Crianças e adolescentes estão cada vez mais conectados, mas como garantir que esse uso de tecnologia aconteça de forma saudável? Para ajudar famílias, escolas e empresas a enfrentarem esse desafio, o governo federal lançou o guia “Crianças, Adolescentes e Telas”, com recomendações essenciais para um uso equilibrado e seguro das tecnologias. O Instituto Alana participou de toda a elaboração desse material e, inclusive, fez encontros para escutar crianças e adolescentes sobre o que eles pensam sobre o mundo digital. Maria Mello, coordenadora do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, falou sobre o tema em entrevista à CBN. Ela destacou que a proteção digital das crianças e dos adolescentes depende de um esforço coletivo: “O guia traz recomendações práticas para famílias, educadores, empresas e influenciadores. É preciso um pacto coletivo para que crianças e adolescentes estejam protegidos na internet e não da internet. Todos têm um papel na garantia do bem-estar e dos direitos das novas gerações, também no ambiente online.” Entre as principais recomendações do guia estão: - Evitar o uso de telas para crianças menores de 2 anos, exceto para contato com familiares por videochamada. - Não disponibilizar celular próprio para crianças antes dos 12 anos. - Introduzir o uso de dispositivos digitais de forma gradual, respeitando a autonomia progressiva da criança ou do adolescente. - Observar a classificação indicativa ao permitir o acesso às redes sociais. - Garantir que o uso de dispositivos eletrônicos, aplicativos e redes sociais na adolescência (12 a 17 anos) seja acompanhado por familiares ou educadores. Maria também alerta para a necessidade de os adultos darem o exemplo, reduzindo o uso excessivo de telas: “Muitos de nós trabalhamos com isso, mas, quando percebemos, já estamos fazendo outras coisas no celular. As crianças e os adolescentes observam esse comportamento. É fundamental que famílias, educadores e todos os adultos ao redor também se comprometam a diminuir o tempo diante das telas." Para entender melhor as recomendações e ouvir a entrevista completa, acesse o link abaixo. https://lnkd.in/dSPT6MGH
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Somos uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, cuja missão é "honrar a criança". Fazemos um trabalho nacional de advocacy com foco em questões sensíveis para a vivência plena da infância e nos estruturamos a partir de quatro eixos: comunicação, educação, relações governamentais e ações jurídicas. Atuamos por meio de programas e plataformas, que podem ser acessados em www.alana.org.br.
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Funcionários da Instituto Alana
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Mariana Mecchi
Líder em Estratégia e Implementação de Projetos | Impacto Social e Sustentabilidade | Articulação e Alianças Estratégicas | Filantropia | Em Jornada…
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Claudia Moreira Pinto
Project Manager at Alana
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Marcos Nisti
*Donor Activist* Instituto Alana, Maria Farinha Films & Alana Foundation
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Camila Hessel
Creative Strategist | Content Ecosystems Specialist
Atualizações
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A relação de crianças e adolescentes com o mundo digital pede atenção e políticas baseadas em evidências. O material “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”, lançado pelo governo, traz orientações importantes para promover um uso mais consciente das telas e fortalecer a proteção digital dos mais novos. Entre os temas abordados no guia estão práticas recomendadas para o uso de dispositivos, o impacto da publicidade infantil e caminhos para tornar o ambiente online mais responsável e acolhedor para crianças e adolescentes. São orientações que contribuem para uma internet mais saudável para todos. O Instituto Alana participou ativamente da construção desse documento, organizando encontros de escuta com crianças e adolescentes para compreender suas percepções e desejos em relação ao mundo digital. As vozes desses públicos foram incorporadas ao guia, que traz não apenas recomendações técnicas, mas também sugestões vindas diretamente de quem vive essa experiência. Isso reforça o quanto é essencial ouvir crianças e adolescentes na construção de políticas que afetam suas vidas. Conheça o documento completo e veja como essas orientações podem contribuir para a sua família, escola e comunidade. Acesse: https://lnkd.in/dsEMD72w. O programa Criança e Consumo, do Instituto Alana, também reuniu algumas dessas orientações em um carrossel. Arraste e veja o que elas dizem!
