Para fechar a tão consagrada saga Bioshock, nada poderia ser melhor do que Bioshock Infinite; digno de todos seus prémios e crítica, indispensável na biblioteca de qualquer pessoa que aprecie de um bom jogo.




BioShock é fascinante, mas mesmo assim ele tem um probleminha ou outro. Eu pensei muito em defeitos para ele e cheguei a três pontos principais:

Ele é muito fácil, em todas as dificuldades que você escolher com certeza vai prosseguir sem problemas. Eu joguei o jogo pela primeira vez no Médio e zerei com um minúsculo número de mortes, agora estou jogando pela segunda vez no Difícil e continuo praticamente não tendo problema nenhum. Outro problema é uma coisa que para muitos que jogam passa despercebida.

Durante o jogo você acaba tendo alguns aliados e se você testar e mata-los você verá que isso simplesmente não afeta em nada no desenrolar da história. Você pode simplesmente matar todos os seus aliados (menos a Elizabeth, pois ela não recebe danos seus) e continuar sendo visto como um aliado e ninguém vai nem se importar com todos os amigos morrendo. Mas mesmo tendo este problema na inteligência artificial, ela consegue compensar em outros pontos que eu direi mais para frente.

As escolhas estão presentes em muitos outros jogos, incluindo os próprios jogos da franquia BioShock, mas nestes elas realmente mudam o trajeto que você irá percorrer ao longo da história. Já no Infinite, há escolhas que acabam se revelando completamente insignificantes, já que mesmo fazendo todas as combinações de escolhas você sempre terá um único final (que de forma nenhuma é um final ruim). O jogo funcionaria muito bem sem essas escolhas ou com escolhas que realmente impactem na história.




O jogo tem ótima e envolvente trilha sonora que casa muito bem com a ambientação e a época do jogo, tendo até uma música como vencedora como vencedora do VGA (Video Game Awards) como melhor música em um jogo.

O gráfico também tem uma drástica melhora em comparação aos antigos Bioshock e não deixa nada a desejar quando comparamos o Infinite com os outros jogos da mesma época e até acaba sendo um dos jogos mais bonitos. A paleta de cor utilizada no jogo contém cores muito vivas e dão um aspécto muito agradável ao mundo de Bioshock, coisa que se contrapõem aos Bioshocks anteriores, onde havia um clima próximo ao de terror, com cores mais escuras, o que de maneira nenhuma os prejudicava, pois se encaixava perfeitamente nos contextos dos jogos. A arte do jogo acompanha a mudança da paleta de cores, diminuindo o clima de terror que os últimos jogos traziam.

A jogabilidade continua muito flúida e quase não teve mudanças em relação aos jogos anteriores. Para os que já estão acostumados aos FPSs não terão problemas para se acostumar ao jogo. O que realmente diferencia sua jogabilidade de um outro FPS é a mecânica de "ataques especials", ou vigores, no caso do jogo, que são habilidades variadas que dão uma dinâmica única ao combate.

O enredo do jogo é realmente o ponto mais forte. O jogo tem uma ótima trama com uma história muito bem desenvolvida, onde você percorre todo o jogo com várias pontas abertas, para que no final todas elas se entrelaçem num plot coeso. A maneira como tudo está entrelaçado desde a primeira cena (literalmente a primeira cena) do jogo até o ultimo minuto e que cada detalhe que você vai notando e acaba deixando passar, muitas vezes é uma peça chave para a trama.

A atmosfera do jogo é, para mim, um outro ponto muito importante no jogo, tão relevante quando o enredo. Com toda a ambientação e a ótima trilha sonora você realmente se dentro do jogo. A imersão que ele te proporciona é de uma qualidade vista em poucos jogos já feitos. É altamente indicado o uso de um bom fone de ouvido e total atenção no que se passa, para poder obter o potencial total que o jogo pode te proporcionar.

