Os negócios nos próximos 15 anos

Os negócios nos próximos 15 anos

Se olharmos para um passado recente, em 2001 a penetração da internet era somente 5%, bastante baixa quando comparada com os 50% atualmente. Mobilidade era bastante restrita e os serviços oferecidos eram limitados a voz e mensagens. O Google era apenas uma startup e o YouTube ainda estava a 5 anos de ser criado. Os serviços digitais na internet era limitados e as organizações automatizavam seus processos com computação utilizando somente estruturas próprias. A computação avançada era limitada às grandes organizações, as quais eram capazes de manter grandes estruturas de TI internas. Os serviços on-line eram o e-mail e serviços de informação limitados.

Nestes 15 anos vimos grandes avanços na conectividade dos negócios e a criação de uma grande quantidade de serviços on-line capazes de suportar a pulverização da TI. Habilitando pessoas, pequenas e médias organizações a entrarem no mundo digital rapidamente.

Estas mudanças foram alavancadas por avanços tecnológicos e pela formatação de novas formas (às vezes disruptivas) de fazer negócios.

Se olharmos para os próximos 15 anos, o que podemos entender? No âmbito dos avanços tecnológicos, para os próximos 15 anos, existem avanços importantes em várias áreas, as quais podem impactar ainda mais a forma como fazemos negócios. Selecionei 4 delas.

Arquitetura dos computadores

Desde que Gordon Moore, em 1965, fez sua famosa predição de que a capacidade de processamento computacional iria dobrar a cada 18 meses, vemos este avanço acontecer. Apesar de estarmos chegando a um ponto limite para a atual tecnologia baseada em silício, estão surgindo novas ideias e pesquisas em áreas como, por exemplo, computação molecular e computação quântica que têm o potencial de elevar o poder de processamento em milhões de vezes. Talvez não sendo mais limitada a lei de Moore.

Nanotecnologia

A capacidade de manipular átomos e moléculas com o objetivo de criar novos materiais está em progresso. Grafeno e quantum dots já são pesquisados a alguns anos e com aplicações nas áreas da computação (viabilização da computação quântica), biologia (imagens a nível celular) e geração de energia (através da criação de células fotovoltaicas mais eficientes e baratas).

Armazenamento de energia

Os avanços na forma como armazenamos energia não foi muito "badalado" durante o século passado. A energia que consumíamos era gerada (ainda é) através de usinas que funcionam 24 horas por dia (carvão, hidroelétricas e nuclear), então, para que armazenar? Mas, neste últimos 15 anos, os avanços no uso dos dispositivos móveis fez com que o armazenamento de energia tivesse o seu foco. Deve-se levar em conta que hoje, 90% do peso de um laptop está em sua bateria. Também, o desenvolvimento dos carros elétrico está intrinsecamente relacionado a autonomia que suas baterias podem prover. E esse é um grande negócio. A sua grande aplicabilidade na mobilidade e também no aproveitamento da energia eólica e solar (não podem gerar energia de forma constante) fizeram o desenvolvimento de novas tecnologias de armazenamento florecer e não precisaremos esperar muito para ver estes avanços por aí.

Robótica

Robôs até o final do século passado estavam confinados a indústria pesada, a qual foi capaz de promover o seu desenvolvimento através da automatização dos seus processos de fabricação. Com os avanços conjugados do poder de processamento e novos materiais foi possível expandir a utilização dos robôs. E essa expansão continuará em várias áreas, fora da indústria. E a interação entre os robôs e as pessoas será mais fácil e cada vez maior.

Se somarmos todos estes avanços, temos: grande poder de processamento capaz de alimentar poderosas learning machines e robôs, totalmente interconectados, sendo acessados por dispositivos móveis cada vez autônomos e sendo abastecidos por energia limpa e renovável.

Separando as organizações que atualmente investem em alta tecnologia e estão focadas em uma ou mais destas áreas, quais serão os impactos destas tecnologias para as vida das pessoas e para os negócios das pequenas e médias organizações?

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