Masculinidades, Liderança e Inclusão: Transformando o Ambiente de Trabalho

Recentemente, o episódio envolvendo o técnico Abel Ferreira e a jornalista Alinne Fanelli trouxe à tona uma questão que, infelizmente, ainda é recorrente nos ambientes profissionais: o machismo. 

Para contextualizar o que aconteceu, em entrevista coletiva, ao ser questionado pela repórter sobre a lesão do lateral-direito Mayke, o técnico do Palmeiras não só interrompe a profissional, como responde de maneira grosseira:

Eu tenho que dar satisfações a três mulheres só: minha mãe, minha mulher e a presidente Leila. São as únicas que têm o direito de vir falar comigo e pedir explicações. Por que perdeu, por que lesionou? As únicas. Os outros podem falar, se manifestar, elogiar ou criticar, o treinador tem que saber ouvir elogios e críticas."

Embora essa situação específica tenha ganhado destaque na mídia (veja matéria completa nos comentários), ela é apenas um reflexo de uma cultura que perpetua desigualdades e limita o potencial de todas as pessoas, especialmente das mulheres.

O Impacto do Machismo no Ambiente de Trabalho

A cultura organizacional é profundamente influenciada por normas de gênero, e o machismo desempenha um papel central na manutenção dessas normas. Em muitos ambientes de trabalho, os homens são socializados para exercer poder de maneiras que reforçam hierarquias e exclusões. Isso resulta em comportamentos que desvalorizam as contribuições femininas, como interrupções, desrespeito ou subestimação das mulheres, afetando diretamente sua autoestima e trajetória profissional.

Esse tipo de atitude está longe de ser um problema individual; é um sintoma de um sistema que precisa ser reavaliado. Para que as organizações promovam um ambiente verdadeiramente inclusivo, é fundamental que repensemos as masculinidades no contexto da liderança e da cultura corporativa.

O Papel das Organizações na Transformação Cultural

Para criar espaços de trabalho onde todas as pessoas se sintam valorizadas, as empresas precisam investir em políticas de diversidade e inclusão que não apenas incentivem a participação feminina, mas que também abordem as dinâmicas de poder relacionadas às masculinidades. Isso exige um compromisso genuíno da liderança em todos os níveis, juntamente com treinamentos contínuos que capacitem as lideranças a identificar e desafiar padrões prejudiciais.

Na Taty Nascimento Consultoria, acreditamos que a transformação começa com a conscientização, mas só se concretiza através da ação. Trabalhamos junto às empresas para desenvolver programas de letramento de lideranças que abordam as masculinidades de maneira estratégica, promovendo uma cultura inclusiva de verdade.

Sem discutir masculinidades e o impacto que uma liderança despreparada pode causar na cultura de uma organização, não terá prêmio GPTW que se sustente. 

A mudança está ao nosso alcance, mas ela exige ação coletiva. Vamos juntes?

#liderançainclusiva