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73.1 hrs on record (65.2 hrs at review time)
Uma excelente continuação!

Rise of the Tomb Raider, continuação da aclamada releitura de 2013, desenvolvido novamente pela Crystal Dynamics em parceria Eidos-Montréal, lançado exclusivamente para XOne e Xbox 360 em novembro de 2015, ganhando versões para PC e PS4 em 2016.

Na trama vemos a ainda jovem Lara Croft obcecada com a Fonte Divina, artefato que seu pai dedicou a vida tentando encontrar. Sua jornada a leva a Sibéria e à cidade perdida de Kitej, porém uma organização secreta autodenominada Trindade também está em busca da Fonte, revelando-se os grandes antagonistas da heroína.

A narrativa é bem conduzida e interessante, dando um novo objetivo para Lara, que se torna mais pessoal conforme a trama se desenvolve, por envolver o passado do pai da protagonista. Claramente mais madura, Lara tem que lidar com desafios maiores, novas perdas e escolhas difíceis que moldarão ainda mais a jovem Lara Croft. A organização Trindade foi uma boa adição à narrativa, por dar um peso maior para os antagonistas da trama, apesar do personagem Konstantin não ser tão carismático quanto o Mathias do game anterior.

Em termos de mecânicas e jogabilidade o game mantém a fórmula estabelecida no título anterior, sendo extremamente reconhecível. Logicamente que há um refinamento no gameplay, com melhorias e pequenas adições, mas no fim se trata do mesmo jogo em uma ambientação diferente, não que isso seja ruim, de maneira alguma. Temos novas armas, novas melhorias, novos inimigos e novos desafios, mas para os jogadores do primeiro game desta "nova" trilogia Rise será facilmente dominado.

Mas sem dúvida uma melhora significativa deste novo game foi o fator exploração, a nossa amada heroína deixa de ser apenas uma sobrevivente e se torna uma guerreira, mas a sua essência é e sempre será de exploradora e aventureira e essa faceta da personagem é perfeitamente atendida em Rise. Lara pode aprender novos idiomas, traduzir monumentos, coletar artefatos e explorar tumbas e ruínas, resolvendo puzzles simples, mas criativos, tudo de forma orgânica com a campanha.

A grande novidade fica com os novos modos de jogo, deixando de lado o multiplayer competitivo do primeiro game e adicionando desafios de pontuação, onde o jogador poderá repetir trechos da campanha com modificadores diversos. Outro modo adicionado posteriormente foi o intitulado "Resistência" onde Lara se encontra e um amplo ambiente hostil e tem que sobreviver a temperatura extrema, enquanto explora o cenário em busca de tumbas e tesouros, tal modo pode ser jogado de forma solo ou cooperativamente e tem as características de games de sobrevivência, onde acumular recursos é essencial, um ótimo modo que garante boas horas de diversão.

O visual é excelente, tanto em termos de ambientação, com cenários amplos e muito bem detalhados, quanto em termos de expressões faciais, que estão ainda mais realistas em relação ao game anterior. Unido a excelente dublagem sem dúvida Rise of the Tomb Raider é um dos games mais belos e expressivos dos últimos anos, envelhecendo muito bem nos seus quase dez anos de vida.

O sistema de melhorias retorna e amplifica as habilidades de Lara e dando uma ótima sensação de progressão. A dificuldade é bem acessível, mesmo nos níveis mais altos, tornando-se desafiadora apenas em momentos específicos de ação, onde pequenas falhas causam a morte instantânea da personagem, ou quando há uma quantidade expressiva de inimigos, mas nada que o jogador não consiga contornar em algumas poucas tentativas.

Rise of the Tomb Raider é um excelente game de aventura e ação, fazendo jus ao seu antecessor, trazendo uma história mais madura e pessoal, com uma gameplay sólida, melhorando levemente em relação ao seu antecessor e equilibrando de forma bastante consistente os momentos de ação com a exploração peculiar que consagrou a franquia. Com certeza é um game que merece ser jogado ainda hoje.

"Estou disposta a fazer o sacrifício." - Lara Croft


Informações adicionais:
  • Nota geral: 09.
  • Tempo dedicado ao jogo: 65 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 99 de 143.
  • Dificuldade: Acessível.
  • Fica a dica: Não jogue na dificuldade mais alta de primeira, pois tal dificuldade se torna frustrante devido ao seu sistema de salvamento.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? A edição completa sem dúvida vale o preço atual, mas com 50% off eu diria que é indispensável.
  • Modo de jogo: Solo, com um modo específico em coop.
  • Tradução: Dublado e legendado em português do Brasil.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Para mais análises siga a Curadoria Gamers do Brasil
Posted 30 January.
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36 people found this review helpful
1 person found this review funny
79.7 hrs on record (41.5 hrs at review time)
Uma releitura perfeita!

Normalmente tento ser o máximo impessoal nas minhas análises, mas alguns games isso se torna muito difícil devido ao impacto que o título gera. O remake de Resident Evil 4 sem dúvida é um bom exemplo disto, tanto pela alta expectativa gerada, quanto pelo fato do game original ter sido o primeiro título da franquia que tive contato. Desenvolvido pela Capcom e lançado no final de março de 2023, com versões para PC, PS4, PS5 e Xbox Series X | S, o remake de Resident Evil 4, sem dúvida um dos games mais aguardados do ano, já sendo considerado um dos fortes candidatos ao game do ano.

