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Shadow of The Erdtree é uma experiência de altos e baixos bem desigual.

Primeiramente quero deixar claro que se você quer ler uma análise que infle a bola do jogo ao máximo e valide suas opiniões, você vai se decepcionar com a minha. Tudo que vou falar aqui é com base na experiência que tive com meu estilo de jogar esses jogos, estilo básico mas muito popular, build de força segurando greatsword com duas mãos e sem utilizar invocações.

História

Sendo bem sincero, não faço muita ideia do que está acontecendo na história dessa DLC, é bem mais confusa do que a do jogo base. O que posso comentar é que seguimos o rastro de Miquella que de alguma forma foi parar no Reino das Sombras.

O que eu não gostei é a falta de interações especiais após derrotar certos chefes ou interagir com determinados NPCs como acontece nos outros jogos da From, o que quero dizer com isso é que por exemplo em Dark Souls 1 ao terminar a DLC antes de enfrentar chefe específico ao chegar nele a cutscene de introdução do chefe é ligeiramente alterada. Considerando a importância enorme dos personagens desta DLC para toda a história do Elden Ring é estranho ver que não existe nenhuma interação especial com o jogo base, basta procurar na internet e verá que realmente não há nada.

O mapa do Reino das Sombras

A exploração do mundo aberto na DLC é um tanto diferente do jogo base, aqui temos um mapa com ênfase na verticalidade. O mapa é dividido em camadas e para chegar em certos lugares é necessário encontrar uma maneira de descer para outras camadas, e esse conceito de verticalidade se aplica também as legacy dungeons como a 'Fortaleza das Sombras' que fazem o jogador fazer vários "sobe e desce", os cenários são enormes e belíssimos.

Entretanto, ao contrário do jogo base há poucas coisas interessantes para encontrar. A maioria dos lugares que você explorar vai ter como recompensa receitas para craftar items, armas piores que do jogo base salve uma ou outra. Existem poucas dungeons e cavernas espalhadas pelos mapa ao contrário do jogo base que tinham várias mesmo em Limgrave o mapa inicial. Além disso as áreas mais abertas são repletas de inimigos reutilizados, desde os mais fracos até os dragões com uma nova skin. O Reino das Sombras é enorme e belo, mas também é relativamente vazio e pouco interessante de explorar.

Progressão

Os pontos que citei sobre o mapa estão diretamente correlacionados com a progressão. Existe sim uma recompensa maior a ser encontrada pelo mapa, os 'fragmentos de umbrárvore'. Eu odeio essas coisas. Os fragmentos foi a forma que a FromSoft encontrou de nivelar todos os jogadores para a DLC, desta forma até quem tava no level 400 iria apanhar. Basicamente você coleta os fragmentos para ganhar uma benção que vai até o nível 20 que aumenta seu dano dentro do Reino das Sombras. Quando a DLC se inicia você está no nível 0 de fragmentos, o seu dano está "negativo", e conforme você encontra os fragmentos ele vai aumentando, no nível 10 seu dano é multiplicado por 1x que equivale ao seu dano de verdade, e no nível 20 por 2.05x.

Parece razoável, certo? Bom, o problema é que a importância dessas coisas não é clara, não existe nada no jogo que te diga as informações que falei acima sobre os multiplicadores, a dúvida que fica para alguém que acabou de comecar a DLC é o quão importante os fragmentos são, o quanto de dano eles aumentam, é pouco ou faz muita diferença? Um veterano da série Souls como foi o meu caso pode ter a impressão errada, "talvez se eu usar isso o jogo fique muito fácil" mas não, é o contrário, se você usar os fragmentos é aí que a dificuldade fica justa pois literalmente estamos com dano negativado até o level 10 de benção.

Outro problema que esses fragmentos malditos geram é que existem 50 ao todo, o exato número para pegar level 20 de benção, mas ao contrário das sementes douradas do jogo base que aumentavam a quantia de frascos de cura/magia esses fragmentos não são encontrados em lugares específicos como igrejas ou cidades, não não, eles podem ser encontrados até com inimigos básicos segurando um pote na cabeça em algum lugar remoto que você provavelmente não vai nem pisar e se pisar não vai ver o pilantra. Agora você deve estar pensando, "Aqua, é realmente necessário coletar todos os fragmentos?", não, porém quando você encarar o chefe final e ele te estourar por 1 hora é provável que você queira ir atrás do restante, e aí você vai ter que olhar um guia porque você não vai lembrar quais coletou e onde estão os que faltam.

A única parte positiva desse sistema de progressão é que ele é praticamente a única coisa que dá muito incentivo a explorar esse mapa vazio.

Chefes

Se você quiser saber o que tenho a dizer sobre a gameplay de Elden Ring você poder ler minha análise do mesmo, não vou tocar no assunto novamente, quero aproveitar esse espaço para discutir algo maior, os chefes da DLC.

Eu sinto que com essa expansão o Miyazaki (diretor do jogo) perdeu a cabeça de vez e disse o seguinte pra rapaziada do desenvolvimento, "todos os chefes, literalmente todos, viram um Super Saiyajin na metade da vida". Em vários momentos eu questionei se a DLC sequer foi feita tendo em mente os jogadores que não usam invocações, pois a maioria dos chefes atacam incessantemente com combos longos que um ataque tira uma porção enorme da sua vida, outros cobrem a tela com tantos efeitos que não dá pra ver nada. Eu me recuso a invocar nestes jogos pois o gameplay que me interessa é o 1v1 entre eu e um inimigo, a invocação transforma Souslike em um outro estilo de jogo, um que o inimigo não te foca mas sim divide a atenção e eu não tenho interesse nesse tipo de jogo. Outra opção seriam builds quebradas mas nem preciso falar que perde a graça. Então eu sofri para passar de alguns chefes, no fim eu achei alguns chefes bem escrotos mas aproveitei outros, mas a qualidade é inferior aos do jogo base em sua grande maioria.

