Você sabe o que é cooperativismo? Entenda esse modelo de negócio.

Você sabe o que é cooperativismo? Entenda esse modelo de negócio.

Existe um modelo organizacional no qual os colaboradores também são donos do negócio. Estamos falando do cooperativismo

Essa filosofia permite a união de interesses aparentemente antagônicos, como desenvolvimento econômico e desenvolvimento social. A ideia é que todas as pessoas prosperem juntas, o que garante a todos melhores oportunidades e um futuro mais justo.

O cooperativismo está presente na vida dos brasileiros há mais de um século. Ele tem um espaço relevante na história do país, contribuindo para a transformação econômica e social por meio de diferentes segmentos e atividades.

A seguir, vamos contar a origem desse conceito, explicar como funciona uma cooperativa, destacar os princípios que norteiam esse tipo de associação e também explicar como funciona uma cooperativa por aqui. 

Ficou curioso? Então não deixe de conferir o conteúdo até o final. Boa leitura!

O que é o cooperativismo?

O cooperativismo pode ser entendido como um sistema econômico e social baseado na colaboração entre as pessoas. A ideia é somar esforços em torno de um interesse coletivo, permitindo que todos compartilhem resultados e possam prosperar juntos.

A gestão no cooperativismo é feita de pessoas para pessoas. Isso significa que os processos são democráticos: os membros têm a oportunidade de participar das decisões e ajudar a construir um futuro favorável para todos.

7 princípios do cooperativismo

Esse modelo organizacional funciona há aproximadamente 200 anos e sua longevidade está relacionada aos princípios norteadores desse modelo organizacional.

São valores sólidos, que vêm sendo reforçados desde o início das atividades em Rochdale, no ano de 1844. 

1. Adesão voluntária e livre: não existe discriminação por gênero, etnia, classe, ideologia política ou crença religiosa.

2. Gestão democrática: o controle de uma cooperativa é exercido por todos os seus membros. Eles podem – e devem – participar ativamente da formulação de políticas e das tomadas de decisão.

3. Participação econômica dos membros: os cooperados devem contribuir com o capital da organização. Se houver excedente, o dinheiro pode ser revertido em benefício dos membros.

4. Autonomia e independência: as cooperativas até podem firmar acordos com outras organizações públicas ou privadas, mas o controle democrático tem de continuar nas mãos dos membros.

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5. Educação, formação e informação: uma das funções do cooperativismo é atuar no desenvolvimento das comunidades nas quais as associações estão inseridas. Palestras, cursos técnicos e workshops contribuem para a capacitação dos associados.

6. Intercooperação: a soma das partes dá força para o movimento seguir adiante. Pode haver cooperativas regionais, nacionais e internacionais.

7. Compromisso com a comunidade: existe uma intenção genuína de agir em favor do desenvolvimento sustentável, e isso sempre começa numa escala micro. As políticas aprovadas pelos cooperados levam em consideração a realidade do entorno.

Os símbolos do cooperativismo

O cooperativismo conta com símbolos bastante representativos, que sintetizam valores por meio de imagens. Um deles é o círculo envolvendo dois pinheiros. A marca, nas cores verde e amarelo, carrega consigo diversas representações.

Essa espécie de árvore é símbolo da imortalidade e da fecundidade, pois cresce em terras pouco férteis e se espalha de maneira fácil. Já o círculo remete a tudo que é eterno, posto que não tem começo nem fim.

Observe, ainda, como os pinheiros se projetam para o alto. A direção ascendente traz a ideia de que a união cooperativista tende a crescer mais e mais. Quanto às cores, o verde-escuro simboliza a natureza e o equilíbrio com o meio ambiente. O amarelo, por sua vez, faz alusão ao sol, uma fonte permanente de energia e calor.

Junto ao círculo com os pinheiros, a identidade visual do cooperativismo ainda tem uma bandeira. Nela, há um arco-íris do qual emergem pombas da paz. Abaixo vem o logotipo da ACI, como você pode ver acima.

Cada cor representada na bandeira tem um significado: confira!