Para os não familiarizados com a trama de Resident Evil 4, temos o retorno de Leon Kennedy, que após os acontecimentos de Resident Evil 2 se torna um agente altamente treinado do governo e ganha a missão do próprio presidente dos Estados Unidos de resgatar a sua filha. O game inicia justamente com Leon chegando em uma isolada vila no interior da Europa e ao investigar o local se depara com uma assustadora seita e seus experimentos macabros. A trama em relação ao original foi extremamente respeitada, atualizando alguns diálogos e dando maior espaço para alguns personagens, como Luis Sera, que continua canastrão, mas ganhando maior importância para a narrativa e a própria Ashley, que continua indefesa e dependente de Leon, mas tornando-se bem mais carismática e suportável que a original.

Sendo direto e objetivo, Resident Evil 4 é satisfatoriamente fiel ao jogo original, ao mesmo tempo que consegue transmitir a uma sensação de novidade recompensadora. É como se jogássemos o mesmo jogo, porém diferente. Sim eu sei é contraditório, mas o Remake de RE4 consegue satisfazer tanto os puristas que desejavam um game extremamente fiel ao original, quanto os ávidos por uma necessária atualização.

O game mantém a essência do original, não só narrativamente, mas estruturalmente, alternando momentos de exploração e resolução de puzzles, com momentos de ação intensa. Mudando alguns pequenos elementos, ou sequência de acontecimentos para dar a sensação de novidade necessária. Apenas para dar um exemplo, a icônica luta com El Gigante, onde contamos com a ajuda de um Lobo branco continua acontecendo, porém o momento que salvamos o lobo acontece em um trecho diferente do game. Mas vale mencionar que alguns cortes foram feitos, a surreal cena do Leon desviando de laser ficou de fora, assim como a vergonhosa e sem sentido cena com o robô gigante do Salazar, porém tais cortes foram pequenos e diria até mesmo necessários, não prejudicando em nada a experiência como um todo. Sem dúvida a Capcom ouviu as críticas quanto aos cortes exagerados do remake de Resident Evil 3.

Visualmente o game está impecável, a RE Engine demonstra mais uma vez que é uma Engine perfeita para a série Resident Evil. Os modelos dos personagens, tanto dos principais, quanto dos secundários estão muito bem detalhados e impressionam. Mas o maior ganho dessa releitura é na melhora das mecânicas de gameplay. Por mais que o game original tenha sido revolucionário em vários aspectos é inegável que sua jogabilidade envelheceu rapidamente, tornando-se dura e pouco dinâmica. O remake consegue isso de forma excelente, atualizando a jogabilidade e adicionando novas mecânicas. Indo muito além do que só permitir a movimentação enquanto se mira e atira, mas adicionando movimentos de esquiva, de bloqueio e até mesmo um porquinho de furtividade. A física dos objetos é um show à parte, com Leon podendo não só aparar, mas desviar de objetos atirados contra eles.

Essencialmente é o mesmo jogo, com a mesma estrutura narrativa e sequência de eventos. Passamos pela Vila, depois Castelo e por fim a Ilha. Os locais são extremamente reconhecíveis, mas toda a estrutura dos cenários foram refeitas, expandido e adicionando novos locais, tornando a exploração do game bastante satisfatória, tanto por buscar reconhecer os ambientes do original, quanto para ser surpreendido com os lugares inéditos. Citando dois exemplos que se destacaram para mim, temos a região do lago que ficou incrivelmente explorável e o Castelo, que no original sempre achei desinteressante, mas no remake ganhou um novo tom.

Sem dúvida o tom do game original era um elemento que deveria ser alterado nessa nova versão. De certa forma a Capcom entregou um título bem mais sombrio e assustador que o original, que tinha um foco claro na ação. Em RE4 Remake temos uma ambientação mais sombria e aterradora e mesmo os icônicos ganados estão mais assustadores, inclusive temos a adição de novos inimigos e variações inusitadas. Porém tenho que confessar que achei que a Capcom foi tímida na mudança do tom do remake, pois no final do dia RE4 continua sendo um jogo de ação, principalmente por incentivar a utilizar todos os recursos de combate possíveis. Não se engane, o game ganhou um ar mais aterrador, mas no final do dia, continua sendo um game de ação.

Em termos de gestão de recursos o game mantém o satisfatório sistema de melhorias do original, com o arsenal de armas clássico e algumas adições novas. O icônico mercador está presente, permitindo ao jogador vender todos os tesouros encontrados para poder adquirir melhorias no arsenal e equipamentos. É um sistema simples e funcional, que incentiva a exploração e dá uma ótima sensação de progressão.

Um último ponto que gostaria de comentar é quanto a duração da campanha. Como estruturalmente temos um o mesmo jogo, a duração do remake é bem semelhante a do original e mesmo tendo jogado incansavelmente o original, sempre achei que ele se alongava desnecessariamente. Tive o mesmo sentimento com o remake, esclarecendo que de maneira alguma considero o game cansativo, muito pelo contrário ele é prazeroso de se jogar do inicio ao fim, inclusive proporcionando um bom fator replay. Porém, olhando para a campanha como um todo, a percepção é que alguns trechos poderiam ser facilmente cortados sem prejudicar o resultado final.

O remake de Resident Evil 4 é simplesmente excelente, entregando tudo aquilo que os fãs esperam de um bom remake, uma releitura que respeita a essência do original, ao mesmo tempo que atualiza não só o visual, mas as suas mecânicas. Resident Evil 4 é atual, sem deixar de ser nostálgico e prazeroso de se jogar do início ao fim. A Capcom mais uma vez eleva o nível de qualidade dos Remakes, tornando difícil superá-la nesse quesito. Fica a expectativa para o próximo projeto.

