Publicação de Hotta Advocacia em colaboração com o Pogust Goodhead

O Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, comemorado nesta quinta-feira (21), é um lembrete do contínuo combate pela igualdade e justiça para pessoas de diferentes raças, cores e etnias.    No entanto, essa luta não se limita apenas às interações sociais e econômicas, mas também se estende ao âmbito ambiental, onde o fenômeno do Racismo Ambiental revela suas raízes profundas.     O Racismo Ambiental destaca o impacto negativo que a degradação ambiental ocasiona nas populações mais pobres, reforçando ainda mais a marginalização social.     Por degradação ambiental entende-se a alteração do equilíbrio do meio ambiente, que ocorre por força de ação humana ou não, tais como a contaminação da água, enchentes, poluição do ar e desmatamento.    Para exemplificar essa situação, podemos citar as tragédias de Mariana e Brumadinho, que também afetaram gravemente comunidades locais marginalizadas, muitas delas predominantemente compostas por pessoas negras e indígenas.     Essas tragédias não foram apenas incidentes isolados de falhas técnicas, mas sim reflexos de desigualdades estruturais profundamente enraizadas. Desde a localização das instalações industriais até a distribuição desigual dos ônus e benefícios ambientais, essas populações marginalizadas frequentemente suportam o peso dos danos ambientais, enquanto têm acesso limitado a recursos necessários para se protegerem e se recuperarem.     Portanto, à medida que refletimos sobre o Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, é necessário reconhecer e enfrentar as interseções complexas entre racismo, injustiça ambiental e desastres como os de Mariana e Brumadinho.     Devemos trabalhar para garantir que todas as comunidades, independentemente de sua composição racial, tenham voz, poder e proteção em questões ambientais, promovendo assim um futuro mais justo e sustentável para todos. 

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