Vi muitos reclamarem do chefe final e com razão, mas particularmente foi um dos pontos altos para mim, um chefe que me diverti muito aprendendo a luta, levou 5 horas tomando surra? Levou, mas estranhamente não saí xingando, saí feliz ao derrotá-lo ao contrário da irritação de um Gaius ou Rellana da vida ambos chefes da DLC.

Em resumo os chefes dessa DLC tem muita vida, são rápidos demais, tem muito dano, não perdem poise (postura), viram Super Saiyajin. É um balanceamento que está mais para injusto do que justo em alguns casos, o que faz com o que o jogador culpe o jogo ao invés de si mesmo por falhar o que é péssimo.

Conclusão

Shadow of The Erdtree é uma expansão enorme oferecendo cerca de 30-40 horas de gameplay se for atrás de derrotar todos os chefes e explorar bem. Foi uma experiência bem desigual, passei mais raiva nessa DLC do que diversão ao contrário do jogo base, mas tive meus momentos como no boss final ou no Mesmer que também foi incrível, ou o espetáculo que é a luta contra Bayle. O mapa é pouco interessante e nada se compara ao subterrâneo do jogo base ou Lyndell. No fim não gostei muito da expansão mas foi bom revisitar Elden Ring.

Nota final: 6.5/10
Posted 5 July, 2024. Last edited 5 July, 2024.
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12.1 hrs on record
Alan Wake entrega uma história muito boa com um gameplay raso
Alan Wake é mais um survival horror que sempre tive curiosidade em jogar mas não joguei quando saiu porque eu era cagão. Como eu estava com interesse no Alan Wake 2 por ter ganhado muitos prêmios, aproveitei uma promoção na Steam para comprar o primeiro jogo antes de jogar o segundo, e chegou a hora de ver se o hype em cima era justificado.

História
Vou ser muito breve com uma introdução a história e em seguida falar do que gostei nela.

Alan Wake é um escritor famoso bem sucedido que tira umas férias com sua esposa numa pequena cidade do interior, porém quando ele chega lá pequenas coisas estranhas acontecem lentamente escalonando em algo muito maior. Uma presença escura sobrenatural habita as sombras da cidade possuindo seus habitantes a noite. Alan tem a difícil tarefa de manter a sanidade e acreditar em si mesmo em meio a essa loucura, e luta para salvar ele e sua esposa desse pesadelo.

Sem dúvidas a história de Alan Wake é o ponto mais forte do jogo e a forma que é contada, no sentido do jogo ter uma direção cinematográfica, lembra o estilo popularizado por The Last of Us em que há uma fluidez na troca de jogo e cutscene, e é interessante apontar que Alan Wake veio antes de TLOU.

Para mim o diferencial de Alan Wake esta na forma que o jogo utiliza elementos que a maioria dos jogadores vão ignorar, para explicar a história. Ao longo do jogo o jogador consegue pegar páginas de um manuscrito que são de uma história que foi escrita pelo Alan mas que ele não se recorda de ter escrito, mas as páginas do manuscrito descrevem coisas que vão acontecer ou dão detalhes do que já aconteceu. Lendo essas páginas é possível encontrar items escondidos, descobrir o que aconteceu com certos personagens, mais da lore enfim. Isso é integrado tanto no gameplay quanto na história principal e é muito bem feito.

Não menos importante também há o show de rádio e programa de televisão, em todos os capítulos é possível encontrar um rádio em que o apresentador conta sobre acontecimentos da cidade com um bom humor enquanto o Alan tá todo lascado, e o programa de TV Night Springs que aparece em televisões pelo jogo que conta algumas histórias pertubadoras em live-action com temas relacionados ao que se passa no jogo.

Por fim, é uma história boa contada de uma forma excelente, a trilha sonora é muito boa também, e por mais raso que a maioria dos personagens e os diálogos meio clichês ou robóticos em alguns momentos sejam, ainda é uma história que te deixa entretido do início ao fim com vontade de ver o desfecho.

Gameplay
Infelizmente não tenho como elogiar o gameplay de Alan Wake como elogiei a história. O que você joga no tutorial nos primeiros 10 minutos é praticamente o jogo inteiro, aponte a lanterna pro inimigo pra tirar a armadura dele e atire, aperte LB para desviar na hora certa. Não têm nada além disso, não existem ataques corpo a corpo ou nada que torne uma arma especial em relação a outra além do dano causado, nada de upgrades. É um jogo que dura um pouco mais do que deveria, por volta das 8 horas de jogo já estava cansado de jogar ele por conta da repetição.

O melhor conselho que posso dar é o que li na internet antes de jogar, coloque o jogo no Easy e esquece, você tá aqui pela história. O forte do jogo tá muito longe de ser o combate e jogar nas dificuldades altas apenas gera momentos frustantes com esse sistema porco.

Conclusão
Para mim Alan Wake tem uma história boa com ideias diferentes, dá para ver que a visão do diretor foi executada perfeitamente e é um jogo que recompensa os jogadores mais atentos. No entanto seu gameplay raso o derruba gravemente, fora a pouca variação nos cenários que faz com que todos os capítulos pareçam o mesmo. Você não vai encontrar nada muito especial neste jogo, mas como é curto (10 horas) vale a pena no precinho de R$10 que foi o que paguei.

Nota final: 6.5/10
Posted 27 December, 2023. Last edited 17 January, 2024.
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35.5 hrs on record (24.8 hrs at review time)
Um jogo de luta que carece de um sistema de progressão decente
Mortal Kombat é uma franquia que têm como boa parte do público fãs ávidos que não se interessam por outros jogos de luta que não sejam MK. Esse apelo de popular é o que permite que todo MK saia com gráficos incríveis, muitos cenários e lutadores, mas também habilita seu pior aspecto que é a monetização agressiva com micro-transações. Com Mortal Kombat 1 não foi diferente, temos um elenco de lutadores com bom tamanho, muitos cenários e variações, modo história, invasões (vou falar desse a fundo depois), mas será que isso é o suficiente quando comparado a Street Fighter 6 lançado 3 meses antes de MK1?