O vermelho representa a coragem; o laranja faz referência à visão de futuro; o 

amarelo: traz os desafios em casa, na família e na comunidade. O verde simboliza o crescimento individual, tanto como pessoa quanto como cooperado; o azul traduz o horizonte distante e a necessidade de ajudar os menos afortunados, unindo uns aos outros. O anil corresponde à necessidade de ajudar a si próprio e aos outros por meio da cooperação; e, por fim, o violeta evidencia a beleza, o calor humano e o coleguismo.

Quais as diferenças entre o cooperativismo e os outros modelos de negócio?

Apesar de exercer as mesmas atividades de muitas empresas, as cooperativas - em seus diferentes segmentos — se diferenciam desses modelos de negócios, em sua operação e também em sua estrutura. 

As empresas podem iniciar com apenas uma pessoa; as cooperativas, por outro lado, só ganham forma com a união de, no mínimo, 20 pessoas. Enquanto nas empresas, tudo acontece com o objetivo de aumentar o lucro, nas cooperativas, as atividades e decisões giram em torno do crescimento de todos, gerando resultados que são divididos entre os associados ao final de cada exercício. 

Nas cooperativas, todos têm direito a um voto sobre as decisões que são tomadas em assembleias; nas empresas, por outro lado, os sócios majoritários detêm o poder decisório, conforme a quantidade de capital investido por cada um. 

As empresas têm sua atuação focada nos seus produtos e serviços. Já as cooperativas vão além: buscam fomentar iniciativas e ações que promovam o desenvolvimento econômico e social local e regional.  

Panorama do cooperativismo

Com tantos benefícios, não é à toa que o cooperativismo no Brasil está em constante evolução. Atualmente, conforme dados do Anuário Coop 2023, são mais de 4.600 cooperativas em funcionamento no nosso país. Dessas, 2.465 cooperativas já registram mais de 20 anos de atuação, consolidando seu compromisso com cada associado. 

Essas cooperativas atendem mais de 20 milhões de cooperados em todo o Brasil, sendo que esse quadro societário está cada vez mais igualitário, com a presença de homens e mulheres que fazem a diferença.

Para atender toda a demanda gerada, o cooperativismo no Brasil emprega mais de 500 mil pessoas, que atuam em sete ramos, sendo eles: agropecuário, de consumo, de crédito, de infraestrutura, de saúde, de trabalho, produção de bens e de serviços e de transporte.

Dia Internacional do Cooperativismo

Faz algum tempo que contamos até com uma data comemorativa para explicar o que é o cooperativismo e divulgar como esse modelo organizacional impacta positivamente o mundo. As celebrações ocorrem todos os anos, no primeiro sábado de julho.

A oficialização da data ocorreu apenas no ano de 1995, marcando o centenário da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). No entanto, comemorações do tipo já aconteciam desde a década de 1920, com o objetivo de enaltecer a confraternização dos povos ligados ao movimento cooperativista.

Originalmente chamado de “Dia da Cooperação”, o Dia Internacional do Cooperativismo dispõe de uma série de atividades alusivas à data. São palestras, concursos e exposições que espalham ainda mais essa filosofia ao redor do globo e cada nova edição traz uma temática diferente.

História sobre o cooperativismo no Brasil

Foi no ano de 1889 que o cooperativismo teve seu primeiro registro em nosso país. Com o objetivo de facilitar a aquisição de produtos agrícolas, surgiu a Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, em Minas Gerais. 

De lá para cá, a iniciativa ganhou amplitude e se espalhou por todo o Brasil, indo além do ramo agrícola e dando surgimento a cooperativas de outros segmentos, conforme mencionamos anteriormente. E tudo foi oficializado a partir da criação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em 1969.

Como funciona o cooperativismo no Brasil?

As atividades das sociedades cooperativas no Brasil são regulamentadas por lei específica. Segundo a legislação, essas organizações são compostas por indivíduos que exercem uma atividade econômica em comum, sem o objetivo do lucro.

O propósito das cooperativas é justamente prestar serviços aos associados. E para garantir que os interesses coletivos sejam priorizados, as decisões são feitas de forma democrática e participativa.

Cada membro tem direito de voto nas assembleias, ajudando a determinar os rumos do negócio. É nesses encontros, por exemplo, que são escolhidos os novos dirigentes e definido como será realizada a distribuição das sobras financeiras.

