários atual e futuro. 

Isso porque não apenas os consumidores estão mais conscientes em adquirir seus produtos de empresas que estejam em sintonia com as demandas sociais e de sustentabilidade, como também os investidores já priorizam as instituições efetivamente comprometidas com essas iniciativas

De acordo com levantamento realizado pela PwC, 79% dos investidores consideram a execução de ações ESG um elemento decisivo para aprovação dos financiamentos e quase metade afirmou abandonar o investimento caso a empresa não esteja comprometida com as diretrizes da sigla. 

E não para por aí: um estudo da Bain & Company que analisou mais de 100 mil empresas indicou que a implementação de práticas referentes a sustentabilidade, diversidade e satisfação dos colaboradores está relacionada a melhores performances e desempenho financeiro. 

Nós selecionamos as principais iniciativas ESG que estão em alta dentro da área da Saúde e da Indústria Farmacêutica. Confira! 

1 – Ambiental 

A sustentabilidade é um elemento fundamental e ao mesmo tempo desafiador para a Indústria Farmacêutica. A produção de medicamentos demanda um alto volume de água e energia, além de evoluções constantes em armazenamento, acondicionamento, tratamento e descarte dos resíduos decorrentes do processo produtivo. 

Para solucionar essas questões, as maiores empresas do setor firmaram compromissos em reduzir significativamente suas emissões de carbono nos próximos anos e otimizar a gestão de resíduos ao longo de todo o supply chain

Esses objetivos têm sido alcançados por meio da implementação de frotas de veículos sustentáveis e pela otimização das rotas de distribuidores para diminuir a pegada de carbono gerada pelas operações logísticas. 

Outros recursos empregados são a fabricação contínua, processo que reduz etapas e custos e otimiza a gestão de recursos, e a química verde, que reúne práticas que diminuem o consumo de energia e a emissão de dejetos e resíduos tóxicos pelas fábricas. 

2 – Social 

A área da Saúde é responsável pela geração de inúmeros benefícios sociais e as práticas ESG trouxeram ainda mais oportunidades para as organizações impactarem de forma positiva a população. 

Isso tem sido feito por meio do fortalecimento da cadeia de abastecimento, com ações como diversificação e adequação de fornecedores. Dessa forma, é possível que medicamentos cheguem até comunidades carentes com maior frequência, por exemplo — de acordo com a OMS, a falta de remédios básicos afeta dois bilhões de pessoas ao redor do mundo. 

Outros exemplos são as políticas de diversidade adotadas em ensaios clínicos, que ampliam a entrega dos medicamentos, bem como a amplitude dos resultados, e os programas de inclusão e recrutamento realizado dentro das próprias empresas. 

3 – Governança 

O terceiro e último pilar do ESG trata da administração das empresas em termos de suas estruturas corporativas. A Governança avalia políticas de gestão de riscos, medidas contra subornos e fraudes e representação igualitária dos membros do conselho. 

Falhas sucessivas nessa vertical podem resultar em problemas graves, decorrentes de práticas como evasão fiscal e corrupção — o que sem dúvida impacta negativamente a imagem da instituição perante a sociedade e seus resultados. 

Por essa razão, as principais empresas do mercado têm implementado políticas de ética e compliance e nomeado lideranças ESG dentro de seus quadros para supervisionar as iniciativas adotadas. 

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Muito bom o artigo, esclarecedor. No setor de saúde, a integração de práticas de ESG é vital, pois não só melhora a sustentabilidade ambiental e a ética empresarial, mas também eleva o padrão de cuidado e bem-estar, refletindo diretamente na qualidade de vida das pessoas.

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