A aproveitar as férias (que estão a acabar!) para ler os livros de Luís Paixão Martins de seguida.
Este, sobre um tema e um termo que muita “comichão” faz no meio politico-mediático hoje em dia.
Trata-se de uma transposição para a língua portuguesa de um dos livros fundadores da prática de assessoria de comunicação política.
Deve o nome “propaganda” para transmitir a “arte e ciência” da prática e ferramentas de comunicação e marketing político então disponíveis - livro escrito na primeira parte do séc. XX.. onde ainda não existia o PC, a internet, as Redes Sociais, o Mobile, etc… -. O nome sofreu uma transformação surpreendente no seu sentido: de uma conotação positiva, criada na área religiosa para “propagar” uma ideia do “bem”, passou, na voz e escrita de muitos líderes (foca-se nos EUA), a ser utilizada para transmitir o “mal”, que as ideias adversários ou opositores não eram mais do que jogadas de marketing e comunicação, pouco interessando o mérito do conteúdo em si. Passou-se da “substância sobre a forma”, para a “forma sobre a substância”.
O que na economia/negócios seria visto como uma “estratégia de marketing” genial num contexto concorrencial, na política, a mesma estratégia de valorização e influência de uma ideia/posição, eram vistas como “práticas de propaganda barata” para persuadir ou ludibriar, no sentido negativo.
E é incontornável não fazer paralelismos com a realidade atual, onde a comunicação é uma ferramenta cada vez mais poderosa, que requer conhecimento científico e uma dose elevada de empirismo e sensibilidade, que justifica a profissionalização desta área do Marketing.
Aconselho vivamente!