Modo História
Esse aqui é o feijão com arroz do jogo, é o que atraí muitos jogadores. Mortal Kombat é uma franquia com uma lore extensa que já passou por reboots, e MK1 dá continuidade a essa história em andamento resetando o universo da franquia mais uma vez só que não por completo.

Após os acontecimentos de MK11, Liu Kang se torna o Deus do Tempo e cria uma linha do tempo do zero em que os conflitos dos outros jogos não aconteceram e em teoria não deveriam acontecer. Isso significa que por exemplo, o Scorpion e Sub-Zero desse jogo não são os que acompanhamos em MK9, MK10 e MK11, e nem são inimigos. Porém Liu Kang ainda vive agora como um semideus que protege o Plano Terreno como um guardião.

É um modo história divertido mas simples e que perde o foco do que quer contar na metade. Para começo de conversa se você já jogou qualquer outro MK você já sabe como vai ser o modo história. Luta > filminho > luta > filminho... e assim sucessivamente. A história diverte muito de início quando estamos conhecendo esse novo universo de MK e acompanhando Liu Kang que sabe de tudo que já aconteceu, mas lá pra metade os personagens que antes eram o foco deixam de ser o relevantes e somem da história, problemas importantes são resolvidos rapidamente, é uma bagunça. Só que o valor de produção é altíssimo, um filme CGI lindo, e ver os personagens dessa forma faz com que seja possível relevar a escrita de nível filme moderno da Marvel.

Kombate
A história é um elemento secundário em um jogo de luta, não serve de nada se o gameplay for ruim. Felizmente no caso de MK1, o gameplay de combate é excelente.

De primeira ao começar a jogar MK1 você pode pensar que o ritmo do jogo é mais lento, tudo parece meio lerdo e travado, mas com o tempo você percebe que é justamente o contrário. MK1 tem um ritmo rápido com animações bem melhores do que dos últimos três jogos, mas a sacada diferente do MK1 é que é fácil cancelar golpes comuns por exemplo numa sequência de dois ou chutes por um golpe especial. É algo que você irá sentir naturalmente jogando, pois além dos golpes especiais existem muitas sequências que você pode fazer usando combinações de soco e chutes, muitas que parecem os próprios especiais. Sinto que é fácil até mesmo para o jogador casual aprender a fazer combos, o que é ótimo, significa que no online ocorrem partidas emocionantes com mais frequência.

Vale a pena destacar algumas melhorias desse jogo em relação ao MKX e MK11. Por exemplo tiraram o sistema de aprimoramentos de ataque e defesa que tinha no MK11 e o sistema de variações introduzido no MKX, ambos sistemas desnecessários.

Eu não gosto que para defender ainda é preciso apertar um botão dedicado ao invés de só o direcional para trás, mas tudo bem dá pra se acostumar.

Progressão e monetização
Vou ser sincero, eu já comprei esse jogo sabendo que teria alguma pilantragem por parte da Warner Bros Games para extrair dinheiro dos jogadores. Enganado eu não estava e até fico um pouco positivo em relação ao MK11 que lançou com práticas muito piores até melhorar, mas não tenho como passar o pano nisso aqui.

Eu realmente não entendo o que aconteceu aqui. O modo história em muitos momentos coloca os personagens em skins diferentes nas lutas e você não ganha nenhuma dessas skins completando o modo história. Ao invés disso você ganha moedas que você pode usar para ganhar estas skins na Shrine, que é basicamente uma lootbox só que "gratuita", em aspas porque você pode pagar pelas moedas. Eu já desbloqueei tudo da Shrine e várias skins que aparecem no modo história não são recompensas, qual o sentido disso? Não sei... espera, sei sim! A ideia é segurar conteúdo e dar de pouquinho em pouquinho a cada temporada para fazer os jogadores sentirem que o jogo tem muito conteúdo quando na verdade não tem, a ideia é induzir medo nas pessoas para que elas joguem avidamente toda temporada para pegar moedas e desbloquear os itens porque senão talvez elas nunca mais verão aquelas skins na vida delas, então elas vão lá e grindam moedas ou pagam por elas. Existem skins que só podem ser adquiridas pagando por sinal.

"A Kitana não usa mascará em diversas lutas do modo história e só tem opção de customizar o leque e roupa dela? Poxa, aqui está uma skin sem mascará por apenas 10 dólares" -Algum executivo da Warner Bros provavelmente.

Modo Invasões ou Modo do Sono Eterno por favor me liberte de meu sofrimento
"Não colocaremos Battle Pass em Mortal Kombat 1" disse Ed Boon o criador de MK em uma entrevista. Bom, realmente não tem um battle pass no jogo, mas há algo quase tão ruim quanto. Imagine um modo em que:

  • Você não faz nada além de andar pra frente
  • Você luta lutas em que oponentes possuem super armaduras ou outros modificadores que te colocam em desvantagem.
  • Você ganha recompensas inúteis a maior parte do tempo
  • Tem uma incrível quantia de 275 lutas no total para completar
  • É por temporada, ou seja suas moedas de temporada serão perdidas se você não as usar na loja, e uma vez que a temporada passe não há garantia de que você ou jogadores novos que não coletaram todos os itens dela vão conseguir eles de alguma forma algum dia.
  • Roda a 30FPS e leva uma eternidade pra começar e sair de lutas
  • Entre um ponto e outro pode ocorrer uma luta aleatória que não dá recompensa nenhuma.
  • Dura 20 horas para completar e 25 para fazer 100% e mesmo assim não te dá nem metade das moedas de temporada necessárias para comprar todos os itens da loja de temporada, forçando a recorrer a grindar uma certa luta sabe-se lá quantas vezes ou pagar a moeda.

Então em resumo, Invasões é terrível. É um tédio que você não vê a hora de acabar, mesmo jogando de pouco em pouco é excruciante. Só que vou deixar meu feedback aqui, no mínimo os devs tem que reduzir a quantia de lutas para 100 na próxima temporada mas isso não vai acontecer. Ajustar as recompensas para dar skins melhores ou presentes no modo história também seria um avanço. É um modo muito chato, dá um sono e tédio do caramba, que no fim nem dá tudo que é necessário para comprar o que interessa mesmo, os itens de temporada.