"É aqui que a gente se separa." - Leon Kennedy


Informações adicionais:
  • Nota geral: 10.
  • Tempo dedicado ao jogo: 41 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 20 de 39.
  • Dificuldade: Moderada.
  • Fica a dica: Escolha a arma de sua preferência e priorize as melhorias dela.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? R$ 250,00 por um único jogo é inaceitável, mas devido a alta qualidade de Resident Evil 4 é difícil não recomendá-lo.
  • Modo de jogo: Solo.
  • Tradução: Dublado e legendado em português do Brasil.
Um agradecimento mais do que especial ao amigo amigo Outlander que me presenteou com uma copia do game, valeu meu caro, serei eternamente grato!
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Posted 10 June, 2023. Last edited 23 November, 2023.
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25 people found this review helpful
102.1 hrs on record
Casual, divertido e viciante.

Fallout Shelter é sem sombra de dúvida um dos títulos mais inusitados da aclamada franquia pós-apocalipse. Anunciado e lançado durante a conferência da Bethesda em 2015. O game foi lançado inicialmente como um game gratuito exclusivamente para mobile, ganhando posteriormente versões para a Steam e Microsoft Store.

Fallout Shelter basicamente é um game casual de gerenciamento e construção de base, onde o jogador assume o papel de Overseer, onde deve gerenciar e expandir uma das icônicas Vaults do universo de Fallout, garantindo que todos os habitantes estejam felizes e seguros.

A jogabilidade é extremamente simples, como se trata de um game pensado inicialmente para o mobile, tudo pode ser executado apenas clicando na tela. O jogador deverá atribuir atividades para cada Dwellers, como construir novos cômodos, realizar missões de exploração fora da Vault e realizar diversas melhorias para aumentar a eficiência do refúgio.

Basicamente o game funciona com três recursos principais: comida, energia e água. Garantindo esses três recursos a Vault prosperará facilmente e os Dwellers ficarão felizes. Além disso temos as icônicas tampinhas de garrafas, ou Caps, que logicamente funcionam como dinheiro no jogo, sendo obtidas ao se cumprir diversos objetivos dentro do game. Com elas o jogador, construirá novas estruturas e melhorias, expandindo assim a Vault.

Conforme a população da Vault cresce, seja por meios naturais, ou por recrutamento de outros sobreviventes, mais e mais recursos são liberados, novas construções, melhorias de cômodos e a possibilidade de realizar missões externas. Nessas missões o jogador poderá coletar sucatas que poderão ser vendidas para obter mais Caps, mas principalmente para fabricar novas armas e armaduras.

Vale ressaltar que o game não apresenta uma trama principal, porém algumas missões contêm pequenas narrativas, com direito a diálogos e escolas, mas na grande maioria das vezes essas pequenas narrativas são bem cômicas e facilmente ignoradas.

Apesar de simples, o game apresenta uma boa dose customização, como a realização de melhoria nos cômodos, na decoração de alguns ambientes, no melhoramento dos status S.P.E.C.I.A.L. dos habitantes, a fabricação de armas e armaduras, que referenciam os outros games da franquia e até mesmo a utilização de animais de estimação. Logicamente que algumas melhorias e alterações só serão liberadas após muitas horas de jogo.

Logicamente que como um game gratuito as microtransações estão presentes, com o jogador podendo comprar tanto pacotes de recursos, quanto garrafas de Nuka-Cola Quantum que permitem a acelerar o desenvolvimento de vários aspectos do jogo. Apesar disso, dá para jogar tranquilamente e aproveitar 100% do jogo sem gastar um único centavo, com exceção de uma única conquista que é praticamente impossível de desbloquear sem comprar vários pacotes de recursos.

Fallout Shelter é um ótimo game casual de construção de base, tornando-se bem viciante por algumas horas devido a sua boa sensação de progressão e jogabilidade simples. Com seu visual cartunesco, sem dúvida é game agradável e carismático. Para quem curte games casuais sem dúvida é uma boa pedida e para os fãs da franquia pode garantir algumas horas de diversão.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 08.
  • Tempo dedicado ao jogo: 102 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 34 de 35.
  • Dificuldade: Casual.
  • Fica a dica: Construa o Overseer's Control assim que possível.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? It's free!!!
  • Modo de jogo: Solo.
  • Tradução: Sem tradução oficial para o game.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Posted 6 May, 2023.
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32 people found this review helpful
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24.1 hrs on record (21.0 hrs at review time)
Ação, com uma pitada de terror!

Apesar de já conhecer a icônica franquia da Capcom, foi apenas em Resident Evil 4 que tive contato de fato com a franquia. Lembro claramente de quando comprei a edição da saudosa revista Fullgames que vinha com uma versão oficial do jogo para PC por um preço super acessível. Tal versão do game tinha um grande problema, ela não dava suporte ao mouse e acredite mirar utilizando apenas os direcionais do teclado era um desafio nada agradável, mas mesmo assim o game me conquistou com a sua atmosfera aterrorizante, seus inimigos bizarros, sua exploração constante e batalhas épicas contra chefes.

Resident Evil 4 é um dos games mais relançados da história, ganhando versões para diversas plataformas e em fevereiro de 2014 a Capcom relançou o game mais uma vez com uma bem vinda atualização intitulada HD Edition, que realizou uma leve melhora nas texturas do game, além de outras melhorias e finalmente dando suporte ao mouse e teclado, o que melhorou consideravelmente a sua jogabilidade.

Enfim, deixando a introdução um pouco nostálgica de lado, vamos a análise propriamente dita. Resident Evil 4 nos traz o retorno de Leon S. Kennedy, agora um agente experiente do governo, que recebe uma missão diretamente do presidente dos Estados Unidos para resgatar a sua filha, Ashley Graham. A missão o leva até uma isolada vila no interior da Europa e já nos primeiros contatos com os moradores locais Leon percebe que a missão não será nada fácil de ser concluída, deparando-se com uma estranha seita chamada de Los Illuminados e um perigoso novo vírus, Las Plagas.