Os personagens de BioShock são muito carismáticos e rapidamente conseguem te cativar, principalmente quando se fala da dupla principal, com personalidades únicas. Se há uma coisa que BioShock faz muito bem é o desenvolvimento de personagens, que são pessoas completamente diferentes ao final do jogo.

A inteligência artificial do jogo tem lá seus problemas, como eu já disse no início da análise, mas eu não posso deixar passar despercebida a excelente inteligência dos inimigos e principalmente de Elizabeth. Você percebe que os inimigos realmente tem estratégias, de pegar cobertura se movimentar estrategicamente e de tentar sempre te flanquear. A Elizabeth, além de também ter uma ótima movimentação em combate, acaba impressionando o jogador, que sempre pensa que ela seria a "princesa em perigo" e acaba mostrando se contrário. Durante as batalhas ela te da suporte com seus poderes, encontrando munição para sua arma, kits médicos e outros itens para você.



Para os muitos que se perguntam se é necessário ter jogando os BioShocks anteriores, a resposta é NÃO.
Mesmo tendo várias referências aos anteriores, os universos dos jogos da série acontecem em linhas temporais diferentes, ou seja, mesmo sendo o mesmo universo os acontecimentos que ocorrem em um não necessariamente ocorrem no outro. Além de que acontecem com um grande intervalo de tempo entre eles.
Mas é claro, é sempre indicado jogar os dois primeiros jogos antes de colocar as mãos no terceiro, para poder absorver todas as minúcias que a história te entrega.


Se você tem interesse de jogar as DLCs lançadas para o jogo (o que eu altamente indico, pois elas são sensacionais), é necessário ter jogado os dois Bioshocks anteriores (sobretudo o primeiro), pois a DLC vai relacionar a história presente nos três jogos da trilogia.


