Se engana quem acha que Bad Rats é um jogo porco, raso e sem sentido.
Há todo um contexto espetacular por trás da narrativa e da criação de mundo que descobrimos sempre que passamos para o próximo nível.
Sem muitos spoilers, o jogo se trata de um conceito metafórico que faz referencia a situações antes vividas em muitos países. Hitler, Genghis Khan, Stalin e Bolsonaro. Todos líderes que representavam a extremidade de seus partidos.
Aqui, em Bad Rats, vemos os ratos, sempre sorridentes e de cabeça erguida, demonstrando prepotência e absolutismo ao tomar decisões que prejudicam complemente a população (os gatos). Os gatos que sobrevivem aos ataques em algumas fases, são aspectos que você observa e não entende o motivo de saírem ilesos. Mas com o passar da narrativa excepcional desse jogo, você percebe que eles na verdade não ficaram complemente bem. Todos perderam algo durante o conflito ocasionado contigencialmente por motivações banais e princípios egocêntricos vindo de mentes ignorantes diante daqueles que elas veem como “inferiores”.
O jogo tem uma gameplay de puzzle com uma dificuldade razoavelmente funcional. Errado está a pessoa que acha que os bugs e fracos designs de armadilhas, são pontos negativos. É óbvio que isso se trata de mais uma metáfora, dessa vez nos dizendo com as entrelinhas, que os ratos matam os gatos sem pensar duas vezes nas consequências e sem se importarem com os obstáculos na sua frente.
Bad Rats é uma obra obrigatória na biblioteca de todo o mundo no século que vivemos. Se trata de uma obra atemporal, tão boa quanto 1984 e a Revolução dos Bichos de George Orwell. Arrisco ainda dizer que quando a humanidade não existir mais, os dados de Bad Rats serão analisados por alienígenas minuciosamente com o intuito de entender melhor o jeito que vivíamos. E infelizmente, receberão respostas trágicas.
EXCELENTE.