Sejamos sinceros, a trama de Resident Evil 4 não chega a surpreender e é cheia de clichês, como o personagem misterioso que não sabemos se é aliado ou inimigo, a femme fatale que aparece em momentos chaves da trama, vilões caricatos e é claro o protagonista badass. Mas apesar disso a narrativa funciona devido ao seu ótimo elenco, dando mais espaço para o desenvolvimento da personalidade do protagonista, ou ainda apresentando bons coadjuvantes, como a agente Hannigan, o canastrão Luis Sera e o icônico Mercador, que mesmo não sendo um personagem fundamental para trama se tornou uma figura marcante para o jogo, devido ao seu carisma inusitado. Além disso, temos bons vilões, como o imponente Bitores, o excêntrico Salazar e o líder Saddler, que não são memoráveis, mas que fazem a trama avançar de maneira consistente.

Mas se a trama e narrativa de RE4 não surpreendem, todo o restante do game o faz de maneira admirável. Primeiro temos a modificação no câmera do jogo, que muda a perspectiva e abandona os ângulos fixos e movimentação no estilo "tanque" dos games anteriores, tornando a ação mais dinâmica e prazerosa, algo que revolucionou não só o gameplay da franquia, mas a indústria como um todo, pois influenciou inúmeros jogos a seguir o mesmo estilo de câmera sobre os ombros do protagonista.

Com essa mudança na estrutura de gameplay RE4 se tornou mais rápida e consequentemente dando maiores características de um game de ação do que propriamente um jogo de horror e sobrevivência. Mas apesar disso a jogabilidade ainda pode parecer truncada, pelo fato do protagonista só conseguir atirar quando está parado, algo que quebra um pouco o ritmo da ação e que só foi alterado em Resident Evil 6.

Agora, além dos tradicionais puzzles, o jogador encontrará inúmeros coletáveis e tesouros que poderão ser trocados com o Mercador por melhorias nos equipamentos, ou para adquirir novas armas, implementando assim um limitado, mas funcional sistema de progressão e incentivando a exploração de cada canto dos cenários em busca de tesouros para justamente se obter mais melhorias.

Outro aspecto que foi significativamente alterado foi a gestão de recursos, em Resident Evil 4 o protagonista conta com uma maleta, que serve como inventário, onde os itens coletados são armazenados, assim como as próprias armas e munições, o que gera uma inusitada necessidade de organização e gestão de recursos. Porém a capacidade da maleta pode ser aumentada conforme se progride no game, além disso o jogo é bem generoso ao disponibilizar de forma constante munições e tesouros ao se derrotar inimigos, o que elimina por completo a sensação de escassez de recursos dos jogos originais.

Inegavelmente RE4 é um game mais voltado para ação do que para o Survival horror, porém o game mantém um certo ar de suspense e apresenta uma atmosfera aterradora e tensa. Principalmente quando os já icônicos Ganados atacam em grande número, ou surpreendem com transformações bizarras. Já a ambientação contribui com a atmosfera do game, passando por vilarejos, castelos e logicamente laboratórios, local inclusive que apresenta um dos inimigos mais aterradores de toda a franquia, os temíveis Regenerators.

Mas apesar do game apresentar um bom ritmo, ótimos cenários, uma boa variedade de inimigos e desafios, fica a percepção de que a campanha se alonga de forma desnecessária. Alguns trechos, em especial no último um terço do jogo, poderiam ser facilmente eliminados que não impactariam na experiência final e sem dúvida deixariam o game ainda mais dinâmico.

Resident Evil 4 sem dúvida é um clássico, não só por ter mudado de forma positiva a estrutura de gameplay da franquia, mas principalmente por tornar a experiência mais dinâmica e acessível, com uma campanha sólida, personagens carismáticos e uma boa dose de ação com pitadas de terror.

“Ah! I'll buy it a high price” - Mercador

Informações adicionais:
  • Nota geral: 09.
  • Tempo dedicado ao jogo: 20 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 09 de 12.
  • Dificuldade: Moderada.
  • Fica a dica: Priorize a melhoria de no máximo duas armas, assim em pouco tempo ambas ficarão bem fortes.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim, vale!
  • Modo de jogo: Solo.
  • Tradução: Sem tradução oficial para o game.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Posted 21 December, 2022. Last edited 21 December, 2022.
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23 people found this review helpful
18.9 hrs on record
Realidade cruel da guerra!

A guerra nunca muda, pelo menos no mundo dos games, sendo um dos temas mais explorados no entretenimento a guerra na grande maioria das vezes é vista pela ótica dos combatentes e raramente os que mais sofrem com ela são foco das narrativas. A polonesa 11 bit studios nos apresenta justamente essa perspectiva, focando nos civis que tentam sobreviver em meio a guerra. This War of Mine foi lançado de maneira independente em novembro de 2014 para PC, chegando posteriormente para os sistemas Android e iOS, assim como para Nintendo Switch, PS4, PS5 e Xbox One.

A premissa do jogo é relativamente simples, basicamente assumimos de 3 a 4 personagens aleatórios que se unem para buscar sobreviver em meio às ruínas da guerras em uma cidade sitiada. A narrativa acontece de forma simplificada, com um pequeno histórico em texto de cada personagem, mas ela se torna densa conforme os dias avançam, com cada personagem reagindo de forma bastante dramática a cada acontecimento que o jogo apresenta e tais acontecimentos surgem de forma aleatória, tornando o game imprevisível e tenso. Cada sobrevivente tem uma personalidade e reagirá às escolhas do jogador, contribuindo com a atmosfera densa da narrativa, a dificuldade para manter todos saudáveis é alta e perdas serão inevitáveis, sendo sentidas tanto pelo grupo, quanto pelo próprio jogador.