Conclusão
Mortal Kombat 1 é um jogo que parece ter sido apressado para lançar, talvez mais 1 ano tivesse sido o suficiente para entregar um jogo mais completo. O modo história não inova igual o World Tour de SF6, não tem algumas funções do MK11 como seleção de skin na tela de seleção de personagens por exemplo, o único modo alternativo ao versus e arcade é o Invasões e é terrível. Por mais que o jogo seja muito divertido de jogar e fácil de trazer amigos que não manjam muito de jogos de luta pra uma partida casual, ele está longe de valer o preço cobrado principalmente na edição completa. Faltou polimento, no lançamento tinha vários bugs até no online e ainda tem, felizmente nada relacionado a performance que é ótima. Enfim, compre somente em uma promoção e se seu negócio de jogos luta não for apenas MK, vá atrás do Street Fighter 6 (que inclusive tenho uma análise) que é um jogo melhor e mais completo.

EDIT: Quando pensei que a monetização não poderia piorar os devs vão lá e adicionam um fatality pago de Halloween.

Nota final: 7/10
Posted 14 October, 2023. Last edited 24 October, 2023.
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44 people found this review helpful
2
40.7 hrs on record (24.0 hrs at review time)
O mais completo jogo de luta do momento

Ah, Street Fighter 6! Levou mais de um ano de espera desde o anúncio, mas finalmente está aqui. Eu não sou o maior fã de Street Fighter do mundo, mas joguei bastante o SF4 no X360 e um pouco do SF5 Champion Edition no PS4. O SF6 chamou minha atenção com seu segundo trailer, que mostrava um pouco do modo história e um teaser do online; os gráficos e personagens estavam lindos também. Me inscrevi para o segundo beta fechado e fui convidado a participar. No final, joguei e gostei tanto que comprei a edição completa na pré-venda pouco tempo depois, aproveitando uma promoção na loja Nuuvem. Depois do beta fechado, fiquei ansioso para jogar esse jogo novamente por um tempão. Será que a versão final cumpriu com as expectativas?

Modo World Tour

No World Tour, o jogador cria um personagem e é transportado para a cidade de Metro City, uma cidade de tamanho razoável que é praticamente um mundo aberto. Há muitas coisas para fazer em Metro City, como a história principal, missões secundárias, minigames para ganhar dinheiro, itens cosméticos para coletar e personalizar seu personagem, aprender golpes, etc. É como um RPG, onde você e seus oponentes possuem níveis, e os equipamentos e acessórios elevam seu status. Focando na história principal, levei 22 horas para terminar, o que é um tempo considerável, e a experiência foi melhor do que qualquer modo história de jogos de luta que já joguei. A grande sacada desse modo é que você pode desafiar qualquer pessoa que esteja nas ruas para uma luta, seja ela uma velha ou um homem que aparente ser rico, e o jogo muda a perspectiva da câmera para ficar em 2D. Isso é fantástico e viciante do início ao fim.

Por mais legal que esse modo seja, em alguns momentos a dificuldade se eleva muito e repentinamente. Um exemplo disso é o último torneio: eu cheguei lá no nível 50, e os oponentes também estavam nesse nível. No entanto, por algum motivo, mesmo tendo alguns dos melhores itens até aquele ponto, aprimorados ao máximo, eu ainda estava causando apenas 600 de dano por golpe, enquanto meus oponentes davam 1000 de dano ou até mesmo 5000, dependendo do especial. Fui forçado a interromper a história e ficar repetindo um minigame por 30 minutos para ganhar dinheiro e me entupir de itens para conseguir terminar o jogo.

A história desse jogo é risível, mas eu dou o braço a torcer e não considero isso como um ponto negativo, pois o foco está no gameplay, e o jogo claramente não se leva a sério. Há momentos em que você literalmente luta contra geladeiras.

Battle Hub

O battle hub é o modo online que coloca seu personagem em um grande fliperama. Os jogadores se sentam na frente das máquinas para aguardar por um oponente ou desafiar alguém que já esteja sentado, ou até mesmo assistir à partida de outros jogadores. É possível colocar seu personagem contra o de outras pessoas ou lutar normalmente com os do modo VS. É muito bacana e promove a interação entre os jogadores.

Fighting Ground

Dentro do Fighting Ground, existem 5 modos de jogo: Modo Arcade, Prática, Versus, Partida Especial (VS comum, mas com efeitos aleatórios que ocorrem durante a luta) e Online. Aqui não há do que reclamar, a Capcom levou muito a sério as críticas que SF5 sofreu no lançamento em relação à falta de conteúdo. Não havia modo história, modo arcade, o modo de treinamento era básico e, além disso, o online nem funcionava direito. Aqui, o modo arcade possui várias dificuldades com muitas lutas, o modo prática, além de oferecer o melhor modo de treinamento de todos os tempos (dá até para treinar com um amigo), possui tutoriais e guias de personagens.

O modo online do Fighting Ground é um lobby tradicional ao contrário do Battle Hub. Os jogadores podem criar salas personalizadas que aparecem numa lista e as pessoas entram, ou o jogador pode optar por selecionar "procurar partida casual/ranqueada" e esperar o jogo achar uma partida.

Gameplay

A jogabilidade de SF6 parece algo completamente diferente do habitual, mas ao mesmo tempo é muito parecida com SF4 e SF5. Só posso dizer que é fantástica: as animações são extremamente detalhadas e fluídas, cada golpe possui peso, os especiais são rápidos e maravilhosos de se assistir, especialmente quando a vida do jogador está baixa, pois todos possuem uma variação. Além disso, os comandos não são muito difíceis de executar, mesmo no controle clássico (é possível escolher entre um esquema de controle moderno, mais simples, e o clássico).

