O Brasil queima, e suas chamas nos atingem não apenas fisicamente, mas também no registro Simbólico e Imaginário. O modo como costumávamos entender o mundo está desmoronando, e as histórias e símbolos que usamos para dar sentido à nossa existência estão sendo profundamente abalados. Reforça o sentido de que a crise não é apenas física ou ecológica; é também uma crise de significado. As catástrofes ambientais que enfrentamos desafiam nossas antigas certezas e exigem que reavaliemos as narrativas e os valores que nos guiaram até aqui. Algo essencial está se perdendo – não só no mundo natural, mas também na maneira como compreendemos e nos conectamos com ele. O Brasil está em chamas. Os #incêndios criminosos, alimentados por eventos climáticos extremos, devastam milhares de hectares nos biomas brasileiros, ameaçam nossa sobrevivência. Como podemos lidar com essa sensação de que o futuro está se tornando cada vez mais incerto? Precisamos de uma nova compreensão que vá além do que é apenas visível e imediato, uma que nos ajude a reconstruir um sentido de propósito e a abrir novos caminhos para o futuro. #CriseAmbiental #MudançasClimáticas #queimadas #amazonia #NarrativasDeMudança #DesafiosGlobais #future
Publicação de Ana Lizete Farias, PhD
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Senhores e senhoras! Neste momento não me preocupo com a concordância verbal. Especial escrevo sobre nós, sobre o Rio Grande do Sul, sobre um Povo que neste momento difícil sofre. Recebam o meu abraço solidário. Nós somos fortes, somos uma civilização que renasce, floresceu, somos a espécie humana de uma força onipresente. A estabilidade climática propiciou o desenvolvimento econômico e social, e o ser humano expandiu as atividades agrícolas e a domesticação dos animais, construiu cidades e montou uma máquina de produção e consumo de bens e serviços jamais vista na Terra. O crescimento da população e da produção foi de tal ordem que o Prêmio Nobel de Química (1995) Paul Crutzen, avaliando o grau do impacto destruidor das atividades humanas sobre a natureza afirmou que o mundo entrou em uma nova era geológica da dominação humana. Representa um novo período da história do Planeta, em que o ser humano se tornou a força impulsionadora da degradação ambiental e o vetor de ações que são catalisadoras de uma provável catástrofe ecológica. A Terra entrou em uma espiral da morte. A sexta extinção em massa das espécies e a crise climática são as ameaças mais urgentes do nosso tempo. E o prazo para reverter essa espiral da morte está se esgotando. Será necessária uma ação radical para salvar a vida no Planeta. O progresso demoeconômico tem gerado externalidades negativas para o meio ambiente. Isto representa um novo período da história do Planeta, em que o ser humano se tornou a força impulsionadora da degradação ambiental e o vetor de ações que são catalisadoras de uma provável catástrofe ecológica. A nossa era é sincrônica à modernidade urbano-industrial. A Revolução Industrial e Energética que teve início na Europa no último quartel do século XVIII deu início ao uso generalizado de combustíveis fósseis e à produção em massa de mercadorias e meios de subsistência, possibilitando uma expansão exponencial das atividades antrópicas. Em 250 anos, a economia global cresceu 135 vezes, a população mundial cresceu 9,2 vezes e a renda per capita cresceu 15 vezes. Este crescimento demoeconômico foi maior do que o de todo o período dos 200 mil anos anteriores, desde o surgimento do Homo sapiens. Mas todo o crescimento e enriquecimento humano ocorreu às custas do encolhimento e empobrecimento do meio ambiente. O conjunto das atividades antrópicas ultrapassou a capacidade de carga da Terra, e a Pegada Ecológica da humanidade extrapolou a Biocapacidade do Planeta. A dívida do ser humano com a natureza cresce a cada dia e a degradação ambiental pode, no limite, destruir a base ecológica que sustenta a economia e a sobrevivência humana. A atmosfera está cheia de resíduos radioativos. As atividades humanas já deixou uma cicatriz perceptível no registro da nossa história recente do Brasil. Podemos até inauguramos um novo capítulo na história da Terra? Neste momento Somo todos Gaúchos, Sulistas ou Nordestinos somos um só Corpo um só Coração. Guedes de Valois