Mecanicamente o game funciona em duas etapas, primeiro temos o turno do dia, onde o jogador deverá gerenciar o abrigo, delegando funções para cada um dos sobreviventes, como limpar escombros, reforçar defesas, construir fogões, aquecedores e camas, porém para isso recursos deverão ser coletados e é onde a segunda etapa do game é introduzida, onde a cada noite um dos sobreviventes deverá explorar os diversos locais da cidade em busca de recursos e durante tal exploração o game se torna ainda mais denso, pois o jogador inevitavelmente encontrará outros sobrevivente e terá que decidir como interagir com eles o que pode resultar em pequenas consequências, apenas para citar um exemplo, em uma das explorações você poderá encontrar um casal de velhinhos em uma das casas da cidade, eles são inofensivos e caberá a você decidir se os deixa em paz, ou rouba todos os seus pertences para garantir a sobrevivência do seu grupo. É um tipo de escolha moralmente dúbia, que te faz questionar o que você faria em tal situação.

E o game te pressiona a todo momento a fazer escolhas, pois o seu grupo sempre estará em risco, seja pela escassez de comida, pelo frio do inverno, pela falta de remédios, ou ainda pelos ataques constantes ao abrigo durante a noite. Com as inúmeras variáveis, dificilmente o jogador conseguirá priorizar algo, pois no fim tudo é prioridade, tornando toda a situação ainda mais tensa e envolvente. Você buscará de todas as formas manter os sobreviventes vivos, pois eles ficarão doentes, com fome, com frio, indefesos e a cada noite a situação ficará pior e mais desesperadora e aquela ideia inconcebível de roubar um casal de velhinhos parecerá cada vez mais aceitável.

This War of Mine é um ótimo game, que surpreende com uma narrativa marcante e envolvente, ao mesmo tempo que prende o jogar com ótimas mecânicas de gerenciamento e sobrevivência, que contribui com o clima de tensão e desolação, lançando um novo olhar sobre os horrores da guerra. Um game indicado tanto para os apreciadores de narrativas realistas, quanto para os entusiastas de games de gerenciamento e sobrevivência.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 08.
  • Tempo dedicado ao jogo: 19 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 19 de 55.
  • Dificuldade: Difícil.
  • Fica a dica: Busque sempre deixar ao menos uma arma no abrigo durante a noite.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim, vale!
  • Modo de jogo: Solo.
  • Idioma: Com menu e legendas em português do Brasil.
Um agradecimento especial ao amigo Cleiton que me presenteou com uma copia do game, valeu!
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Para mais análises siga a Curadoria Gamers do Brasil
Posted 16 December, 2022. Last edited 16 December, 2022.
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17 people found this review helpful
7.7 hrs on record (0.9 hrs at review time)
Inusitado, criativo e cativante.

Townscaper nos faz questionar sobre o que é um jogo? Essencialmente tudo o que tem um objetivo, seja competitivo ou não pode ser considerado um jogo e até mesmo os jogos mais casuais não fogem dessa regra, sempre apresentando um objetivo ou apenas uma pontuação. O estúdio Oskar Stalberg subverte essa regra e nos entrega Townscaper um "game" de construção de cidades minimalista, lançado inicialmente para celulares em julho de 2020 e posteriormente chegando ao PC e Nintendo Switch em agosto de 2021 pela Raw Fury.

Esqueça os conceitos tradicionais dos games de construção de cidades, como estradas, distritos, edifícios especiais, ou mesmo população, Townscaper não utiliza nenhum deles. O game é como se fosse uma grande tela em branco, na verdade é uma imensa superfície coberta por água e nada mais, o jogador deverá construir de forma totalmente livre, com um bloco de cada vez.

O que surpreende em Townscaper é que não há nenhuma tarefa a ser cumprida, ou objetivo a ser alcançado, nem mesmo novas opções ou construções especiais são desbloqueadas conforme se "progride" no jogo. Toda a mecânica do game está disponível desde o primeiro clique. O jogador simplesmente deve criar uma superfície sólida para a sua cidade e clicando novamente nessa superfície criará a sua primeira casa e assim sucessivamente, expandindo conforme desejar.

Inegavelmente é um game simples, mas que por trás da sua simplicidade revela um jogo inusitado e extremamente inventivo. Criatividade e curiosidade são dois fatores fundamentais para Townscaper que revelam a genialidade do seu gameplay. Inicialmente o jogador construirá cidades simples, com construções quase que padronizadas com pouco charme arquitetônico, mas ao perceber que combinando blocos e até mesmo eliminando alguns deles, se obtêm resultados inesperados e atraentes o jogador instintivamente será impelido a experimentar novas combinações e acredite os resultados são únicos e gratificantes.

Apenas para citar um exemplo, ao se empilhar três blocos, você criará uma torre, mas caso mude as cores de um desses blocos, poderá surgir um farol, ou ao se criar um imenso edifício com inúmeros blocos, ao se eliminar alguns deles, sacadas ou pequenos terraços podem surgir e as combinações são inúmeras e incentivam o jogador a continuar a experimentar ao ponto de não ver o tempo passar.

Outra característica de Townscaper é o seu visual minimalista e marcante. Com uma arquitetura caricata, mas muito bem detalhada e que se destaca com as cores vivas presentes no jogo. Vale ressaltar também que o game permite escolher a cor dos blocos, algo que traz ainda mais beleza às construções aleatórias criadas.