O que define a jogabilidade de SF6 para mim é a liberdade que o jogador tem para se expressar. O jogo possui muitas mecânicas atreladas à barra de Drive, mas você é livre para usar o que mais te interessa. Sinta-se à vontade para utilizar Overdrives e Drive Rush ao invés de gastar com Parry ou Drive Impact, ou até mesmo misturar tudo. O fato é que, ao jogar contra alguém, existem vários coringas diferentes que você pode usar contra o outro jogador, o que niveliza as coisas contra jogadores mais experientes. Às vezes, alguém pode saber executar combos ótimos, mas pode perder para alguém que domina os fundamentos e o uso das mecânicas atreladas à barra de Drive.

Monetização

A primeira vez que abri o SF6 foi naquele pique, finalmente o jogo havia sido lançado. Logo quando abri o menu pela primeira vez, veio a tela de recompensas logo de cara e fiquei surpreso. Lá estava ele, a coisa que mais odeio nos jogos online modernos: um battle pass. Fiquei sem entender nada, afinal, a Capcom não mencionou nada sobre o battle pass no SF6 antes do lançamento do jogo. O que penso sobre isso é o seguinte: no momento, o battle pass é inofensivo para quem não se importa com a personalização do avatar, são apenas 30 níveis com objetivos diários e semanais fáceis de cumprir, e as recompensas são apenas itens de personalização. De qualquer forma, duvido que as coisas continuem assim, é bastante provável que futuros battle passes incluam roupas alternativas para os personagens e bilhetes de Drive, que é a moeda utilizada para comprar itens de personalização limitados no Battle Hub, além de cores alternativas para os personagens. O passe custa 250 Fight Coins, o equivalente a 25 reais.

Agora, falando sobre as cores dos personagens e as roupas clássicas. Isso me deixou bastante chateado, pois paguei R$400 por este jogo e ao abrir a loja percebi que todas as cores alternativas estão bloqueadas, assim como as roupas clássicas. As cores alternativas precisam ser adquiridas com drive tickets ou fighting coins, mas o ganho de drive tickets é muito baixo, precisaria de pelo menos um ano para desbloquear tudo, e isso sem considerar que, em um ano, provavelmente haverá outras roupas disponíveis também. Já as roupas clássicas podem ser desbloqueadas com fighting coins ou alcançando o nível máximo de afinidade com todos os personagens no modo World Tour. Embora seja um pouco melhor, ainda é um grind infernal de várias horas, intencionalmente chato, para incentivar o jogador a pagar para desbloquear tudo.

Conclusão

Esse é o jogo de luta mais completo atualmente e é perfeito para jogadores casuais que estão começando a entrar no mundo dos jogos de luta. O modo World Tour te prepara o suficiente para começar a jogar online. Para os jogadores hardcore, há um modo online e versus bem trabalhado, com jogabilidade reformulada. O verdadeiro obstáculo na compra é o preço altíssimo. Eu recomendo a versão base ou, no máximo, a deluxe. Pensei que a ultimate fosse liberar todas as roupas, mas me enganei. Além de ser caro, ainda possui uma monetização agressiva. No entanto, no fim das contas, Street Fighter 6 ainda é muito divertido e mais um acerto da Capcom. Me vejo jogando esse jogo por muitas horas.

8/10
Posted 18 June, 2023. Last edited 30 September, 2023.
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3 people found this review helpful
86.5 hrs on record (28.9 hrs at review time)
Resident Evil 4 Remake é fiel ao original e ao mesmo tempo entrega uma experiência distinta

Depois do sucesso do Remake de Resident Evil 2, era inevitável que a Capcom fizesse o Remake do 4. A missão da Capcom era clara, porém quase impossível: entregar um jogo novo tão bom quanto ou melhor do que o RE4 original, que é considerado um dos melhores jogos de todos os tempos. Será que eles conseguiram?

EDIT: Oh céus, essa é a terceira vez que reescrevo partes dessa análise, que jogo difícil de criticar! Bom, anteriormente eu havia zerado o Remake em seguida o original mas fiquei devendo jogar o Remake no Profissional. Agora eu já zerei o jogo no profissional e outra vez pra pegar S+ no Profissional sem uso de glitches e conteúdo bônus e DLC. Isso me fez mudar de novo minha perspectiva sobre alguns aspectos desse jogo.

Para evitar que o texto se torne cansativo de ler, a partir de agora vou me referir ao Resident Evil 4 original somente como OG.

Uma história coesa

Os remakes de Resident Evil 2 e 3, assim como os jogos 7 e 8, homogeneizaram o tom da franquia para algo muito mais sério, resgatando a época do PlayStation 1, em que Resident Evil era mais survival horror do que ação. Eu joguei Resident Evil 4 pela primeira vez em 2022, quando saiu o mod UHD. A impressão que tive em relação à história daquele jogo é que era algo completamente absurdo e nada a ver com os anteriores (neste ponto, eu já havia jogado todos os jogos numerados da série). Este era o objetivo dos desenvolvedores do jogo, é claro; eles queriam fazer um jogo que qualquer um pudesse jogar sem conhecimento prévio. O problema é que a história era rasa e pouco desenvolvida, apesar de divertida com algumas cenas de ação legais e momentos engraçados.

Com o remake de Resident Evil 4, surgiu a oportunidade de deixar o jogo em sintonia com o tom atual da franquia, e fiquei muito feliz que isso tenha sido enfatizado. O remake possui gráficos incríveis que criam perfeitamente uma atmosfera tensa do começo ao fim. Os inimigos são verdadeiramente assustadores, e a praga é retratada de maneira perturbadora. No entanto, as piadas ocasionais do Leon ainda estão presentes, o que dá um ótimo equilíbrio entre seriedade e diversão. Sinto falta dos vilões invadindo o comunicador para falar com Leon, pois esses eram os melhores diálogos do OG. Personagens como Luís, Krauser e Ashley são muito mais carismáticos e bem desenvolvidos, embora eu tenha algumas ressalvas com Luís e Krauser que não posso falar por serem território de spoiler.

As interações de Leon e Ashley não são nada especiais mas é uma grande melhoria em relação ao OG, em que Ashley tinha poucos diálogos (em sua maioria irritantes), apesar de ajudar aqui e ali.