Veredito:
Nota -

[b]Para fechar a tão consagrada saga Bioshock, nada poderia ser melhor do que Bioshock Infinite; digno de todos seus prémios e crítica, indispensável na biblioteca de qualquer pessoa que aprecie de um bom jogo.[/b] [h1]O que eu não gostei no jogo/achei desnecessário:[/h1] [b]BioShock é fascinante, mas mesmo assim ele tem um probleminha ou outro. Eu pensei muito em defeitos para ele e cheguei a três pontos principais:[/b] [h1]Dificuldade[/h1]Ele é muito fácil, em todas as dificuldades que você escolher com certeza vai prosseguir sem problemas. Eu joguei o jogo pela primeira vez no Médio e zerei com um minúsculo número de mortes, agora estou jogando pela segunda vez no Difícil e continuo praticamente não tendo problema nenhum. Outro problema é uma coisa que para muitos que jogam passa despercebida. [h1]Incoerência em parte da Inteligência Artificial (IA)[/h1]Durante o jogo você acaba tendo alguns aliados e se você testar e mata-los você verá que isso simplesmente não afeta em nada no desenrolar da história. Você pode simplesmente matar todos os seus aliados (menos a Elizabeth, pois ela não recebe danos seus) e continuar sendo visto como um aliado e ninguém vai nem se importar com todos os amigos morrendo. Mas mesmo tendo este problema na inteligência artificial, ela consegue compensar em outros pontos que eu direi mais para frente. [h1]Escolhas[/h1]As escolhas estão presentes em muitos outros jogos, incluindo os próprios jogos da franquia BioShock, mas nestes elas realmente mudam o trajeto que você irá percorrer ao longo da história. Já no Infinite, há escolhas que acabam se revelando completamente insignificantes, já que mesmo fazendo todas as combinações de escolhas você sempre terá um único final (que de forma nenhuma é um final ruim). O jogo funcionaria muito bem sem essas escolhas ou com escolhas que realmente impactem na história. [h1]Qualidades e pontos positivos:[/h1] [h1]Trilha Sonora[/h1]O jogo tem ótima e envolvente trilha sonora que casa muito bem com a ambientação e a época do jogo, tendo até uma música como vencedora como vencedora do VGA (Video Game Awards) como melhor música em um jogo. [h1]Gráficos e Arte[/h1]O gráfico também tem uma drástica melhora em comparação aos antigos Bioshock e não deixa nada a desejar quando comparamos o Infinite com os outros jogos da mesma época e até acaba sendo um dos jogos mais bonitos. A paleta de cor utilizada no jogo contém cores muito vivas e dão um aspécto muito agradável ao mundo de Bioshock, coisa que se contrapõem aos Bioshocks anteriores, onde havia um clima próximo ao de terror, com cores mais escuras, o que de maneira nenhuma os prejudicava, pois se encaixava perfeitamente nos contextos dos jogos. A arte do jogo acompanha a mudança da paleta de cores, diminuindo o clima de terror que os últimos jogos traziam. [h1]Jogabilidade[/h1]A jogabilidade continua muito flúida e quase não teve mudanças em relação aos jogos anteriores. Para os que já estão acostumados aos FPSs não terão problemas para se acostumar ao jogo. O que realmente diferencia sua jogabilidade de um outro FPS é a mecânica de "ataques especials", ou vigores, no caso do jogo, que são habilidades variadas que dão uma dinâmica única ao combate. [h1]Enredo[/h1]O enredo do jogo é realmente o ponto mais forte. O jogo tem uma ótima trama com uma história muito bem desenvolvida, onde você percorre todo o jogo com várias pontas abertas, para que no final todas elas se entrelaçem num plot coeso. A maneira como tudo está entrelaçado desde a primeira cena (literalmente a primeira cena) do jogo até o ultimo minuto e que cada detalhe que você vai notando e acaba deixando passar, muitas vezes é uma peça chave para a trama. [h1]Atmosfera[/h1]A atmosfera do jogo é, para mim, um outro ponto muito importante no jogo, tão relevante quando o enredo. Com toda a ambientação e a ótima trilha sonora você realmente se dentro do jogo. A imersão que ele te proporciona é de uma qualidade vista em poucos jogos já feitos. É altamente indicado o uso de um bom fone de ouvido e total atenção no que se passa, para poder obter o potencial total que o jogo pode te proporcionar. [h1]Personagens[/h1]Os personagens de BioShock são muito carismáticos e rapidamente conseguem te cativar, principalmente quando se fala da dupla principal, com personalidades únicas. Se há uma coisa que BioShock faz muito bem é o desenvolvimento de personagens, que são pessoas completamente diferentes ao final do jogo. [h1]Inteligência Artifical (IA)[/h1]A inteligência artificial do jogo tem lá seus problemas, como eu já disse no início da análise, mas eu não posso deixar passar despercebida a excelente inteligência dos inimigos e principalmente de Elizabeth. Você percebe que os inimigos realmente tem estratégias, de pegar cobertura se movimentar estrategicamente e de tentar sempre te flanquear. A Elizabeth, além de também ter uma ótima movimentação em combate, acaba impressionando o jogador, que sempre pensa que ela seria a "princesa em perigo" e acaba mostrando se contrário. Durante as batalhas ela te da suporte com seus poderes, encontrando munição para sua arma, kits médicos e outros itens para você. [b]Para os muitos que se perguntam se é necessário ter jogando os BioShocks anteriores, a resposta é NÃO.[/b] Mesmo tendo várias referências aos anteriores, os universos dos jogos da série acontecem em linhas temporais diferentes, ou seja, mesmo sendo o mesmo universo os acontecimentos que ocorrem em um não necessariamente ocorrem no outro. Além de que acontecem com um grande intervalo de tempo entre eles. Mas é claro, é sempre indicado jogar os dois primeiros jogos antes de colocar as mãos no terceiro, para poder absorver todas as minúcias que a história te entrega. [h1]Adendo:[/h1] Se você tem interesse de jogar as DLCs lançadas para o jogo (o que eu altamente indico, pois elas são sensacionais), é necessário ter jogado os dois Bioshocks anteriores (sobretudo o primeiro), pois a DLC vai relacionar a história presente nos três jogos da trilogia. Veredito: Nota - [h1]9,5[/h1]