Townscaper é um ótimo game, casual e inusitado em sua proposta, com um visual minimalista cativante e uma jogabilidade relaxante inventiva. Uma ótima recomendação para os apreciadores de games casuais e de construção de cidades.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 08.
  • Tempo dedicado ao jogo: 5 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 10 de 10.
  • Dificuldade: Extremamente casual.
  • Fica a dica: Simplesmente jogue e experimente combinações de forma inusitada.
  • Gameplay: Em breve.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim, vale!
  • Modo de jogo: Solo.
  • Idioma: Com menus em português do Brasil.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Para mais análises siga a Curadoria Gamers do Brasil
Posted 27 November, 2022.
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16 people found this review helpful
11.3 hrs on record
Early Access Review
Casual, divertido e competente!

Kukoos: Lost Pets é um game de aventura e plataforma, que referencia os grandes clássicos do gênero, desenvolvido pelo estúdio de Manaus, Petit Fabrik e distribuído pela Modus Games. Lançado inicialmente em acesso antecipado em dezembro de 2021 para PC, com a sua versão final prevista para 06 de dezembro de 2022, chegando também para PS4, PS5, XOne, Xbox Series S | X e Nintendo Switch.

Apesar de Kukoos ser o primeiro game da Petit Fabrik, o estúdio conta com uma grande experiência com animações, o que sem dúvida contribuiu com a qualidade visual apresentada no jogo. A narrativa nos apresenta um mundo mágico, habitado pelos Kukoos, criaturas fofinhas e carismáticas que de certa forma lembram os Minions, nesse mundo há incontáveis criaturas que vivem em harmonia com os Kukoos, porém os Pets são dominados e começam a agir de forma agressiva e cabe aos protagonistas K e Kika partirem em uma aventura por diversos mundos para libertá-los.

A trama é leve e cheia de referências que garantem bons momentos, entretendo de forma agradável, principalmente por conta com uma excelente dublagem que torna a narrativa mais interessante e cômica, porém vale mencionar que as legendas muitas vezes não condizem com o que é dito na dublagem, mesmo que sem alterar o sentido dos diálogos é estranho ver que o texto das legendas não corresponder ao que é dito no áudio.

Sendo essencialmente um game de plataforma, Kukoos resgata muito das estruturas clássicas desse gênero, como os pequenos quebra-cabeças para avançar, a estrutura linear das fases, os inúmeros coletáveis e é claro os desafios de plataforma. Porém Kukoos em nenhum momento se torna repetitivo, não se rendendo a uma fórmula única, pelo contrário a cada fase busca sempre acrescentar um novo desafio, ou uma nova mecânica e o principal fator que contribui com essa sensação de novidade é que a cada mundo são revelados novos Pets. Cada Pet permite ao protagonista acessar uma habilidade especial que são fundamentais para vencer os desafios encontrados em cada fase. No total são 5 Pets, Petri duas aves que permitem planar, Aztuc um cubo que permite criar plataformas, Lightblub um vagalume que ilumina e atordoa inimigos, Kuraboo que cria uma armadura protetora e por fim Aughostinni um fantasma que permite atravessar e acessar plataformas específicas.

Kukoos: Lost Pets impressiona principalmente pela sua qualidade gráfica e de level design. Primeiro temos um visual impecável, colorido e com animações competentes, além disso temos também a construção das fases, que não inovam o gênero de plataforma, mas trazem uma boa sensação recompensadora ao serem explorados e principalmente quando os desafios são superados.

A campanha pode ser finalizada facilmente em menos de 6 horas, porém o game incentiva o jogador a revisitar as fases para se obter todos os coletáveis, encontrar todos os segredos e é claro melhorar a pontuação final.

Kukoos: Lost Pets é um ótimo jogo, com uma qualidade visual e de level design invejáveis, demonstrando o quão maduro o nosso mercado nacional de games tem se tornado. Um jogo de plataforma e aventura competente, que referencia os grandes clássicos do gênero, mas sem perder a sua originalidade. Casual, divertido e colorido, sendo uma ótima opção para os apreciadores de games de plataforma.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 08.
  • Tempo dedicado ao game: 11 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 36 de 51.
  • Dificuldade: Casual.
  • Fica a dica: Explore atentamente, sempre há um segredo em cada fase a ser descoberto.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Por mais que o game seja ótimo e com um bom conteúdo, eu diria que deveria custar no mínimo 25% a menos.
  • Modo de jogo: Exclusivamente singleplay.
  • Idioma: Dublado e legendas em português do Brasil.

Game fornecido pela Petit Fabrik ao grupo Gamers do Brasil para avaliação através do programa de Curadoria Steam. Agradecemos a oportunidade!

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Posted 26 November, 2022. Last edited 26 November, 2022.
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19.2 hrs on record
Belíssimo e Sombrio!

Apesar do estúdio Asobo já ter duas décadas, A Plague Tale: Innocence foi seu primeiro grande projeto, sendo descrito como uma game de aventura e furtividade, com uma qualidade gráfica invejável e uma narrativa marcante, onde acompanhamos dois irmãos em uma fuga desesperada em meio a peste negra que assolou a Europa no século XIV. Distribuído pela Focus, o jogo foi lançado em maio de 2019 para PC, XOne e PS4.

O game nos apresenta os irmãos Amicia e Hugo, que após verem o assassinato brutal de seus pais, iniciam uma fuga desesperada pelo interior da europa, enquanto tentam descobrir os motivos de estarem sendo perseguidos pela Santa Inquisição, ao mesmo tempo que tentam escapar de surreal praga de ratos que assola toda a França.