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Quais os impactos do uso de telas no desenvolvimento das crianças? O tema tem gerado intensos debates, à medida que especialistas analisam os benefícios e riscos da exposição precoce a dispositivos eletrônicos. Rodrigo Nejm, especialista em Educação Digital do Instituto Alana, estará no seminário “Uso de telas na primeira infância: interfaces e mundo digital”, no dia 20/03, no Centro Cultural do Ministério Público do Maranhão. O evento reunirá especialistas em educação, saúde e desenvolvimento infantil para discutir essas questões e apresentar recomendações baseadas em pesquisas recentes. Também participam do encontro Vital Didonet, mestre em Educação, e Flávia Valéria Nava, Promotora de Justiça de São José de Ribamar. O seminário é promovido pela Rede-MA e pela Plan Brasil. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site
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Em janeiro, a Meta anunciou uma nova política de moderação de conteúdo, afirmando que priorizaria a detecção de casos “mais graves”, como exploração sexual infantil. Dois meses depois, um teste do portal Aos Fatos revelou que a empresa ainda falha na proteção de meninas em suas redes. A reportagem denunciou dez vídeos de cinco jovens vítimas de sexualização no Instagram e Facebook, mas apenas um foi removido, contrariando a Resolução nº 245/2024 do Conanda, que determina que empresas digitais devem mitigar, de forma preventiva e responsável, os riscos aos direitos de crianças e adolescentes, incluindo a propagação de conteúdos que resultem em exploração sexual. Maria Mello, coordenadora do Criança e Consumo, explica que muitos casos de exploração envolvem conteúdos aparentemente lícitos, mas que se tornam abusivos pela forma como circulam e são interpretados no ambiente digital. Mesmo sem exposição sexual explícita, os vídeos denunciados receberam comentários que reforçavam a sexualização das meninas, aumentando o risco de abuso e exploração. Em alguns casos, as gravações tinham consentimento dos responsáveis, mas isso não isenta as plataformas de responsabilidade. Segundo Mello, a autorização dos pais não isenta as plataformas da responsabilidade de moderar. “Ainda que a família compartilhe ou estimule esse tipo de produção de conteúdo, a plataforma tem a obrigação de tirar do ar se for entendido como conteúdo que incorre em abuso e exploração”, afirma. Além disso, alerta que a falta de verificação adequada da idade facilita violações aos direitos das crianças e adolescentes. Leia a matéria completa https://lnkd.in/dKUvJAaR
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“Se não tivesse acontecido a pandemia, eu já saberia ler e escrever, e já estaria mais avançado”, diz Maicon, 11 anos. Em 2020, ele começava o primeiro ano do ensino fundamental quando o mundo parou diante de um vírus até então desconhecido. Cinco anos depois, os efeitos da pandemia ainda acompanham a infância: dificuldades na alfabetização, impacto na socialização e desafios emocionais. O Portal Lunetas ouviu crianças para entender como lidam com essas marcas. Na rede pública de São Paulo, onde Maicon estudava, as aulas passaram a ser transmitidas pela TV aberta e pelo YouTube da Secretaria Estadual da Educação. Sem acesso fácil ao celular, ele acordava cedo para assistir à televisão, mas teve dificuldade em acompanhar o ensino remoto. “Tinha que prestar muita atenção, mas no sofá de casa eu me distraía”, lembra. Histórias como a de Maicon mostram que os impactos sociais da Covid-19 seguem presentes, afetando principalmente crianças e adolescentes em fases decisivas do desenvolvimento. Além do prejuízo na aprendizagem, a socialização também foi comprometida. Ruas vazias, parques fechados, e a casa como único espaço possível para brincar. Anderson, 12 anos, lembra que, nesse período, seu mundo se reduziu à tela do celular e da televisão. “Eu gostava de empinar pipa, mas dentro de casa não dava.” Se a pandemia deixou marcas profundas, também evidenciou a resiliência das crianças. Agora, o desafio é garantir que tenham oportunidades reais para superar esses prejuízos. O apoio da família e das escolas é essencial, mas a responsabilidade também recai sobre o poder público. Como as crianças estão lidando com os desafios pós-pandemia? E quais caminhos podem garantir que ninguém fique para trás? Arraste o carrossel para saber mais. Matéria completa do Portal Lunetas no link https://lnkd.in/dYsZfM4m
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Atenção! As inscrições para o Prêmio Criativos Escola + Natureza foram prorrogadas até o dia 18 de março. Devido ao grande número de acessos nos últimos dias, o site apresentou instabilidades. Para garantir que todos consigam finalizar sua inscrição, o prazo foi estendido: agora você tem até terça-feira (18), às 23h59, para concluir o preenchimento do formulário. Se você é educador e seus alunos têm projetos que ajudam a solucionar problemas ambientais, não perca essa chance! Nossa equipe segue trabalhando para normalizar a situação o mais rápido possível. Caso tenha alguma dúvida, escreva para contato@criativosdaescola.com.br.
