Um caso bastante instigante no mercado de tecnologia é o da NOKIA, que dominou o mercado de celulares durante os anos que antecederam a entrada da Apple nesse mercado. Marcos da Nokia. Até onde é possível recordar, foi em 1998 que a Nokia se tornou a marca de telefone celular mais vendida do mundo. O lucro operacional da Nokia passou de US$ 1 bilhão em 1995 para quase US$ 4 bilhões em 1999 e o celular mais vendido de todos os tempos, o Nokia 1100, foi criado em 2003. Todo mundo tinha um, naquele tempo em que os celulares ficavam em um coldre na cintura das pessoas. Mas então porque a Nokia errou tanto e o que se pode aprender com isso? Primeiro, convém lembrar que foi em 2007 que a Apple lançou o iPhone. Até o final daquele ano metade de todos os smartphones vendidos no mundo eram NOKIA, enquanto o iPhone da Apple tinha apenas 5% de participação no mercado global. Em 2010, a Nokia lançou o seu "iPhone killer", mas não conseguiu igualar a concorrência e a qualidade dos telefones de ponta da Nokia continuava a declinar, de forma que em apenas seis anos, o valor de mercado da Nokia caiu cerca de 90%. O declínio da Nokia se acelerou em 2011 e a empresa foi adquirida pela Microsoft em 2013. Esse declínio da Nokia, que desceu do pódio de melhor empresa de telefonia móvel do mundo para perder tudo em 2013 acabou se tornando um estudo de caso para professores e alunos em aulas de administração de empresas. Não entender a mudança do mercado foi por si só um grande erro, além de ter falhado em entender a lógica econômica das condições simples de marketing, perdendo recursos, capacidade e base de competência. Além disso, medo, supressão de informações, excesso de confiança, baixa competência tecnológica entre a gerência e competição são coisas que por certo levaram ao fracasso da Nokia, cuja queda pode ser atribuída também à política interna. O próprio pessoal da Nokia enfraqueceu o pessoal da Nokia e, portanto, tornou a empresa cada vez mais vulnerável às forças competitivas. Quando o medo alcançou todos os níveis da empresa, os degraus mais baixos da organização se voltaram para dentro para proteger os recursos, a si próprios e suas unidades, dando pouco, temendo danos às suas carreiras pessoais. Os principais gerentes falharam em motivar os gerentes intermediários com suas abordagens e os deixaram no escuro sobre o que realmente estava acontecendo. A cultura de status da Nokia levou a uma atmosfera de medo compartilhado que influenciou como os funcionários estavam interagindo uns com os outros. Ao fator humano adicionou-se os fatores econômicos e estruturais e juntos eles geraram um estado de “miopia temporal” que prejudicou a capacidade da Nokia de inovar. Gerentes e diretores cumpriam os valores essenciais da Nokia de Respeito, Desafio, Conquista e Renovação, desprezando a importância das emoções compartilhadas pelos funcionários e seu impacto na competitividade da empresa.
#nokia #inovacao #mudanca
Supervisor Comercial MG - Canal Parceria Clube Órigo Pro
10 mVerdade Felipe, tive o previlégio de trabalhar em telefonia e pude ver essa evolução de perto!!!