Tipos de cooperativas

Para compreender melhor o funcionamento das cooperativas, é importante também conhecer quais são os tipos de sistemas de cooperativismo existentes no país. Conforme a legislação, existem três:

Singular

Uma cooperativa singular é o elo com o associado. É essa unidade que vai realizar a prestação direta de serviços aos cooperados, que podem ser tanto pessoas físicas como jurídicas. A única observação é que, quando o atendimento é para empresas, elas não podem ser da mesma área de atuação da cooperativa.

Central

As cooperativas centrais, também denominadas federações, são aquelas formadas por pelo menos três cooperativas singulares. O objetivo dessa união é organizar e ampliar a escala dos serviços oferecidos aos associados, facilitando o atendimento.

Além disso, essa colaboração amplia o poder de negociação das cooperativas com o mercado e o poder público. Vale lembrar que, para existir o vínculo, não é necessário que as cooperativas filiadas estejam localizadas na mesma cidade.

Confederação

As confederações correspondem à terceira e última instância de organização das cooperativas. Elas resultam da união de, no mínimo, três cooperativas centrais, o que amplia ainda mais a escala de serviços ofertados, além de dar mais força à defesa e à luta dos interesses dos cooperados.

Quais os benefícios do cooperativismo?

A primeira vantagem é que a prioridade no cooperativismo são as pessoas. Como as cooperativas não visam o lucro, torna-se possível aliar os resultados econômicos ao desenvolvimento humano.

Com a atuação baseada nos valores humanos, ganham não apenas os cooperados, mas toda a sociedade no entorno. Isso porque as cooperativas investem no segmento e na região onde atuam, o que resulta em mais empregos e movimento às empresas locais.

E quando um se desenvolve, todos crescem juntos. Assim, no cooperativismo, os ganhos são sempre de todos os envolvidos e, considerando sua participação na cooperativa, cada um recebe proporcionalmente um retorno, no caso, em especial, do cooperativismo de crédito. 

Quais os impactos do cooperativismo na vida dos cooperados?

Como vimos, o modelo de negócio do cooperativismo tem como foco as pessoas. Seus princípios estão baseados em valores humanos, éticos e sustentáveis, sempre com o objetivo de proporcionar um presente e um futuro melhor para os cooperados e seu entorno.

Um exemplo são as cooperativas de crédito, que promovem um impacto positivo na vida dos brasileiros ao oferecer linhas de financiamento com taxas mais acessíveis e flexíveis do que os bancos tradicionais.

Além dos serviços, as cooperativas investem ainda em diversas ações voltadas à sustentabilidade e ao desenvolvimento das pessoas. É o caso da Cresol, que realiza uma série de projetos para a educação e capacitação de toda a comunidade, das crianças aos idosos.

Cooperativismo que transforma a vida das pessoas

Muito mais do que um modelo de negócios, o cooperativismo apresenta uma alternativa de sociedade mais sustentável, justa e igualitária para todos. 

Depois de entender o modo de atuação das cooperativas no país, fica mais fácil compreender por que o cooperativismo no Brasil é uma importante ferramenta de transformação social.

A Cresol faz o cooperativismo acontecer diariamente, são soluções financeiras para pessoas e empresas que facilitam a realização de sonhos e planos e oferecem oportunidades de crescimento para colaboradores e cooperados. 

Continue acompanhando a Cresol aqui no LinkedIn e acesse nosso site para conhecer mais sobre nossa cooperativa.

wellington leite

Assistente Administrativo - Controle Financeiro

1 m

Venho desse seguimento e conheço sua importância no cotidiano das pessoas 🤗

Andréa Soares dos Reis

Relacionamento Humanizado no Segmento Financeiro - CPA20

2 m

É uma verdadeira satisfação participar ativamente dessa novo modelo de negócios!

Tatiane Carvalho Oliveira

GERENTE DE VENDAS CASA DOS COMPRESSORES-MS CPA-20

2 m

Gostaria muito de compor o time cresol

Alziro Silveira

Gerente de Agência, Gerente de Relacionamento PJ e Agro, Gerente Regional de Crédito, Gerente Regional de Previdência Privada

2 m

É o sistema Financeiro mais Justo que conheço, pois devolve ao associado parte dos Lucros e reverte muito a economia local onde atua a Cooperativa, além de participar e apoiar as Entidades através do Fundo Social.

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