O IPAM celebra a nomeação de André Corrêa do Lago para a presidência da COP30. Com vasta experiência em diplomacia ambiental, tendo atuado como negociador-chefe do Brasil na Rio+20 e embaixador em diversas missões relacionadas ao meio ambiente, Corrêa do Lago possui a expertise necessária para liderar as negociações climáticas em Belém, em novembro. A Conferência das Partes coloca o Brasil em posição de destaque na agenda climática global, com foco na Amazônia. Leia a nota completa e siga o IPAM para saber mais sobre as iniciativas para a COP 30: https://lnkd.in/d4zRPRPR
Publicação de IPAM Amazônia
Publicações mais relevantes
-
"Uma boa escolha para presidir a COP O Estado de S. Paulo, Editorial, 24/01/25 Lula convoca um experiente diplomata para dirigir o encontro, que acontece em meio a muito ceticismo. Que o presidente tenha a mesma sensibilidade para escolher quem negociará pelo Brasil Foi boa a escolha do embaixador André Aranha Corrêa do Lago para presidir a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-30). A cúpula de Belém será comandada por um diplomata de carreira do Itamaraty, com experiência em negociações, e será mesmo necessário ter muita ponderação para conciliar tantos interesses no atual debate ambiental. Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Lago foi anunciado pelo presidente Lula da Silva para comandar a conferência, a ser realizada em novembro, em uma atmosfera global bastante instável. A discussão sobre o financiamento dos países ricos aos pobres para a mitigação dos efeitos das mudanças do clima, cujos eventos são cada vez mais recorrentes e extremos, voltará à pauta. Em paralelo, o mundo assiste ao avanço de líderes negacionistas, entre eles Donald Trump, que, tão logo tomou posse, retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris. E a decisão do republicano é, por óbvio, estratégica. A transição energética é custosa e lenta, e isso está claro tanto para negacionistas quanto para catastrofistas. Não à toa Trump e outros líderes defendem a exploração e o uso de combustíveis fósseis, hoje mais baratos, a despeito da necessidade de acelerar a mudança para fontes mais limpas. Em outra frente, o republicano se contrapõe à China, uma das campeãs em emissão de gases ao mesmo tempo que surfa na onda verde e inunda o mundo com tecnologia “sustentável”, sobretudo carros elétricos e placas fotovoltaicas para produção de energia solar. O perfil conciliador de Lago pode ajudar na busca por convergências nessas disputas internacionais – e também ajuda a arrefecer as tensões no Brasil. Por isso, seu nome foi bem recebido pelo agronegócio. Como se vê, não será uma COP fácil. Se no campo externo a demanda por energia barata explicita os custosos desafios da descarbonização, internamente o Brasil ainda tem muita lição de casa para fazer. O País carece de ações concretas para proteger seus biomas, como a Amazônia, que recentemente bateu recorde de queimadas, e ainda precisa encontrar formas de combater a grilagem, o garimpo ilegal e o crime organizado, que escoa drogas para o mundo a partir da região. Somente uma política sustentável, com projetos que apresentem alternativas capazes de aliar proteção ambiental ao desenvolvimento econômico, sem extremismos, garantirá o sucesso do País como líder global. Até agora, no entanto, o Brasil patina na área, e seria muito ruim se Lula escolhesse “companheiros” cheios de vícios ideológicos e hostis ao agronegócio para serem a voz do Brasil nesse encontro."
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
A preparação do Brasil para a COP-29, marcada para novembro no Azerbaijão, foi debatida no Congresso. Representantes do governo e da sociedade civil discutiram os desafios, como a dificuldade em obter consensos devido a conflitos internacionais. Um dos principais entraves será a definição do novo financiamento para os países em desenvolvimento reduzirem suas emissões. A meta atual de US$ 100 bilhões foi cumprida parcialmente, gerando incertezas sobre o futuro. O Brasil busca avançar em acordos como o mercado global de carbono, o uso do Fundo de Perdas e Danos, e medidas de mitigação ligadas à transição energética e preservação ambiental. A participação da sociedade civil destacou a importância da justiça climática e a inclusão de grupos vulneráveis no debate. O Parlamento, por sua vez, foi incentivado a se engajar mais nas negociações e na criação de políticas públicas climáticas eficazes. Em relação à transição para a COP-30, que será realizada no Brasil, o governo busca garantir uma participação histórica dos povos indígenas nas negociações. Enfatizou-se a importância de aprovar propostas legislativas que fortaleçam a gestão ambiental e territorial indígena e protejam os deslocados climáticos. Por fim, o Instituto Clima de Eleição promoverá, no início de novembro, uma reunião da Rede de Parlamentares pelo Clima com foco na COP-29, reforçando a mobilização política para o evento.