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A BIOSFERA ESTÁ PARA A VIDA NA TERRA ASSIM COMO O ÚTERO ESTÁ PARA O BEBÊ. Imagine um bebê faminto resolvendo comer o próprio útero de que depende para sobreviver... Mutatis mutandis, é o que estamos fazendo com a nossa biosfera, a esfera que garante a vida na Terra. Uma pena a insanidade da ideologia pela ideologia, da religião pela religião e da busca obsessiva pelo enriquecimento nos impedir de conhecer mais sobre o delicado funcionamento integrado dos ecossistemas e sobre o valor dos “serviços ambientais” (o oxigênio que respiramos é “apenas” um). Compreendamos isto antes que seja tarde! A IGNÂNCIA – ignorância (desconhecimento) somada à ganância (querer tudo - e agora) está condenando a vida na Terra a uma rápida e dolorosa extinção. Das cinco maneiras de a humanidade ser extinta, relatadas por Isaac Asimov em seu livro de não-ficção “Escolha a catástrofe”, a única, segundo ele, com que devemos realmente nos preocupar é a que pode ser causada pelo próprio ser humano - guerras nucleares e destruição do meio-ambiente, por ex. Apostar que a tecnologia vai resolver tudo é de um otimismo absolutamente injustificável. As soluções tecnológicas – como ir para Marte – serão apenas para um grupo ínfimo (“por acaso”, os mais ricos). Mesmo assim, destruir voluntariamente este paraíso, com sua natureza exuberante e atmosfera tão life-friendly, para trocá-lo por um deserto hostil à vida não é uma barganha inteligente. Os bilionários parecem acreditar que sim e irão. A nós outros caberá nos adaptar ao mundo Mad Max que eles – e nós – produzimos. Ou perecer. Mudar nosso jeito de estar no mundo é vital. Precisamos redescobrir a beleza de uma vida mais simples, sem tantos gadgets, mas sem tanto stress. Menos coisas (que consomem vorazmente os recursos naturais) e mais experiências de vida - boa convivência com os amigos e familiares, menos viagens longas e mais passeios a pé ou viagens curtas, mais tempo com os filhos e netos, mais atenção aos pequenos milagres do cotidiano – ver as pequeninas sementes numa horta se transformarem em exuberantes tomateiros nos desestressa e ajuda a começar a perceber a interrelação entre água, solo, nutrientes... - e a revalorizar a beleza do simples. Chuva sem floresta? Agricultura sem chuva, abelhas, borboletas, pássaros e animais silvestres? Clima e temperatura equilibrados sem geleiras? Esquece. O tempo é escasso, mas talvez suficiente para mudarmos nosso jeito predatório e, muitas vezes, infantil de estar neste fantástico espaço vital. Cada ação governamental e empresarial conta, mas cada ação individual conta talvez mais. Despir-nos de preconceitos políticos e religiosos e nos informar sobre como funciona a teia da vida, da qual somos uma ínfima parte, é um passo. Optar por uma vida plena e saborosa e não apenas por uma conta bancária recheada, que, na verdade, nada garante, é outro.
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Nas profundezas da Amazônia, onde a densa vegetação esconde segredos ancestrais e murmúrios antigos, existe uma verdade muitas vezes esquecida: pessoas. Sim, pessoas reais habitam nessas vastidões intocadas, onde o pulso da natureza dita o ritmo da vida. No entanto, enquanto o mundo avança em passos largos rumo à modernidade que o acesso à energia propicia, essas comunidades que vivem nas áreas remotas permanecem esquecidas, privadas do acesso à energia. Em meio à floresta, suas vidas se desenrolam em um cenário de exclusão, onde a energia é apenas um sonho distante. É uma realidade que clama por reconhecimento, uma injustiça que ressoa através de povos ancestrais, ecoando a luta por igualdade e oportunidades. Saiba mais e ative o seu poder de mudança! https://lnkd.in/dB-_sgS3
