É comum sermos abordados por empresas farmacêuticas nacionais com preocupações sobre de crescimento do setor. A percepção geral é que o investimento de pesquisa científica agora está completamente voltado a medicamentos de modalidades mais complexas (biológicos, peptídeos, terapia gênica). As empresas nacionais, portanto, historicamente focadas na reprodução de medicamentos simples de pequena molécula, não conseguiriam manter o seu crescimento a futuro. Nesta visão, as empresas teriam que começar a se diversificar, buscando caminhos como a internacionalização da Eurofarma, ou o maior foco em consumo da Cimed.
A realidade é mais sutil, mas a preocupação é verdadeira. A ilustração abaixo mostra o investimento recente em P&D farmacêutico. Como se pode ver, ainda existe um investimento robusto em pequenas moléculas. Isso significa então que a as empresas nacionais não precisam se preocupar? Infelizmente não é assim. Apesar do volume de pequenas moléculas continuar a ser relevante, as empresas nacionais alcançaram já um tamanho tão grande (principalmente as maiores) que seria necessário um pipeline cada vez maior de produtos para que elas mantivessem o seu crescimento. E isso não vai acontecer, infelizmente. Como o gráfico mostra, o pipeline de desenvolvimento ainda é robusto, mas cresce pouco (e bem menos do que o pipeline das terapias mais complexas).
Ou seja, continuará existindo inovação em pequenas moléculas, mas o nível de inovação não será suficiente para manter o crescimento das nossas grandes farmacêuticas nacionais. Uma nova fórmula de crescimento precisa ser encontrada.
Propagandista | Consultor de Vendas Médicas | Industria Farmacêutica | Gerente de Clientes e Contas
2 mParabéns!!! Espero um dia fazer parte desta empresa que foi eleita novamente, entre as melhores empresas para se trabalhar!!! Estou em processo seletivo para o cargo de propagandista na cidade de Atibaia- SP