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
-
A reeleição de Trump esteve nos bastidores e deu o tom de ontem no primeiro dia e das discussões da manhã de hoje na Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias que está acontecendo até amanhã em Belém (PA). Se por um lado havia o desânimo com a situação e com os ricos que isso representa para a pauta social e ambiental, houve muito espaço para se ver o copo cheio. O primeiro deles, foi o governador Helder Barbalho, tentando afastar qualquer sombra do protagonismo da COP30 que acontece na cidade em 2025. “Nós temos absoluta convicção de que a COP será extraordinária por ser a COP da Amazônia e pelas urgências ambientais e climáticas. Isso deve permitir que a COP aqui ganhe a dimensão de protagonismo, por essa agenda que toca todos os continentes e todas as nações”. Corroborando, e levantando a bola no dia meio desanimado pela notícia de Trump, a presidente da Fundação Europeia para o Clima, Laurence Tubiana, em dobradinha com a ex-ministra Izabella Monica Teixeira (She/Her) cravou: o Brasil e a União Europeia podem assumir liderança climática, e ainda provou a construção de uma coalizão para proteger a unidade do Acordo de Paris. Hoje pela manhã, Hugo Barreto deu um tom importante: poderá ser frustrante para a população de Belém descobrir ao final da COP que não foi tudo isso (e não será). A COP é uma grande discussão sobre como financiar o combate à crise climática, vai movimentar a cidade, mas não mudará a situação precária que se sobressai na cidade. Em poucas palavras, lembrou que é faz parte da função de cada empresa, de cada instituição, fazer sua parte para aproveitar a oportunidade, talvez única na história - vai saber quando o Brasil será epicentro de tantos eventos importantes de novo - para dar um salto de qualidade, para fazer uma virada. Na prática, é vamos agir e parar de olhar o quintal do vizinho. Ou sair do planejamento e partir pra ação. No vídeo um pedacinho do trabalho da Roberta Carvalho, sobre os cinco rios protagonistas da Amazônia, que abriu a Conferência, e serve para inspirar: um futuro que depende de todos nós...
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
Sextou com uma abordagem leve para um assunto sério: qual o papel dos atores não governamentais nas Conferências sobre Mudança do Clima das Nações Unidas? ONGs e setor privado podem ter muita relevância no processo multilateral, mas isso requer uma boa preparação. A partir de uma experiência enriquecedora de formação em negociações internacionais (uma parceria entre Instituto Clima e Sociedade (iCS) e FGVces), Fernanda Carreira, Gabriela Alem Appugliese e eu apresentamos nesse artigo algumas reflexões para que as missões às COPs sejam significativas - e para fazermos bonito enquanto anfitriões da #COP30. https://lnkd.in/dbGptRps
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
Yuri Rugai Marinho, Sócio Diretor da ECCON Soluções Ambientais, escreve para a EXAME sobre o desafio que a comunidade internacional terá para levantar os trilhões necessários para enfrentar as mudanças climáticas. Os países em desenvolvimento fizeram um pleito durante a COP29 Azerbaijan de 1,3 trilhão de dólares como valor anual necessário para contenção e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Esse valor seria pago pelos países industrializados. Apenas para se ter uma ideia, estima-se que a tragédia do Rio Grande do Sul pode ter custado cerca de 20 bilhões de dólares. Se cada um dos mais de 190 países do mundo solicitar recursos para suas tragédias, o valor ficará muito distante do necessário. A COP29 Azerbaijan criou o “Baku to Belem Roadmap to 1.3T”, que servirá como um guia para se alcançar o montante de USD 1.3 trilhão anual a partir de 2035. A partir de agora o Brasil assume o papel de presidência da próxima COP, que será realizada em Belém (Pará) e que vai focar em floresta, financiamento e justiça climática. Fica para o Brasil, então, o grande desafio da busca pelos trilhões necessários para o financiamento global. Link da matéria: https://lnkd.in/dTnzhjm6
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
-
O Fundo Cáli, o reconhecimento dos afrodescendentes na proteção e uso sustentável da natureza, um órgão subsidiário permanente para que povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais tenham mais voz nas negociações internacionais, cuidar das sinergias entre clima e biodiversidade, classificar áreas ecológicas nos oceanos -- a COP 16 entregou muito. Falta discutir os meios de implementação e os indicadores, que ficaram para a COP 16.2. Os países ricos bloquearam o texto sobre financiamento, os países em desenvolvimento reclamaram o que é de direito e a conferência foi suspensa. Mais nos próximos capítulos.
