Alarme de Sobretensão: principais causas

Alarme de Sobretensão: principais causas

por Laís Andrade - 09/05/2022

A rede da concessionária naturalmente possui uma variação no valor eficaz da tensão devido à quantidade e ao tipo de cargas conectadas na rede, às distâncias entre o ponto de fornecimento e a unidade consumidora e entre outros fatores. Entretanto, há limites para esta variação estabelecidos pela norma NBR-16149:2013.

O QUE DIZ A NORMA NBR-16149:2013?

A NBR-16149:2013 diz respeito às características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição de sistemas fotovoltaicos. No tópico 5.2.1 – Variação de tensão, estabelece que os inversores fotovoltaicos devem parar de injetar potência ativa quando detectada uma tensão acima ou abaixo do esperado durante o período citados na tabela 2. O tempo máximo de desligamento tem por objetivo evitar desconexões desnecessárias de curta duração.

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  Por outro lado, o inversor deve permanecer conectado a fim de monitorar a normalização das grandezas e assim, retomar a geração de energia elétrica.

Há ainda uma nota para que se leve em consideração a queda de tensão entre o ponto comum de conexão e os terminais do inversor. Contudo, é importante certificar-se sobre os tópicos abaixo, antes de considerar esta queda de tensão.


TENSÃO ELEVADA NO PADRÃO DE ENTRADA

No Brasil, nem sempre se recebe uma tensão padronizada da rede elétrica, já que em alguns locais as casas são distantes, como é o caso da zona rural, ou há muitas unidades consumidoras para um mesmo transformador. Assim para compensar os efeitos de queda de tensão, a concessionária aumenta a tensão para que todos recebam o valor mínimo da nominal. Deste modo, os consumidores mais próximos recebem uma tensão mais elevada.

Neste caso, deve-se verificar com a concessionária a possibilidade de ajuste do TAP do transformador. Caso não tenha possibilidade, como ocorre na zona rural, pode-se recorrer ao ajuste de tensão.

 

IMPEDÂNCIA ELEVADA

A impedância é a grandeza elétrica que mensura a capacidade de um circuito resistir ao fluxo de corrente elétrica. Na corrente contínua, equivale à resistência. Já na corrente alternada, há dois outros fatores a serem considerados, capacitância e indutância. Deste modo, por meio da primeira lei de Ohm, constata-se que quanto maior a impedância e/ou a corrente, maior será a tensão. Alguns aspectos da instalação elétrica resultam no aumento de impedância:

  • Longas distâncias entre o inversor e a rede da concessionária, caso não sejam consideradas durante o dimensionamento dos cabos. Nos manuais de nossos inversores é indicada a máxima distância, bem como as especificações dos cabos que devem ser utilizados.
  • Conexões ruins ou falta de torque ou revisão na instalação.
  • Cabos com secções transversais subdimensionadas.

O trecho com alta impedância pode ser isolado e detectado por meio de medições em pontos estratégicos: padrão de entrada, quadro geral e conector de corrente alternada do inversor. Se a diferença entre a primeira medição e a subsequente for elevada, sabe-se que naquele trecho pode haver algum dos problemas mencionados acima.


VÁRIOS INVERSORES EM UM ÚNICO PONTO DA REDE

Em alguns sistemas, os instaladores optam por colocar mais de um inversor na mesma fase. Isso pode “desbalancear” a rede e aumentar a tensão. Assim, é necessário considerar a capacidade de alocação de cada fase e distribuí-los.

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