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A prova #cabal ! A importância em manter-se a natureza intacta sem destruição o berço à #biodiversidade meio ambiente natural, se para o seres humanos ė uma bença gloriosa, imagina então a sensação de bem estar aos animais no sombreiro refrescante entrelaçados sobre a copa da árvore em campo aberto ao sol 🌞 e calor 🔥 🥵 escaldante.(*) O homem não tem direito em destruir o meio ambiente, se-não, bastasse as queimadas de causas naturais os #raios, agora as “queimadas criminosas” ações de #anarquistas sem #consciencia #ecológica, agindo contra à natureza o mais #precioso “ativo biológico” #universal, de alto valor #econômico agregado disponível para bem à humanidade ao redor do planeta #Terra 🪐. (**) Moral da história. O país- Brasil 🇧🇷 está enfrentando o severo risco #climático à prova de fogo 🔥 🔥 🔥 sem precedentes de ponto a ponto do Oiapoque ao Chuí. A cadeia produtiva no setor #Agronegócio está comprometida na zona #risco na linha do tempo em riscos colaterais:( plantação, colheita, cotação internacional, armazenamento e infraestrutura e logística ) Risco agro não se elimina, risco agro se administra! Gerência e #monitora sempre sem #pestanejar. (*) O que significa a palavra cabal na Bíblia? “Cabala é o nome de uma ciência oculta ligada ao Judaísmo, mas é também um termo usado com o significado de trama, intriga secreta, conspiração”. (**) “O planeta Terra é o planeta habitado por nós, seres vivos. Conhecido também como planeta água, é o maior dentre os quatro planetas rochosos que fazem parte do Sistema Solar. O Planeta Terra é conhecido como Planeta Azul, por ter 70% da sua superfície coberta de água” (**) Arnaquistas ! “Anarquismo é uma ideologia política que se opõe a todo tipo de hierarquia e dominação, seja ela política, econômica, social ou cultural, como o Estado, o capitalismo, as instituições religiosas, o racismo e o patriarcado.” #CarlosLimaLobo
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Hoje, enquanto celebramos o Dia da Terra, uma data dedicada à promoção da consciência ambiental e da proteção do nosso planeta, também observamos Pessach (Páscoa judaica), uma festa que comemora a libertação dos judeus da escravidão no Egito. À primeira vista, essas duas celebrações podem parecer distintas em natureza e significado. No entanto, ambas compartilham um tema comum: a luta pela liberdade, justiça e sustentabilidade. Este ano, essa intersecção de datas nos levam a refletir sobre a interconexão entre justiça social, autodeterminação e a urgência de proteger nosso planeta. Pessach está relacionado com a resiliência do espírito humano diante da opressão e a importância de lutar pela liberdade de todos os povos. Neste contexto, é fundamental reconhecer o direito à autodeterminação do povo palestino, assim como de todas as nações e comunidades ao redor do mundo. Assim como a libertação é central para a celebração de Pessach, a proteção do nosso planeta é a essência do Dia da Terra. A crise climática atual exige uma ação coletiva urgente e decisiva para garantir um futuro sustentável. A degradação ambiental não conhece fronteiras, nacionalidade, religião ou status socioeconômico. A luta pela justiça climática está intrinsecamente ligada à luta pela justiça social, pois são os mais vulneráveis e marginalizados que sofrem desproporcionalmente os efeitos adversos das mudanças climáticas. Neste Dia da Terra e Pessach, precisamos entender a nossa responsabilidade coletiva em promover a paz, a justiça e a sustentabilidade. Condenar qualquer forma de violência e guerra é fundamental para a construção de um mundo mais justo e pacífico. A violência apenas perpetua o sofrimento e a injustiça, impedindo o progresso em direção à paz duradoura.