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
Nesta semana, a Troika do Clima – trinca de países formada por Brasil, Azerbaijão e Emirados Árabes Unidos, criada desde a COP28 – reforçou o compromisso com a antecipação de suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (#NDC), documento que fixa as metas voluntárias – mas sempre progressivas – dos países em relação à política climática. Com o documento, cresce a possibilidade de as NDCs dos países da Troika serem anunciadas oficialmente durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em setembro, em Nova York, e não durante a COP29, ou mesmo no início de 2025. Se por um lado esse anúncio movimenta a diplomacia internacional ao exercitar o senso de urgência dos países e os convida a se moverem mais rapidamente (os chamados early movers), por outro levanta o alerta sobre o risco de as NDCs serem menos ambiciosas do que deveriam, dada a rapidez do lançamento. O Brasil, por exemplo, ainda está em pleno processo de debate e renovação de sua política nacional sobre mudança do clima (#PNMC) e dos planos climáticos a ela vinculados. É bom ficar de olho. Confira o documento aqui: https://lnkd.in/dfx4stcM (editado) #institutotalanoa #politicasclimaticas #troikadoclima #mudançasclimaticas
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
Ontem, em evento da B3, a recém empossada Secretária Executiva da COP-30, Ana Toni, falou sobre o mote do encontro: vamos inaugurar a segunda década de negociações do Acordo de Paris - se a primeira década foi de criação de regras e estruturação da governança, a segunda década, será a de implementação. São muitos os desafios que a Secretária Executiva e o Presidente da COP-30, o Embaixador André Corrêa do Lago, enfrentarão para resgatar a confiança no processo multilateral de negociações, especialmente no ano em que, mais uma vez, os EUA se retiram do Acordo de Paris. No entanto, há uma oportunidade única de a diplomacia brasileira, liderada por um dos seus representantes mais experientes e conhecedores do assunto, mostrar a sua habilidade de conduzir negociações sobre temas ambientais complexos. Estou confiante e desejo muito sucesso aos trabalhos preparatórios para a COP-30, que acontecerão em paralelo à regulamentação da nossa lei de mercado de carbono. Certamente, 2025 será um ano de fôlego para aqueles que trabalham como assunto! Bora juntos! #cop30 #mercadodecarbono #dclc #esg #clima #carbono
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
-
🌿 O Brasil pode liderar a revolução ambiental global? A COP 30 em Belém coloca o país no centro do debate climático, mas os desafios são enormes. Aqui estão 3 pontos que você precisa saber: 1. A Amazônia como protagonista: O evento acontece no coração da maior floresta tropical do mundo, reforçando a urgência de proteger esse patrimônio. 2. Lula e o prazo até 2040: O governo promete ações concretas, mas será que conseguirá transformar discurso em resultados? 3. O papel de ponte do Brasil: Especialistas destacam a chance de o país mediar acordos entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. E você, acredita que o Brasil pode se tornar uma potência ambiental? Descubra mais detalhes e análises exclusivas no link abaixo! 🌐 www.ainewz.com.br
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
-
As negociações deveriam ser concluídas na última 6ª feira (1º/11), mas desentendimentos entre países ricos e pobres sobre o volume de recursos e a gestão do fundo de financiamento para proteção da biodiversidade forçaram a suspensão do encontro, sob o risco de perder os poucos avanços obtidos nas últimas semanas em Cali, na Colômbia. O item central da agenda da COP16 não foi resolvido. Os negociadores tentaram prorrogar a Conferência por algumas horas, entrando na madrugada de sábado (2). No entanto, por falta de quórum na plenária final, a presidente da COP, a ministra colombiana Susana Muhamad, decidiu pela suspensão das conversas. Assim, a conclusão das negociações de Cali acontecerá em outro momento (e, provavelmente, local), a ser definido pelo secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), antes da próxima COP17, programada para acontecer em 2026 na Armênia. Fonte: Climainfo #meioambiente #biodiversidade #debateglobal
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
ESG/Risk Analysis/Intelligence/Data Analyst/National and International Security and Defense/ Civil Affairs/Civil-Military Coordination/UN Missions
2 mIndiscutível a boografia na área amboental. A questão é se ele tem capacidade para tratar com políticos, empresários e com a falta de infraestrutura existente para o evento? Se o governo fosse sério e organizado, o teria nomeado ano passado, dando tempo adequado para as peovidências necessárias.