A narrativa tem um bom ritmo, dando espaço para o desenvolvimento dos personagens, com destaque para Amicia, que se vê obrigada a tomar atitudes impensáveis para sobreviver e principalmente manter o pequeno irmão vivo, que sofre de uma misteriosa doença. O tema central da trama é justamente o amadurecimento de Amicia, que vê o seu mundo despedaçado de forma abrupta, sendo forçada a amadurecer ao mesmo tempo que tem que lidar com o sentimento de perda. O relacionamento dos dois irmãos se fortalece a cada desafio vencido e os aliados encontrados ao longo da jornada contribuem ainda mais com o crescimento tanto de Amicia, quanto de Hugo. Infelizmente os antagonistas são bem fracos e apáticos, não adicionando dramaticidade à trama, mas apesar disso a história se mantém interessante pelo carisma dos protagonistas e principalmente pelo seu tom denso e sombrio.

A qualidade gráfica de A Plague Tale é surpreendente, tanto em termos de caracterização dos personagens, quanto de ambientação. Primeiro temos um trabalho excelente nas feições faciais de todos os personagens, que passam realismo nas suas emoções a todo momento, segundo a ambientação e detalhamento dos cenários durante toda a campanha passam não só um sentimento de realismo, mas de imersão, contribuindo com a sensação de estarmos na europa do século XIV.

A jogabilidade não surpreende, com mecânicas de furtividade e combate consistentes que não fogem do padrão estabelecido em outros jogos do gênero. O grande diferencial aqui é que conforme se progride na campanha novos tipos de projéteis podem ser fabricados pela protagonista, que servem não só para criar distrações, mas também para eliminar os inimigos das mais variadas formas, como com bombas de gás que obrigam os cavaleiros a tirarem o capacete, deixando as suas cabeças expostas, ou até mesmo atrair os ratos para que eliminem os oponentes. Tais opções de fabricação dão um ótimo dinamismo ao gameplay e de certa forma tornam os desafios ainda mais fáceis. Além disso, os equipamentos da protagonista podem ser melhorados, conforme alguns recursos específicos são encontrados, incentivando a exploração.

A Plague Tale: Innocence é um ótimo game, com um visual incrivelmente realista, uma narrativa densa e uma ambientação marcante, não inovando em suas mecânicas, mas apresentando uma jogabilidade consistente e uma trama interessante o suficiente para manter o jogador interessado. Sem dúvida foi um ótimo começo para essa nova franquia, gerando grande expectativa para a sua continuação.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 08.
  • Tempo dedicado ao jogo: 19 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 35 de 35.
  • Dificuldade: Fácil.
  • Fica a dica: Apenas jogue!
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim, até vale, mas sugiro pegá-lo com 50% off.
  • Modo de jogo: Solo.
  • Idioma: Inglês, com legendas em português do Brasil.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Posted 18 October, 2022.
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88.6 hrs on record (80.9 hrs at review time)
Diferente, mas nem tanto!

Assassin's Creed IV Black Flag foi lançado em outubro de 2013, na mesma época do lançamento dos novos modelos de consoles, PS4 e XOne, trazendo melhorias gráficas e novidades de gameplay para a já consolidada franquia da Ubisoft, mas também sendo lançado para os consoles da geração anterior, Xbox 360 e PS3, além do PC.

Com o final conclusivo da trama do presente mostrado em Assassin's Creed III, ficou o questionamento de como a Ubisoft daria continuidade a narrativa de modo a justificar a existência de novos jogos, a solução venho de forma inusitada e interessante ao transformar a Abstergo, empresa fictícia controlada pelos Templários, em uma empresa de entretenimento que explora memórias dos antepassados para criar experiências multimídias, basicamente a empresa tornou-se a própria Ubisoft, buscando explorar suas franquias ao máximo para aumentar os seus lucros, a ironia é que a Abstergo é a vilã da história.

Com essa premissa o jogador assume um operador do Animus, sem nome, sem voz e até mesmo sem rosto, uma vez que os trechos no tempo presente são jogados em primeira pessoa, com o único objetivo de explorar para a Abstergo as memorias de Edward Kenway que atuou como pirata no século XVIII. Apesar de haver uma sub-trama acontecendo no tempo presente envolvendo alguns personagens dos games anteriores, ela se demonstra quase que irrelevante, tornando a história do passado o único ponto interessante da narrativa.

Edward Kenway é um dos protagonistas mais diferentes da série, arrogante, ambicioso e até mesmo inescrupuloso, afinal ele é um pirata, mas que apresenta um forte senso de honra e lealdade para aqueles que o cercam. Ironicamente ele não é de fato um assassino, assumindo o manto de um membro traidor da ordem após matá-lo. Passando-se por Duncan Walpole, Kenway chega a cidade de Havana e se envolve com os Templários que buscam encontrar o Observatório, um local de imenso poder construído pela antiga civilização. Com isso Kenway fica obcecado em encontrar o local antes dos Templários, pois entende que isso trará grandes riquezas, mas durante a jornada ele aprende que há bem mais em jogo do que os seus anseios.

A trama de Black Flag não chega a surpreender em nenhum momento, Kenway é um protagonista interessante e apresenta um certo carisma, porém a forma com que ele assume o manto dos Assassinos e a facilidade que ele aprende as técnicas milenares da ordem, tornam a trama bem incoerente, o próprio desenvolvimento da história é dispersa e pouco envolvente, com antagonistas inexpressivos que são facilmente esquecidos após a conclusão do jogo e mesmo com um bom elenco de apoio e alguns momentos emocionantes, dificilmente pode-se dizer que a jornada de Edward Kenway é algo memorável.

