Completo e imersivo — é assim que eu brevemente descreveria essa obra-prima —, que consegue ser extremamente apaixonante e relacionável desde o início.

Em Roadwarden, seu personagem é uma espécie de mensageiro/ranger, recebendo a mesma denominação que o título do jogo. Você possui uma missão até então simples: desbravar a península e conhecer seus ermos e habitantes, na busca por informar a sua guilda e ajudar da melhor maneira possível; tornando os planos de expansão para tais terras, uma tarefa mais fácil.

Importante notar a imersividade que Roadwarden proporciona: ao colocar nas mãos do jogador as tomadas de decisões e investigações que acarretarão no destino daquelas terras e seus habitantes; bem como, usando de recordações e escolhas, traça o seu passado e determina sua classe e áreas de conhecimento, fazendo com que novas sessões de jogo acabem sendo no mínimo tentadoras, e, apesar do risco de repetição em determinadas ações, dá pra jogar facilmente uma segunda vez, graças, principalmente, às opções de mecânicas desbloqueadas com outros backgrounds e a ordem em que é possível escolher explorar o mapa.

Há sempre novas maneiras de utilizar e aprimorar suas habilidades (inerentes ou não ao seu passado), diversas abordagens possíveis, e possibilidades de interpretação (incluindo abandonar suas crenças e valores na busca pelos mais variados caminhos).

O worldbuilding, narrativa, escrita e personagens são simplesmente perfeitos. Isso, aliado a uma bela trilha sonora, mecânicas, e um estilo visual retrô para RPGs do gênero, faz com que esse jogo tenha um espaço quentinho e aconchegante no meu coração.

Roadwarden é um RPG de texto verdadeiramente único, e, sem dúvidas, um must-have.