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A regulamentação da Lei 15.100/2025, que trata da restrição do uso de dispositivos móveis em escolas, foi tema de uma audiência pública interativa promovida pelo Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional. O debate reuniu especialistas para discutir a importância dessa medida para a educação. Rodrigo Nejm, especialista em educação digital do Instituto Alana, destacou que a restrição deve vir acompanhada de uma educação digital crítica, promovendo a emancipação de crianças e adolescentes no ambiente digital. “Os dados da pesquisa TIC Kids Online Brasil mostram que os estudantes são os que ensinam os familiares, os avós, os pais a usarem serviços de banco digital, a acessarem benefício público, a obterem uma informação sobre saúde ou verificarem uma informação que está em dúvida na internet”, afirmou. “Então, os estudantes são transformadores também no conjunto maior das nossas famílias e sociedade.” A audiência contou com a participação de Renan Ferreirinha, secretário de Educação do Rio de Janeiro; Anita Stefani, diretora de Apoio à Gestão Educacional no Ministério da Educação; e Israel Batista, conselheiro do Conselho Nacional de Educação. Anita Stefani apresentou dados da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024, mostrando que 67% das crianças entre 9 e 10 anos já possuem celular, número que chega a 79% entre 11 e 12 anos. Ela alertou que, embora a criação de perfis sociais por crianças e adolescentes seja proibida, 70% dos que têm entre 11 e 12 anos já possuem contas ativas, o que aumenta a exposição a conteúdos sensíveis que impactam a saúde mental. A regulamentação da Lei 15.100/2025 é um passo importante para proteger o desenvolvimento de crianças e adolescentes e garantir que a escola continue sendo um espaço de aprendizado e socialização. Clique no link para ler mais. https://lnkd.in/dKFi47vD
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“As histórias que são contadas ainda hoje nas escolas e universidades foram escritas pelos colonizadores [...] Isso gera muito preconceito com nosso povo e faz com que a sociedade não consiga enxergar nossa diversidade. A escola, que ajudou a construir esse preconceito, agora tem que desconstruir.” A reflexão de Vanda Witoto, professora e ativista, evidencia um desafio histórico: a educação no Brasil, por muito tempo, ignorou ou distorceu os saberes indígenas e afro-brasileiros, reforçando uma visão eurocêntrica da formação do país. Esse modelo não apenas supervalorizou a cultura europeia, mas também silenciou a contribuição de outros povos para nossa identidade. A Lei 11.645, que completa 17 anos este mês, torna obrigatório o ensino da história e cultura indígena e afro-brasileira nas escolas. No entanto, sua implementação ainda enfrenta desafios, como a falta de formação adequada para educadores, a escassez de materiais didáticos e a resistência de grupos que se opõem à valorização da diversidade cultural. Isso compromete não apenas o direito dos povos indígenas ao reconhecimento de sua história, mas também o direito de todas as crianças a uma educação que reflita a pluralidade do Brasil. Os povos indígenas detêm conhecimentos fundamentais sobre biomas, ecossistemas, agricultura, medicina tradicional, ciência e artes. Incorporar essa sabedoria ao currículo escolar não é apenas uma questão de justiça histórica, mas um passo essencial para uma educação de qualidade e representativa. Para avançarmos, é preciso fortalecer políticas públicas, investir na formação de professores e garantir que materiais pedagógicos contemplem, de fato, a diversidade do país.