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A notícia mais bombástica desse mês de abril, eclipsado, retrogradado, pesado e difícil veio do chefe do clima da ONU, Simon Stiell: "temos dois anos para salvar o planeta". O planeta não precisa ser salvo, sabemos, é a espécie humana que precisa, e junto com ela, boa parte das demais espécies que dividem conosco a experiência terrena. Mas sabemos disso há anos! Ontem mesmo eu dava a primeira aula na pós em Design Estratégico do Istituto Europeo di Design - IED São Paulo, apresentando aos alunos uma linha do tempo da sustentabilidade, que começa lá no século XVIII, com um tratado chamado Sylvicultura Oeconomica. Nele, havia o entendimento da depleção dos recursos locais, europeus, que deveriam ser explorados e saqueados de outros povos e colônias. Desde então sabemos que estamos consumindo mais do que a Natureza é capaz de restaurar. E no entanto, cá estamos, três séculos depois, com a corda no pescoço e a água no nariz e a letargia e a inércia seguem sendo as regras comportamentais. Business as usual, desde as atitudes mais nanoscópicas e individuais, até as decisões mais macroscópicas e coletivas. Há uma insistente recusa em se tomar decisões necessárias — que não são nada difíceis, se abrimos os olhos com coragem para olhar para o destino que nos aguarda, amanhã. A campainha já tocou, o amanhã está atrás da porta, não em um horizonte improvável daqui centenas de anos. Qualquer coisa, qualquer decisão, qualquer recusa à transformação, qualquer resistência ao que precisa ser feito, apenas abre mais rapidamente essa porta. A vida nos estende a mão em um convite para mudarmos o rumo da história. Há esperança. Existem milhares de pessoas fazendo tudo que podem, nesse exato momento, para reverter esse quadro. Só que precisamos de massa crítica. Precisamos de toda ajuda que pudermos ter. Não temos as respostas e não temos como fazer tudo sozinhos, muito menos engolidos por esse sistema que mói gente. Mas, se cada um de nós ao menos sair da letargia e fizer tudo que estiver ao seu alcance, temos chance. E daremos chance a todos os outros seres que padecem conosco e que, em realidade, sofrem muito mais que a espécie humana. Muitas mestras e mestres estão ensinando possíveis caminhos, que vão desde transformações espirituais até negociações de acordos globais. De influencers a cientistas, de professores a líderes religiosos, pessoas que já estão trilhando o caminho da transformação há mais tempo e podem ajudar quem esteve preso(a) no "business as usual" e agora entende a urgência da ação. Pergunte-se: o que é tudo que eu posso fazer, honestamente e dentro das minhas possibilidades, para reverter esse quadro? Busque seus mestres e dê os passos necessários, tome as decisões difíceis, mas faça-o agora. #regeneraçao #transformaçao #climatechange #mudançasclimaticas #sustentabilidade
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No "Dia da Terra", gostaria de compartilhar esse vídeo da ONU Brasil, com mensagem do Secretário-Geral, Antonio Guterres, que nos convida a mobilizar esforços para reparar as relações com a Mãe Terra: a mãe de todos os desafios da humanidade. Independentemente das convicções pessoais de cada um sobre o ESG, penso que o papel de cada um começa em casa, com a educação, revisão os hábitos de consumo e descarte e conscientização do nosso ciclo social. Isso porque, antes de tudo, empresas e organizações são feitas de pessoas. E, muito mais do que retorno financeiro ou obediência às normas jurídicas, acredito que a mudança só ocorrerá definitivamente quando estiver atrelada a um PROPÓSITO, aplicável à vida de cada um. Pessoal e profissional. https://lnkd.in/dTsJnaHC
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Estamos vivendo no Antropoceno - a era geológica caracterizada pela ação humana, como maior força de impacto. Resultado do paradigma desenvolvimentista e egoísta, resultado de um Capitalismo de consumo que a tudo consome, desconsiderando outras espécies e formas de vida, ignorando que nosso planeta é um sistema vivo. Nada mais natural que a Terra acionar seu sistema imunológico contra a espécie que apresenta um comportamento predatório e virulento, conhecida como HUMANA. Não há mais tempo para pensar em sustentabilidade, pois gastamos esse tempo com negacionismos. Agora é preciso adaptar-se e mudar paradigmas, princípios, valores e comportamentos. Ainda há tempo, mas apenas se houver mudança nas ações. Somos uma espécie fisicamente frágil, mas poderosamente criativa. Ainda há tempo de aprender sobre respeito, colaboração e solidariedade. A crise no RS tem mostrado o quanto sabeos ser generosos e colaborativos, o quanto nossa Inteligência Coletiva é poderosa. A pandemia de covid-19 foi um treino. As enchentes de 2024, são outro. Desafios maiores virão e precisamos estar preparados. Quanto maior a união, maior o poder de transformação para mudar paradigmas destrutivos. Não há como alimentar um crescimento ilimitado, em um planeta de recursos limitados, Não, não fugiremos para Marte, se destruirmos a Terra - talvez uns