Uma nova experiência

O ponto mais positivo desse remake é que ele é um ótimo remix de Resident Evil 4. O OG não se torna obsoleto, pois o remake tem muitas diferenças. Existem áreas novas e expandidas, e para 99% do que foi cortado, existe uma nova para substituí-las ou uma implementação diferente. As lutas contra chefes são as melhores de toda a franquia e uma vasta melhoria para com o OG.

O gameplay é mais puxado para o Resident Evil 2 Remake, com uma movimentação mais pesada, sendo o Leon capaz de recarregar a arma enquanto corre e trocar de arma sem abrir o inventário. Esses dois últimos itens citados, eu senti muita falta ao rejogar o OG.

Sobre a dificuldade eu terminei o jogo nos modo Intenso e Profissional e achei muito mais difícil do que o OG. O começo na vila é brutal, mas por outro lado, a Ilha agora tem batalhas muito mais justas, com uma duração menor e inimigos mais bem caracterizados (com exceção do cara da minigun, que achei muito mais sem graça). É importante comentar que os inimigos são muito inteligentes neste jogo e muito agressivos, mas o jogo ainda tem dificuldade adaptativa rodando nos fundos e acho melhor não me alongar nesse assunto.

Após rejogar o OG, percebi que existe uma diferença fundamental entre o Remake e o OG que me faz preferir o OG em vez do Remake, independente das melhorias de história e qualidade de vida, pois para mim, é mais divertido. A diferença é a forma que a mecânica de atordoamento funciona no OG.

A mecânica de atordoamento é inconsistente no Remake, e essa é a crítica que mais vejo em outras análises, e com razão. No OG tiro na cabeça é atordoamento garantido independente da força da arma e dificuldade, e tiros em outras partes do corpo no mínimo provocam reação dos inimigos. No Remake os inimigos passam a sensação de serem “esponjas de bala” eles levam dano, mas frequentemente isso não é comunicado ao jogador de forma visual e interativa. Poucas vezes acontece de inimigos no Remake precisarem de apenas um tiro na cabeça para serem atordoados, frequentemente precisam de dois ou três tiros, é aleatório e imprevisível e extremamente frustrante quando esse tipo de coisa acontece com vários inimigos ao seu redor, isso sem nem falar de tiros em outras partes do corpo. No OG quando você está cercado por vários inimigos independentemente de serem comuns ou não, misturados com mais fortes, são situações divertidas e dado o tanto de vezes que acontece não é nada impossível de passar, mas no remake costuma ser frustrante.

A faca é a estrela do jogo no combate, pois pode ser usada para aparar golpes inimigos e matar inimigos que estão de costas. Isso é uma inclusão genial e extremamente satisfatória principalmente próximo do fim do jogo. Originalmente neste ponto do texto eu falava que a faca causava muitos problemas por conta da durabilidade, eu retiro o que disse pois ao rejogar o jogo percebi que não é o caso. Tem facas descartáveis em abundância nesse jogo, em vários momentos meu inventário ficou cheio de facas, é questão de usar a faca como último recurso e não pra brincar de Sekiro dando parry em tudo.



Conclusão

Resident Evil 4 Remake é um jogo incrível que oferece uma experiência distinta em relação ao OG. Ambos os jogos são dignos de serem jogados pelo menos uma vez na vida. A Capcom acertou em cheio com esse remake, principalmente na história, que recebeu vastas melhorias em apresentação, diálogos, tom e personagens. O gameplay é ainda melhor do que todos os RE que saíram depois do 7, embora apresente algumas falhas, como o atordoamento inconsistente. Comparado com o Village, que é muito parecido com RE4, o remake é superior em muitos aspectos, como em crafting e na progressão de armas. No RE4, cada arma tem seu ponto forte e todas são úteis, permitindo que o jogador escolha por preferência, em vez de se guiar apenas por números de status. Por fim ainda deixei de fora da análise algumas outras coisas como o excelente fator de replay, realmente não imaginava que iria jogar tanto esse jogo. Isso é prova do quão grande e cheio de conteúdo esse jogo é, tinha tanta coisa para falar que a Steam me fez cortar metade do texto fora. Excelente em tudo do início ao fim com poucas falhas, este é Resident Evil 4 Remake.

9/10
Posted 16 April, 2023. Last edited 3 May, 2023.
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0.4 hrs on record (0.4 hrs at review time)
UOHHHHHHHH!!! NOBETA'S CUTE AND FUNNY 😭😭😭
Posted 1 October, 2022.
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cute yo-yo boy is incredibly fun to play as.
Posted 10 September, 2022. Last edited 10 September, 2022.
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154.3 hrs on record (121.3 hrs at review time)
Elden Ring é uma obra-prima que redefine o gênero de mundo aberto, mas possui falhas graves no fim da jornada.

Por mais de 2 meses estive jogando possivelmente o maior jogo já feito. Como alguém que terminou todos os jogos da FromSoft, fiquei maravilhado com o universo de Elden Ring se tratando do tamanho de mapa, a quantidade de conteúdo de boa qualidade presente, a lore meticulosamente construída, entre outras coisas. Esse fascínio pela grandeza de Elden Ring nunca passou, mas me deixou um tanto quanto cansado após terminar o jogo.

História
Nesse aspecto eu não vou elaborar muito, pois parte da graça desses jogos é construir sua interpretação da história.

Seu objetivo é recuperar os fragmentos do Elden Ring que estão com semideuses e reconstruí-lo para se tornar Elden Lorde instaurando uma nova ordem no mundo.

O que eu acho que Elden Ring faz melhor que outros Souls é dar mais sentido a sua jornada. Leva um tempo até você perceber que a história está indo a algum lugar mas através de acontecimentos que você causa no mundo e suas interações com NPCs, coisas acontecem e você sente isso de forma forte porque no fim tudo acontece por sua causa. A história ainda é muito vaga, mas depois de Sekiro é o jogo da FromSoft com maior clareza na história.

A lore é imensa, bem construída e pedaços dela podem ser encontrados nas descrições de itens.

