O Projeto Amazon celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente com uma campanha de restauração ecológica

O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado todos os anos em 5 de junho. Ao destacar a proteção e a saúde do meio ambiente como uma questão importante, a edição de 2024 se concentra na restauração de terras, na interrupção da desertificação e na construção de resiliência às secas.

A celebração deste dia é uma oportunidade de sensibilização tendo em vista um comportamento responsável pela preservação e pela valorização do meio ambiente. Portanto, esta iniciativa do Projeto Amazon da UNESCO, apoiado pela LVMH, busca restaurar ecossistemas vitais afetados por incêndios florestais ou por atividades humanas, aumentar a biodiversidade e promover práticas sustentáveis ​​de gestão de terras.

A campanha se inicia no Dia Mundial do Meio Ambiente com uma série de eventos de conscientização concebidos para envolver as comunidades locais, as partes interessadas e o público global. Esses eventos incluem oficinas educativas, atividades de plantio de árvores e programas de alcance comunitário, todos destinados a promover uma valorização profundamente enraizada da biodiversidade exclusiva da Amazônia e da importância fundamental de sua preservação.

Os esforços de restauração se concentram no reflorestamento de áreas queimadas e degradadas, na melhoria da conectividade dos habitats e na implementação de práticas agroflorestais sustentáveis ​​para prevenir futuros eventos de degradação. A colaboração é contínua com os Povos Indígenas e com as comunidades locais, com foco nos jovens, nas universidades locais e nas organizações ambientais para garantir uma abordagem abrangente e inclusiva à restauração.

Aproveitando a plataforma global fornecida pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, o Projeto pretende amplificar a mensagem de gestão ecológica e inspirar ações coletivas tendo em vista a resiliência e a proteção das Reservas da Biosfera da Amazônia. Juntos, podemos causar um impacto duradouro na saúde do nosso planeta e garantir um futuro sustentável para as gerações vindouras.

• As florestas primárias são as áreas de maior biodiversidade e são também o principal componente de armazenamento de carbono.
• A maioria dos incêndios resulta do avanço das fronteiras agrícolas, de outras alterações no uso do solo, de sua cobertura e da degradação exacerbada pelo aquecimento global e pela mudança climática (por exemplo, ondas de calor, secas extremas e inundações).
• Embora cerca de 30% dos ecossistemas predominantemente de savana na Reserva da Biosfera de Beni, na Bolívia, tenham sido queimados entre 2001 e 2023, a extensão da área queimada na floresta tropical do Equador, nas Reservas da Biosfera de Sumaco e Yasuní, representa uma pequena proporção desses territórios. Além disso, vale ressaltar que algumas áreas foram queimadas diversas vezes. Com exceção das Reservas da Biosfera de Yasuní e Sumaco, todos os demais territórios têm áreas que foram queimadas entre três e dez vezes nesse período. Na Reserva da Biosfera de Beni, cerca de 40% da área total queimada entre 2001 e 2023 sofreu pelo menos dois incêndios.
• No período entre 2001 e 2022, os meses de agosto, setembro e outubro concentraram 78%, 84% e 86% de todos os incêndios ativos detectados na Bolívia, no Brasil e no Peru, respectivamente. No Equador, os meses de novembro e dezembro concentraram 63% dos incêndios no mesmo período.

A UNESCO está a contribuindo para melhorar a resiliência e interromper a perda da biodiversidade na Grande Bacia Amazônica por meio do Projeto de Reservas da Biosfera da Amazônia (2020-2025) apoiado pela LVMH (Moët Hennessy Louis Vuitton). O Projeto Amazon procura criar um modelo integrado de governança e gestão da paisagem que atenda às pressões e às necessidades tendo em vista a sustentabilidade de longo prazo das Reservas da Biosfera na Amazônia.

Sua implementação ocorre em oito Reservas da Biosfera (Reserva da Biosfera de Beni, Reserva da Biosfera de Pilón Lajas, Reserva da Biosfera da Amazônia Central, Reserva da Biosfera de Podocarpus-El Cóndor, Reserva da Biosfera de Sumaco, Reserva da Biosfera de Yasuní, Reserva da Biosfera de Manu e Reserva da Biosfera de Oxapampa-Asháninka-Yánesha) de quatro países (Bolívia, Brasil, Equador e Peru), cobrindo 30 milhões de hectares, que representam 5% da área da Bacia Amazônica e abrigam 1,3 milhão de pessoas.

Um elemento central para a metodologia do Projeto é a integração de abordagens científicas e participativas, de modo a enfatizar a produção conjunta de conhecimento. Portanto, essa integração envolve a fusão de dados científicos com saberes indígenas e locais para identificar e enfrentar os desafios ambientais, a fim de encontrar soluções inovadoras que sejam localmente pertinentes e globalmente significativas.

O Projeto apoia iniciativas locais em áreas como governança territorial, atividades econômicas sustentáveis, restauração de ecossistemas e gestão integrada de incêndios. Ao tomar como base esses esforços estabelecidos, o Projeto pretende melhorar a resiliência e a capacidade dos Povos Indígenas e das comunidades locais para administrar seus recursos de forma sustentável, adaptar-se às mudanças ambientais e fornecer meios alternativos de subsistência econômica.