poucos ricaços, que levariam consigo os mesmos princípios destrutivos para reproduzir por onde passarem. Os recursos naturais NÃO SÃO NOSSOS - somos seres de passagem, que usufruem deles. Se consumimos mais do que o planeta consegue repor, criamos os desequilíbrios que nos adoecem e podem levar à extinção em massa. O Antropoceno é uma era de crises: política, econômica, climática, social, de valores, princípios e paradigmas. Não há mais tempo para brincar de negacionismo ou defender ignorânica. O tempo é de uma Ciência consciente e cautelosa - que entende suas responsabilidades e limitações. Não é tempo de "opiniões", mas de conscientização robusta! Nossa maior tecnologia é a conexão que produz inteligência coletiva - a união cooperativa. E se focarmos no Respeito, celebrarmos a Diversidade, cuidarmos amorosamente de sujeitos, ambientes e relações, acima de qualquer propriedade possessiva? E se apendermos a possuir menos, consumir menos e conviver mais, seja presencial ou virtualmente, respeitando divergências saudáveis? E se pararmos de apoiar políticos negacionistas e influencer oportunistas que garimpam seguidores com notícias falsas e sensacionalistas? E se promovermos um redesign daquilo que chamamos de Sociedade? Como idealista convicta, leitora ávida de distopias, cientista da aprendizagem e estudante de design estratégico, acredito no melhor do Humano e trabalho para nutrí-lo. Por isso, deixo meu pedido: Nas próximas eleições, avalie o histórico de cada político, antes de votar. NÃO VOTE EM NEGACIONISTAS NÃO VOTE EM QUEM DEFENDE PAUTAS QUE AMEÇAM O MEIO AMBIENTE NÃO VOTE EM QUEM FLEXIBILIZA REGRAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
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Muitos alertas referentes ao clima vem sendo feitos desde muitos anos por cientistas em diversos eventos, tanto na academia, bem como, em eventos internacionais, cuja a grande maioria promovidos pela ONU. Governos fazem discursos muito bem elaborados, mas não praticam nada que possa realmente mudar essa situação. Acredito que as condições para a vida humana devem piorar numa velocidade não assimilada, com prejuízos para a vida de uma forma geral, transformando viver em uma batalha contra a natureza. Podemos adiantar os resultados para a espécie humana, estamos perdendo. Mesmo nos diferenciando de todas as formas de vida que conhecemos, com tanta tecnologia, estamos transformando o planeta em um lugar hostil para a vida humana. Aqueles que por muitos anos negaram isso, cada vez mais terão a chance de testemunhar o erro continuado que patrocinaram direta ou indiretamente.
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Reconciliação A reconciliação é um conceito que transcende as relações interpessoais e se estende ao nosso relacionamento com a natureza. No contexto das relações humanas, a reconciliação refere-se ao ato de restabelecer a harmonia e a paz entre duas pessoas que estavam em conflito. Esse processo envolve o reconhecimento dos erros cometidos, o pedido sincero de desculpas e o comprometimento em mudar comportamentos prejudiciais. No entanto, quando aplicamos esse conceito à nossa relação com o meio ambiente, ele ganha uma dimensão ainda mais significativa. A esperança de que a humanidade possa viver em harmonia com a natureza é um tema recorrente na literatura, filosofia e discursos ao longo da história. Frases inspiradoras refletem a crença de que sempre há um caminho para um futuro sustentável. Isaac Newton, em sua sabedoria, afirmou que "a natureza é uma dádiva divina para a humanidade". Essa perspectiva sugere que a natureza é um presente precioso que deve ser valorizado e preservado. John Muir, um defensor da conservação ambiental, destacou que "a natureza é a fonte da paz interior", ressaltando a profunda conexão entre o bem-estar humano e o meio ambiente. Diante das mudanças climáticas evidentes e da previsão de eventos extremos recorrentes, é crucial que nos comprometamos com políticas públicas de mitigação e adaptação. Devemos aplicar os princípios da prevenção e da precaução, evitando retrocessos legislativos. Embora obras de construção civil, como barragens, possam ser necessárias a curto prazo, precisamos reconhecer que as soluções mais eficientes para os problemas climáticos são aquelas baseadas na própria natureza. Medidas como a diminuição do desmatamento, a recuperação de áreas degradadas (especialmente das margens dos cursos d¿água e de encostas), a restrição da impermeabilização do solo nas cidades e a proteção das áreas úmidas são de extrema importância. É interessante notar que, em Santa Catarina, ainda não há regulamentação de proteção para essas áreas úmidas pelo CONSEMA, ao contrário de outros estados da federação. Portanto, a reconciliação com a natureza não é apenas um ideal distante, é uma necessidade urgente para a sobrevivência e prosperidade da humanidade. Fernanda Broering Dutra Promotora de Justiça e Coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) Artigo publicado no Jornal Notícias do Dia
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