Exploração
O grande destaque desse jogo é o mundo aberto que é imenso, belíssimo e variado parece que o jogo nunca acaba, mas esse mundo enorme é recheado de conteúdo que você descobre naturalmente ao invés de ser tudo marcado no mapa de bandeja como na maioria de jogos mundo aberto. Isso que dá o senso de aventura incomparável deste jogo, nenhum jogo faz isso igual, de início é meio assustador mas aí você vai achando cavernas, tumbas, torres, teleportes, e com o tempo você começa a aprender a entender o mapa, você olha pra ele e é capaz de dizer “esses rabiscos marcam ruínas e minas”.

Existem “legacy dungeons” no mapa, dungeons gigantes como um castelo, academia de bruxos, uma cidade gigante, similares a jogos anteriores da FromSoft.

A parte boa é que viajar pelo mundo é divertido, temos nosso cavalo companheiro que consegue dar pulo duplo e parece uma extensão do jogador em termos de controle.

Combate
A variedade de builds que podem ser feitas em Elden Ring sejam elas melee ou focadas em magia possuem uma ampla variedade, trazendo uma expressividade que faz com que cada jogador possa ter um estilo próprio e até mesmo construir uma build em volta de uma única arma. Os talismãs que podem ser até 4 equipados contribuem para isso tendo uma ampla gama de efeitos.

Existem mecânicas novas como reprisal com escudos pesados, stealth, e as artes de guerra que são uma melhoria em cima de algo parecido do Dark Souls 3. Todas opções novas ótimas e bem incorporadas.

É claro, o gerenciamento de stamina e HP durante o combate fazem um retorno. Os inimigos são muito agressivos e batem muito forte, só que você também bate, mas você precisa tomar cuidado para se curar na hora certa, não ficar sem stamina na hora errada, e defender na hora certa.

Elden Ring é um jogo difícil, mas por ser mundo aberto você pode superar vários obstáculos simplesmente saindo do caminho da história e ir explorar por umas horas, você provavelmente vai aprender a jogar melhor também fazendo isso. Esse é um aspecto bom e ruim, bom pois você pode fazer praticamente qualquer coisa que quiser desde o início do jogo mas ruim porque é provável que em algum ponto do jogo você vai estar muito acima do level recomendado e simplesmente destruir tudo em seu caminho por um bom tempo.

Um problema inesperado
Elden Ring é simplesmente grande demais, e isso em teoria não seria algo ruim, mas o jogo se estende demais e sofre uma queda enorme na qualidade depois da Capital de Leyndell que é o ápice do jogo. O mapa que segue Leyndell, a Montanha dos Gigantes, é basicamente uma coleção de tudo que há de ruim em Elden Ring em seus momentos finais. O mapa é vazio e chato de atravessar se comparado a áreas anteriores, não há de novo para ser encontrado, todos os inimigos passam a ser reskins de inimigos antigos, chefes são reciclados e frequentemente colocados em dupla numa forma de aumentar a dificuldade artificialmente, boss runs são trazidas de volta (ter que andar uns 30 segundos pra voltar pro chefe).

Esse pedaço da montanha é enorme e desanima, é uma pena pois o que vem depois é ótimo, a Árvore Sacra que guarda o superboss desse jogo é facilmente uma das Top 3 dungeons do jogo, e Farum Azula é uma boa dungeon final.

Na reta final não existe o cuidado que a FromSoft teve com os chefes até Leyndell, ou os de Dark Souls 3, Bloodborne e Sekiro. No fim do jogo existem chefes que fazem combos por 30 segundos e quando você pensa ter uma janela pra bater é mais provável que eles façam outro combo enorme imediatamente, ou não, é inconsistente. Em discussões online quando alguém diz que ama tal chefe de Elden Ring essa afirmação sempre vem acompanhada de um “apesar de”.

Conclusão
Elden Ring é um jogo com uma abordagem revolucionária no mundo aberto em escala e conteúdo, traz um combate perfeito, vários chefes marcantes apesar de alguns se destacaram por terem uma qualidade duvidosa, e é uma experiência muito além de qualquer jogo que saiu entre 2019 e 2022 (exceto Persona 5 Royal que é meu jogo favorito hehe). A exploração resgatou o que eu sentia falta de Dark Souls 1 e isso é o maior elogio que posso dar, fantástico.

9/10
Posted 1 July, 2022. Last edited 1 July, 2022.
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38.0 hrs on record (12.0 hrs at review time)
Mega Man X Dive é divertido e ajuda a matar a sede por jogos novos da série X

Primeiramente, caso você não saiba este é um jogo gacha, um tipo de jogo no qual você libera personagens e armas através de um "caça-níquel" que é ativado com a moeda do jogo, a qual pode ser comprada, por este motivo a progressão desses jogos costumam ser mais lentas. Além de ter outras micro transações, que existem para acelerar partes deliberadamente chatas da progressão como melhorar armas, skills, upar personagens. Você não é obrigado a gastar dinheiro mas vai ter que ter mais paciência para alcançar seus objetivos dentro do jogo. Felizmente não acho que esse jogo seja um inferno em que você é obrigado a jogar como um condenado se for um player gratuito.

Gameplay
Até o momento joguei uma quantia razoável do Mega Man X Dive. O que posso dizer é que o jogo é divertido e nostálgico, o gameplay é bem parecido com o X mesmo e você joga versões refeitas de fases da série Mega Man, tem personagens de toda a franquia com habilidades diferentes. Além de ter fases coop, desafios contra chefes, quase 200 desafios na Jakobs Tower do MMX8. A única parte ruim é o PVP que é muito ruim e desbalanceado, fora a latência terrível, mas felizmente você não precisa vencer pra ganhar as recompensas diárias. Pra mim isso basta, se eu conseguir chegar no fim da história sem gastar dinheiro e conseguir alguns dos meus personagens favoritos no caminho já ficarei feliz.

