Essa semana, tive a oportunidade de participar do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio. E, inconscientemente, podemos nos perguntar: por que mulheres no agro e não pessoas no agro? Isso não é mimimi? Não é preconceito reverso? Quantas vezes as mulheres ouviram que a gestão de propriedade rural (ou, para reacender a polêmica, ser CEO) não é assunto de mulher? Não é o melhor uso da energia feminina. Quantas vezes não questionamos ambições femininas, não colocamos em xeque suas competências, tiramos crédito das conquistas. A jornada de igualdade de gênero exige identificar e questionar crenças limitantes, vieses de gênero, mas, principalmente, que todo esse conhecimento seja refletido na prática. Ver mães e filhas participando do evento, inseridas na tomada de decisões, discutindo sucessão patrimonial é uma evolução. Reconhecer mulheres destaque em P&D, práticas de sustentabilidade, gestão, produtividade e que, efetivamente, mexem o ponteiro representa muito. E, infelizmente, se não tivéssemos esse tipo de evento, muitos desses reconhecimentos seriam esquecidos. Como se esquece de convidar mulheres para compor mesas de discussão - por vezes 100% masculinas. Como se esquece de prezar para que posições mais altas de liderança sejam ocupadas por mulheres. Diminuir o gap salarial, de oportunidades e de representatividade passa por termos mais momentos como esse. Obrigada Felipe Americano de Rezende pela oportunidade!
Muito pertinente a sua reflexão, Lu! Uma pena que ainda precisemos desses fóruns para relembrar a força feminina no agro, no mercado ou em qualquer lugar, mas feliz que essa luta existe e está sendo muito bem representada.
Coordenador de Estruturação l Investment Banking l Renda Fixa l DCM l Banco Genial
5 mNós que agradecemos a sua participação, é sempre um prazer recebê-la e importantíssimas as provocações feitas Lu, é preciso quebrar esses paradigmas para ontem!