Mas apesar do desenvolvimento da história deixar a desejar a jogabilidade por sua vez sem sombra de dúvida agrada, em especial pela bem vinda expansão das mecânicas de navegação apresentadas no game anterior. Estrutura base do game ainda se mantém a mesma, com combates fáceis e rápidos, exploração vertical, saltos de fé, visões panorâmicas e as entediantes missões de perseguição, enfim tudo aquilo que os fãs da franquia já estão habituados, porém a inclusão do sistemas de navegação mais robusto, com batalhas navais e exploração em alto mar dão um ar de novidade que a franquia necessitava.

O embarcação comandada por Kenway, batizada de Gralha, se torna quase que uma figura central do game, nela o jogador poderá desbravar os mares, encontrar tesouros em ilhas, conquistar fortes e até mesmo explorar o fundo do mar em pontos específicos do mapa, assim como pescar grandes baleias e tubarões, algo que lembra o icônico confronto com o El Lago em Resident Evil 4 e mesmo com os combates navais tornando se repetitivos rapidamente o sistema de melhorias do Gralha é funcional e transmite uma sensação de progressão consistente, mantendo os combates navais interessantes e prazerosos.

Visualmente o game é lindo, em especial nas suas ambientações, com ilhas verdejantes e densas, cidades que não surpreendem, mas respeitam a arquitetura caribenha da época, mas o destaque fica com a ambientação em alto mar, que passa uma sensação de amplitude e beleza surpreendente, navegar a luz do luar, ou com o sol se pondo no horizonte traz uma imersão cativante e tal sensação cresce ainda mais nos momentos de tempestades, com furacões, trovões e ondas gigantes que tornam tais momentos memoráveis e para completar temos as cantorias dos marujos que te transportam o jogador para a época, fazendo-o sentir-se um verdadeiro pirata.

Mas apesar do mapa gigantesco e da belíssima ambientação a Ubsoft erra na sua ambição ao encher de forma excessiva o mapa com pontos de interesse que levam para coletáveis genéricos e desnecessários, tornando a busca dos 100% algo cansativo e maçante. Fica nítido que no quesito de conteúdo secundário a prioridade foi dada para a quantidade e não para qualidade, com a coleta de itens que no fim não contribuem em nada com a narrativa ou imersão do jogo.

Assassin's Creed IV Black Flag sem dúvida é um ótimo jogo, que utiliza a forma padrão da franquia, mas trazendo um ar de novidade com o seu prazeroso sistema de combate e exploração em alto mar. Com uma narrativa até interessante, mas pouco envolvente. Um game belo e prazeroso de se jogar.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 08.
  • Tempo dedicado ao game: 81 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 42 de 60.
  • Dificuldade: Fácil.
  • Fica a dica: Esqueça os coletáveis, eles são inúteis, foque na campanha e só busque os 100% se isso for fundamental para você.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Não, 120 reais por um game de quase dez anos não vale, sugiro comprá-lo com no mínimo 50% de desconto.
  • Modo de jogo: Solo, servidores do multiplayer foram desativados.
  • Idioma: Totalmente localizado para o português do Brasil.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Posted 10 September, 2022. Last edited 10 September, 2022.
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15 people found this review helpful
5.7 hrs on record
Extremamente simples e casual!

Hero of the Kingdom é uma aventura narrativa, Point and Click, extremamente casual, desenvolvido pelo estúdio independente Lonely Troops, lançado em dezembro de 2012 para PC.

Hero of the Kingdom é um game tão simples, que até fica difícil de analisá-lo ou mesmo classificá-lo como um jogo, porém dentro da sua simplicidade o game oferece uma aventura competente e bem executada.

Na trama, nada complexa, assumimos um jovem fazendeiro, que se vê forçado a iniciar uma jornada em busca de libertar o seu pai, que fora raptado após bandidos invadirem e destruírem a sua propriedade, mas logicamente, como toda boa aventura, a narrativa evoluir e leva o jovem herói a se envolver com uma trama bem maior, envolvendo um antigo feiticeiro que quer dominar o reino. É uma narrativa simples, que não surpreende em nenhum momento, mas que se desenvolve de maneira minimamente interessante e cumpri o propósito de entreter durante as poucas horas de duração do game.

Em termos de mecânicas o game se demonstra ainda mais simples, basicamente o objetivo do jogo é interagir com pontos de interesse em cenários estáticos, apresentando o mínimo de desafio ao jogador, que precisará apenas ficar atento ao ambiente para identificar os pontos de interação e revelar os objetos ocultos no cenário. O interessante aqui é justamente identificar e coletar todos os recursos possíveis, facilitando assim o avanço na jornada, assim como a execução de objetivos secundários.

Um aspecto positivo de Hero of the Kingdom é o seu visual muito bem feito, com cenários estáticos, mas ricamente detalhados, com paisagens belas e cativantes. Novamente, nada que te fará suspirar, mas que nitidamente demonstra um cuidado com os detalhes na construção da ambientação medieval do jogo.

Hero of the Kingdom sem dúvida é um game simples em todos os seus aspectos, mas competente em sua execução, com um visual agradável e uma narrativa minimamente interessante, que sem dúvida agradará os jogadores entusiastas de games casuais.


Informações adicionais:
  • Nota geral: 07.
  • Tempo dedicado ao game: 6 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 38 de 38.
  • Dificuldade: Mínima, game extremamente casual.
  • Fica a dica: É um jogo tão simples que basta ficar atento aos cenários para se alcançar os 100%.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim, vale!
  • Modo de jogo: Solo.
  • Idioma: Interface em português do Brasil.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Posted 15 August, 2022. Last edited 15 August, 2022.
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