Aspecto Gacha
Nesse jogo talvez eu tenha dado muita sorte, comecei a jogar no evento de aniversário pouco depois de sair na Steam e peguei vários Rank S. Entretanto, o jogo aparenta ser bem beginner-friendly e as chances de tirar algo bom é razoável, mesmo que você pegue alguma coisa duplicada isso é vantajoso. Como um jogador novo você ganha bastante recurso em pouco tempo te dando a possibilidade de tentar a sorte várias vezes, além de ganhar 2 tickets por login diário que te dão 2 personagens Rank S gratuitos. Minha dica para novatos é acumular EM e esperar por DIve Fests que aumentam as chances de tirar personagens Rank S, não gaste seus EMs em banners que só tem chance aumentada pra um único personagem a não ser que você-o queira muito mas muito mesmo.

Conclusão
Bom é isso, caso eu mude de opinião sobre o jogo eu vou atualizar a análise, mas por enquanto estou gostando. É bem divertido jogar um jogo em que os personagens de Mega Man de todas as gerações estão reunidos. Só espero que venha um jogo novo do Mega Man X em breve.

Eu recomendo o “Canal do Hollow” e "Jogando Fácil" no Youtube para ver dicas sobre o jogo, notícias, e também o Subreddit MMXDive.

7.5/10
Posted 12 April, 2022. Last edited 17 April, 2022.
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18.8 hrs on record (13.1 hrs at review time)
Ninja Gaiden Sigma 2 adiciona e retira coisas do NG2 original, mas ainda entrega um jogo muito divertido com um sistema de combate impecável e missões com localizações bem variadas.

Pequeno comentário a respeito do estado técnico do jogo pós-atualizações.

Honestamente eu não acreditava que a Koei Tecmo autorizaria os devs a atualizarem esse port, levando em consideração outros jogos da empresa, mas eles atualizaram e deixaram "bom o suficiente", então tiro meu chapéu para eles apesar de estar bravo pois o lançamento desse jogo que era pra ser um retorno dessa franquia, foi um fiasco para nós jogadores de PC, tanto que esta análise era negativa anteriormente.

O port agora tem opções gráficas de resolução, 1440p foi adicionado, V-sync, AA, etc., as resoluções ainda são 1080p, 1440p e 4K, mas todos os três jogos são extremamente bem otimizados, uma GT 1030 já dá conta de rodar a 1080p 60fps com tranquilidade.

A polêmica versão Sigma 2:

Ninja Gaiden Sigma 2 foi originalmente lançado para o PS3 em 2009 e é uma versão "especial" do NG2 que foi lançado exclusivo de X360. A versão presente nesta coleção é baseada na Sigma Plus do Vita que adiciona três missões novas estreladas pelas garotas da série. Até aqui tudo certo, mas é importante saber que a versão Sigma é muito polêmica entre os fãs de NG2 e por motivos bem sérios, pois NGS2 adiciona e subtrai coisas do jogo original, entre elas o gore do jogo que foi censurado e substituído por "névoas roxas", e a quantia de inimigos por área que mesmo nas dificuldades mais altas é drasticamente reduzido, e certas missões foram alteradas drasticamente. Isso é algo que você precisa ter em mente, NGS2 não é a mesma coisa que o original e o consenso geral é que esta versão é bem inferior ao original, pois todas essas mudanças foram feitas pois o PS3 não aguentava rodar a versão original projetada para o X360, então tiveram que capar bem o jogo, e como resultado momentos icônicos como a escadaria que lotava de tanto inimigo e fritava os X360, foram perdidos. A única esperança de podermos ter algum dia uma experiência similar a versão original está nos mods, e ainda bem que muitos modders já estão divulgando coisas bem interessantes.

EDIT[09/11/2021]: Para aqueles que desejam uma experiência mais parecida com o NG2 original, foi lançado um mod chamado NGS2 Black Edition que ajusta os spawns de inimigos para ficarem mais parecidos com o do NG2 entre outras coisas, ele é balanceado para a dificuldade Master Ninja.

Gameplay:

Controvérsias de lado, se você comprar a coleção não há motivo para não jogar NGS2, ainda é um jogo de ação sólido com um combate extremamente bem feito, brutal e satisfatório. O grande diferencial desse jogo é o sistema de desmembramento que permite que você corte membros do corpo dos inimigos, deixando-os vulneráveis a um ataque de finalização, porém eles ficam mais agressivos e se comportam de maneiras diferentes podendo causar muito dano se você não os matar rápido. Combine isso com o fato de que todos os inimigos podem atacar ao mesmo tempo, forçando você a prestar atenção nos inimigos que estão desmembrados enquanto lida com os que ainda estão normal.

É claro que o jogo também fornece ferramentas para você lidar com a natureza caótica do combate. Existem várias armas no jogo como a Espada Dragão, Foice Eclipse, Nunchaku, etc., e a parte divertida é que todas as armas são balanceadas de forma que você pode terminar o jogo usando só uma delas, embora algumas sejam melhores em certas situações, mas você nunca se sente como se fosse forçado a usar uma arma que você não goste. Todas as armas têm vários combos e é meio estranho se acostumar com os golpes com inputs de movimento no meio (apertar frente no analógico), é importante que você cheque a lista de golpes para entender melhor o que está fazendo, mas é bem fluído os ataques e animações.

Existem outras mecânicas no combate também, mas não vou a fundo nisso, mas se você entende inglês e quer entender como jogar melhor o jogo, procure por "Stinger Magazine: How to enjoy playing Ninja Gaiden" no Google, é um artigo para iniciantes que ensina o principal sobre o combate de cada jogo da coleção e com várias dicas.

Conclusão

Ninja Gaiden Sigma 2 é um jogo ação competente que peca em relação a sua versão original, as missões com as personagens femininas não são uma adição boa o suficiente para compensar tudo que foi retirado, pois nem tem como jogar com elas em todas as missões. O que eu elogio é que o espírito do jogo de ser uma jornada ninja épica não foi perdido, cada missão temos cenários diferentes e bem legais com inimigos diferentes, um desafio que se eleva do início ao fim forçando o jogador a se adaptar rapidamente e evoluir suas habilidades de combate.

7/10
Posted 10 June, 2021. Last edited 9 November, 2021.
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